quinta-feira, 17 de julho de 2008

O tal do prazo

Um tempo pra mim, é isso.

Tenho vontade de cuidar de mim, de comer coisas boas, de parar de fumar e ficar jogando veneno dentro do meu corpo, de me alongar, de tomar muito mais água, de cuidar dos meus cabelos e da minha pele, de respirar direito e de pensar com calma.

De não ser desesperada e de não ficar inventando problemas. De ver as coisas com clareza e como elas são, de não ficar fazendo organogramas mentais deficientes.

De aproveitar meus momentos de descanso, de folga, de lazer, de ouvir músicas de verdade e com vontade, de curtir os sons e os cheiros e as sensações. De escutar uma chuvinha caindo e ouvir cada pingo que bate na janela. De escutar o vento lá fora e me sentir aquecida, protegida.
De reconhecer e agradecer à proteção espiritual que me acompanha, que me cerca, me defende.
De sorrir profundamente com meus amigos, de dar gargalhadas boas de doer a barriga, sem ficar pensando em nada no fundo do meu cérebro, entregue aos momentos de verdade, sem divisões, de estar nos lugares de fato e curti-los, sem que uma parte de mim fique de fora analisando, pensando, viajando e me cerceando, me angustiando.

Sem angústias, sem questionamentos, sem decepções ou expectativas. Curtir cada minuto com tudo o que ele traz de bom, pensando no hoje, no agora, no que estou fazendo com as horas que passam por mim sem que eu me dê conta, sem que eu as aproveite.

Prestar atenção aos meus pensamentos, os puros, somente. Ouvir as batidas do meu coração, sem romantizá-lo, músculo que pulsa e me mantém viva. Entender as coisas que sinto, que desejo. Ser calma, ter paz, enfim.

Um tempo pra mim, é isso.

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