terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Entrevistada por tatiana Rocha

Tatiana Rocha foi a melhor amizade que eu fiz em 2008. Uma doida de pedra que eu já amo. Me deu a honra de me entrevistar pro seu blog...

Quer ver como foi??

Tá aqui, ó:

http://coisarara.blogspot.com/2009/02/entrevista-com-juliana-palermo.html

Hum... lê lá e depois me fala...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Os Sete Pecados Capitais (mal do qual não padeço)

Preguiça
Ira
Vaidade
Luxúria
Inveja
Gula
Avareza

Tatiana Rocha me pediu para escrever um texto sobre os sete pecados capitais. Tarefa difícil, pensei. Justo eu que não peco nunca! Ainda mais os capitais! Mas, como eu já ouvi falar um pouco de todos eles, tudo bem, acho que posso tentar.

A primeira coisa que me veio à mente foi “Que preguiça do caralho!! Por que diabos eu tenho que escrever isso?? Vai dar um trampo do cacete, pensar em alguma coisa pra falar, escrever tudo, reler e mudar coisas, nunca vai parecer bom o suficiente, vou ficar de bode, droga, droga, droga, que preguiça...”. Mas venci a mim mesma e resolvi tentar, afinal, outras pessoas também iriam escrever, pois receberam o mesmo pedido, e daí depois eu ia ficar lendo no blog delas as participações e me sentir de fora e ficar com uma certa invejinha de não ter participado...

Entretanto, não pude evitar um certo sentimentozinho de raiva crescente: filhadaputa de Tatiana, caralho, por que essa biscate resolveu pedir uma merda dessas, só pra dar trabalho pra gente? Pôrra, por que esse tema? Ai, que vontade de socar a mão na cara dela. Agora eu tenho que pensar no texto, que raiva, que raiva, que raiva...

Mas eu também não queria escrever qualquer coisa, não, só pra dizer que escrevi. Queria escrever um texto que fosse interessante, que fosse diferente, que as pessoas lessem e dissessem “esse, sim!”. A parte leonina dentro de mim fala bem alto às vezes... Gostaria de escrever um texto do qual eu pudesse me envaidecer, que me rendesse comentários legais e que me deixasse cheia de mim. Ah, que bobagem...

Enquanto pensava nessas coisas, parei de escrever, e o descanso do computador entrou em ação, desfilando diante de mim as fotos do meu arquivo pessoal. Fotos de amigos, de situações, de lugares, de shows, de bares... eis que me deparo com a foto de uma figura interessantíssima, e pensamentos dos mais sacanas invadem minha mente. Viajo por uns instantes imaginando o que eu faria se tivesse a oportunidade de ficar a sós com a tal pessoa num quarto com uma cama bem grande... ou em uma pia, ou no chão mesmo. Juliana, volta pra Terra, que você tem um texto pra escrever.

Tá, mas e se antes de escrever eu desse uma passadinha no Mc Donald’s pra comer um cheddar bem gordo, bem gostoso, com bastante catchup, uma batata maravilhosa, uma tortinha de banana, ou quem sabe um sorvetinho? Ou então comer um saco de fandangos na frente da TV... eu posso voltar a qualquer hora pra essa merda desse texto... Pensando bem, melhor não, Mc Donald’s tá caro pra cacete, e eu não vou gastar gasolina pra ir até lá, o combustível tá pela hora da morte... Além do mais, que preguiça da pôrra de ir até o Mc... Que raiva, viu? Por que é que as coisas tem que ser assim? Me dá vontade de matar um... E outra: comer Mc engorda, ainda se eu fosse como aquelas magras morféticas que comem de tudo e não engordam... por que eu não posso ser assim, heim? Malditas, malditas sejam. Não que eu as inveje, longe de mim... Afinal de contas, eu sou mais eu, eu sou maravilhosa, eu sei do meu valor, eu sou incrível, magnânima, majestosa, soberba.

Resignada, sento de novo. E escrevo.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Twelve again

Sabe aquele pequeno, breve instante de tempo, aquele milésimo de centésimo de segundo que pode mudar tudo? Aquele momento em que o tempo para por um instante, o ar fica parado, não se ouve nenhum som, não se sente nenhum cheiro? Quando não há sol nem lua, aquela hora em que as bruxas todas entoam sem abrir a boca um canto baixinho sob a neblina, aquela hora em que todos os olhos se fecham e em que todas as línguas se calam e em que o mundo fica todo de uma cor só? Esses instantes podem ser puro pavor.

Sabe aquele medo que paralisa? Que congela, a onda de emoção que impede qualquer reação, qualquer pensamento. O medo.

Mas foi só um instante. Ninguém percebeu.

(Certas pessoas tem o dom de fazer com que a gente se sinta com doze anos de novo.)