quinta-feira, 25 de março de 2010

Pink Floyd, Time e a solitude boa

Daí que eu tava puta por ter tido uma semana estressante pra caralho. Trabalho até dizer chega, até gritar chega (mas gritar não faz o trabalho parar). Trabalho até chorar. Daí que eu ando numa fase “desamigada”: meus amigos espalhados pelo mundo, cada um num canto, no seu canto, com a sua namorada ou o seu namorado, ou com os seus projetos. E com as suas vontades. A minha vontade era ir no Delta ver Pink Floyd cover. Mas nenhum dos meus amigos estava disponível. E os poucos disponíveis não estavam disponíveis pra ir no Delta.

Daí que a semana foi tão filhadaputa que eu disse: “quer saber? Vou sozinha!”.

Eu definitivamente preciso fazer mais isso. Primeiro que bar de rock tem muito mais homem que outros lugares. Não entendam essa frase como uma coisa de “caçadora”, porque isso é uma coisa que eu não sou, e uma coisa que me enoja, esse papinho de “caçar”. Lugar que tem homem é bom por causa da energia. Não tem aquela coisa nojenta da mulherada arrumada “pra matar”, te medindo de cima a baixo, olhando seu sapato, seu cabelo, sua pulseira, sua bunda, seus peitos, mais que os homens. Não tem aquela energia negativa das fêmeas à procura. Os caras tão ali pra curtir o som. Colocam suas camisetas pretas e vão de boa ver a banda, tomar uma breja e curtir o som. Exatamente o que eu queria naquela sexta-feira.

Não tem cantada idiota. Tem cantada, mas legais e engraçadas. Tem cerveja gelada (Itaipava, mas foda-se). Tem um som do caralho, a banda era foda mesmo.

Daí que a gente conhece uns amigos de uns amigos, toma umas brejas, curte o som, paga a conta pra sair pra fumar (inferno...), a gente se sente aliviada, a tensão da semana vai embora, daí que a gente ouve Time e chora sem saber por quê, sem conseguir controlar; quando vê, as lágrimas estão escorrendo, mas sem escândalo, mornas, suaves, a gente sai pra fumar e encontra um doido que chorou com Money (cada louco com a sua), e pergunta por que esses sons intimistas deixam a gente assim, e a gente responde que precisa às vezes dar 2 minutos pro choro vir. Não mais que 2 minutos. Daí a gente limpa os olhos, fuma o cigarro, toma mais uma breja e, quando vê, ta dirigindo pra casa trêbada, sem saber como chegou ali. Mas bem de boa.

Definitivamente: preciso fazer isso mais vezes.

Calor e a praga do boi

Não é novidade pra ninguém que eu odeio o calor. Detesto. Fico puta. Minha pressão, que já é baixa, baixa ainda mais. Não dá pra trabalhar, não dá pra descansar, não dá pra fazer nada. Até tomar cerveja no bar irrita. Mentira. Mas o resto é foda...

Estava eu, lá pelo meio-dia, saindo da escola (cada sala de aula é um forninho particular) e indo almoçar. Parada estratégica no mercadinho pra comprar cigarro. Meu Karro é outro forninho (inho mesmo). Desço esbaforida e bufando, de calor e ódio. Entro reclamando com o dono: “Calor do inferno! Já não é outono?? Já não é pra estar frio?? Até quando vamos ter que aguentar esse sol de merda??”.

Ele, assustadíssimo, olha pra mim. Eu continuo: “Por mim, podia chover até o fim do ano!”. Ele: “Não fala isso não, moça! Não pode, o calor é bom, chover muito dá praga no boi.”.

Ele jurava que eu ia falar “Ah, tá, desculpa”. Ainda perguntou “Sabia?”.
Eu: “Praga no boi?”
Ele: “Isso...”

Pausa.

Eu: “Eu quero é que o boi se foda!! Eu como salsicha, eu como frango, eu como lasanha, o que eu não suporto é esse calor!!”.


Acho que o calor acentua ainda mais a minha tão peculiar grosseria...

sexta-feira, 19 de março de 2010

Mapa astral literário

Quarta-feira, eu dando aula numa sala praticamente só de mulheres. Coisa rara, uma vez que a maioria das minhas turmas é composta por 90% de moleques. Confesso que, quando elas começam a falar todas ao mesmo tempo, fico um pouco incomodada. Mulher fala pra cacete.

Mas, enfim... Lá estava eu explicando um quadro com as diferenças entre o Parnasianismo e o Modernismo. Daí ouço uma doidinha falando pra outra: “Eu sou mais Parnasianismo, você é mais Modernismo”. Eu digo “Amores, vocês tão pensando que isso aqui é mapa astral?? Suas loucas...”. Morremos de rir as 3. No mesmo dia, elas me param no corredor: “Ju, vamos fazer seu mapa astral literário”. A-ham. Tá. Doidas...

Hoje chegaram com um envelopinho amarelo, com uma estrelinha de glitter azul. Coisa de meninas... coisa que eu esqueço, dando aula pra moleques. Olhem que coisa mais fofa:

Juliana Palermo

Signo solar: Modernismo
Planeta regente do Modernismo: Klingon
A pessoa modernista geralmente é uma pessoa com características urbanas, vive o seu dia a dia com intensidade, gosta de fazer mudanças, valoriza seu trabalho e situações cotidianas da vida. Quase sempre é bem humorada, porém às vezes é irônica; gosta de contar piadas, é sarcástica e irreverente.

Ascendente: Parnasianismo
A pessoa com ascendente em Parnasianismo acredita no universalismo, o mundo como um todo. Tem apego à sua tradição, é rigorosa em seguir regras. Faz arte pelo prazer da arte, segue seus objetivos em suas regras.

Lua: Simbolismo
A pessoa simbolista considera a música de enorme importância, o misticismo, o sonho, a fé e a religião passam a ser valorizados. Em sua busca está a essência do ser humano.

Astrólogas literárias responsáveis:

Anne Alessandra Ramos
Tatiana Ramos



Não são umas graças? E elas pegaram as características dos movimentos, mesmo. Ai, ai. Suspiros de professora besta. Amo meus alunos. E minhas alunas também.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Sobre A Dama de Vermelho, Um Convidado Bem Trapalhão e envelhecer

Ontem, domingão, meia-noite e meia. Zapeando antes de dormir. Telecine Cult. Não acredito: A Dama de Vermelho...

Cara, eu não sei por que cargas d`água eu vi esse filme tantas vezes... alguém, acho que meu pai, gravou em VHS, e eu assisti realmente muitas vezes... Mas o engraçado é que eu era pequena. No máximo, pré-adolescente. E eu me lembro de ter visto e revisto o bendito filme.

Fazia pelo menos uns 15 anos que eu não o via mais. Nunca mais. Mas ontem, revendo-o depois desse tempo todo, aconteceu uma coisa engraçada. Eu me lembrei. Lembrei de cenas inteiras, de falas inteiras, lembrava das músicas, e olha que nessa época eu nem sabia quem era Stevie Wonder! Lembrava da cena da banheira, lembrava da louca do escritório que se confunde, lembrava das caras que a Charlotte faz na sessão de fotos (“agora ela vai piscar”), lembrava de detalhes. Foi muito louco, juro. Porque tem filmes a que eu assisti a menos tempo e, se eu for ver de novo, não me lembro desses detalhes. Como é que eu me lembro de coisas de um filme que não vejo há 15 anos??

Também foi muito louco ver o filme com outros olhos. Ainda acho muito bom, talvez pela parte emocional, por ter sido um filme importante, que vi muitas vezes. É meio como “Um convidado bem trapalhão”, com o Peter Sellers, que eu via seguidamente quando era pequena (criança mesmo, nesse caso). Ver esses filmes hoje é uma experiência engraçada: eu entendo algumas coisas com olhos de adulta, mas ainda rio como a criança que eu fui. Ouço as músicas do Stevie Wonder com meus ouvidos de agora, mas me emociono como a pré-adolescente que eu era.

Fico pensando se, daqui a 15 anos, vou olhar pra trás e ver a minha vida hoje. Como vai ser? Será que vai ser uma experiência parecida? Não sei se quero que seja. Porque eu não consegui dormir direito a noite toda. Vai entender... Acho que é medo de estar ficando velha.

Lembre aqui.
http://www.youtube.com/watch?v=4GtOYL5axMk

domingo, 14 de março de 2010

A mulher apaixonada

Esses dias eu vi uma mulher apaixonada. Pobrezinha. A mulher apaixonada é tão patética... tão, mas tão, que me inspirou. Porque não é só o belo que inspira a gente. E a mulher apaixonada é uma das coisas mais patéticas que há no mundo.

A mulher apaixonada é acompanhante, no sentido mais profundo da palavra. Ela não é nada sozinha, não é interessante, não é autossuficiente, não é atração, não é assunto por si só: ela só existe para acompanhar o homem pelo qual se apaixonou. Ela não tem vontade, voz ativa. Ela não tem nada. O homem diz “vai”, e ela vai. E chora. O homem muda de ideia e diz “volta”, e ela volta. Larga tudo e volta, e chora de novo, só que agora de felicidade. O homem diz “espera”, e ela espera. O homem diz “agora vem”, e ela vai, feliz e abanando o rabinho. Ela não tem programas, a não ser os dele. E quando arruma algum, é só pra poder preencher o tempo livre que fica quando o homem tem mais o que fazer. Então parece que ela tem vida própria. Mas ela não tem. Não tem, porque, se ele quisesse que ela ficasse do lado dele o dia todo, ela ficaria. Pajeando. Cafuné. Massagem nos pés. Velando o sono dele, feliz, com um sorrisinho idiota na boca.

A mulher apaixonada depende do seu homem. Pra tudo. A vida dela é muito mais difícil com ele, mas ela suporta com uma resignação espartana. Ela é tão capacho, judiação. A mulher apaixonada precisa a todo instante demonstrar o poder que imagina ter. Demarcar seu território (faz-me rir, a pobre). E precisa fazer tudo isso sem demonstrar que está fazendo. De vez em quando ela esquece porque, gente, é difícil ser a mulher apaixonada o tempo todo. De vez em quando ela se revolta por uns segundos, e a gente tem uma vontade de pegar e colocar no colo, e ninar e dizer que vai passar. Porque a gente enxerga dentro dos olhos dela a tristeza que é fazer esse papel, se enganar desse jeito. Eu nem olho muito pra ela porque me bate uma certa depressão. Ela faz tudo pra agradar ao seu homem. Se ele mandasse ela quebrar pedras com uma picareta, ela estaria lá. Se ele mandasse ela carregar o mundo nas costas, ela carregava mandando beijinho. Na verdade, ela faz tudo isso antes de ele pedir, só pra agradar.

A mulher apaixonada é uma coitada. Juro, corta o coração, e eu não estou sendo sarcástica, juro mesmo. Dá uma pena sem fim vê-la em seus esforços para agradar. A mulher apaixonada põe sua melhor roupa, seu melhor sapato. Mas a melhor roupa dela já deixou de ser a melhor há tempos, e o melhor sapato dela não combina absolutamente com a melhor roupa que ela tem. E, no fundo, ela sabe disso. Sabe, porque, quando se compara com as outras, ela sente dentro de si a raiva. Mas ela não demonstra, ela levanta a cabeça e anda como se não se importasse. Acontece que nós, mulheres que já fomos apaixonadas, mulheres que já estivemos lá, sabemos. Nós reconhecemos. Eu olho a mulher apaixonada no seu esforço pra ser linda e tenho dó, de verdade. Porque ela só se acha linda se o seu homem a achar linda. E, ai, como é difícil agradar sempre ao homem. Sempre tem uma mais gostosa. Sempre tem uma mais bem vestida. Sempre tem uma que chama mais a atenção. Sempre tem uma melhor. Sempre tem uma com o cabelo mais bonito. Sempre tem uma que sabe se maquiar. Sempre tem aquela que sabe combinar o sapato com a roupa e a maquiagem e o cabelo, sem ficar parecendo uma funkeira de morro. Mas a mulher apaixonada, dentro de si, faz um esforço tremendo pra se assegurar como a mais bonita. Ela tem o seu homem, e isso é o que devia importar. Não o passado dele, não as mulheres que olham pra ele, não as mulheres pras quais ele olha, com quem conversa ou convive, as que ele canta descaradamente na ausência dela. No fundo, ela sabe de algumas coisas (não de tudo). Mas, pra esquecer, ela bebe, a pobre. E tenta se divertir, e tenta com tanta força que a gente quase acredita. Mas tudo o que é falso grita, e a gente sabe que tem alguma coisa errada com ela. Pode perguntar pra qualquer um, não é maldade minha.

A mulher apaixonada faz de tudo para chamar a atenção. Do seu homem, claro, e das outras pessoas. Pra garantir que todos saibam que aquele homem é seu. Ela fica pra morrer quando outra mulher chama mais a atenção dos outros do que ela. E daí o que ela faz? Faz papel de ridícula, pra garantir que todos os olhos se voltem para ela, inclusive os do seu homem. E não se importa de ser a ridícula do lugar, a patética, a palhaça. Contanto que seu homem esteja ali, ela se sente bem. Ela não tem vergonha dos outros, não se importa que todos apontem o dedo e riam, e cochichem sobre ela, e gargalhem de verdade. Desde que ela possa manter o seu homem, nada mais importa. A mulher apaixonada dá pena, mas garante sempre boas risadas. Isso é fato. Pode ser maldade, mas, convenhamos, ela pede.

A mulher apaixonada faz tanto esforço, gente, que me cansa só de ver. De verdade. Cansa assistir de camarote à maratona que ela faz o tempo todo. Principalmente, a maratona que ela faz pra fazer com que tudo pareça natural. O puta esforço que ela faz pra fingir que não se importa, quando é tão claro que ela está muito preocupada. Com você, comigo, com todos. Porque ela tem que parecer perfeita e, Deus, ela está tão longe da perfeição... Porque ela tem que parecer cool e, gente, ela está tão injuriada. Porque ela tem que parecer natural e, caralho, é tão claro que tudo ali é fake.

Mulher apaixonada, quer um conselho? Larga a mão de ser boba, milha filha! Isso não vai te levar a lugar nenhum. Juro mesmo. Vai atrás da sua vida, flor. Porque, Deus me livre, mas se um dia o seu homem cansar (e, oh, eles cansam!), o que você vai ter, gata? O que te sobra? Quem é você? Nada. Ninguém. A acompanhante. A que usava a roupa que você pensava que ia agradar a ele, a que deixava o cabelo como você achava que ele gostava, a que era amiga dos amigos dele e agora não tem mais seus amigos. A que vivia mais para a família dele do que para a sua. A que ouvia as músicas que ele gostava, que via os filmes que ele amava. Mas quem é você, mesmo? Debaixo de toda a pela, de toda a maquiagem, de todas as camadas construídas de mentira, quem é você, mulher? Descubra, baby, antes que seja tarde demais. Porque você deve ser alguma coisa a mais do que somente a mulher a tiracolo. Você, certamente, deve ter algo a dizer, e não somente aquilo que você diz pra agradar aos amigos dele e impressionar a gente, aquelas frases construídas e aqueles assuntos ensaiados pra gente ficar pensando “Nossa, como eles combinam!”. Você tem que ser você, meu anjo. E sabe por quê? Principalmente, porque não vale a pena. Ah, se eu pudesse te contar as coisas que eu sei... Mas não cabe a mim, não, não cabe mesmo. Você deve saber o homem que tem. E, se não sabe, deveria procurar saber. E não sou eu quem vai contar (até porque seria por demais doloroso pra você saber, ainda mais pela minha boca).

Acorda, Alice! O despertador já tocou, e você fingiu que não ouviu. Não vai adiantar, meu bem. Os raios do sol vão entrar pela janela, vão passar por baixo do blecaute, por mais que você feche os olhos com força.


* Antes que caiam de pau em cima de mim, eu sei que tem mulher apaixonada que é diferente. Eu sei, tá, gente? É que eu precisava dar esse toque pra ela. Pena que ela não lê meu blog... não é mesmo, meu bem? Uma pena...

quarta-feira, 10 de março de 2010

Muertita da Silva

Daí que eu trabalho de manhã, trabalho de tarde, trabalho de noite, trabalho de fim de semana. Antes de dormir, morta, penso no trabalho. Daí que o corpo não aguenta e pede socorro. Daí que eu pego uma gripe do caralho, não consigo respirar pelo nariz e fico fanha. E daí eu preciso cantar na sexta. E daí?

Daí que hoje é quarta e meu corpo tá cansado, mole, pesado. Mas hoje é dia de flamenco. 19 horas, castanholas. 19h30, aula de baile II. 20h45, aula de baile III. E o ser humano morto que eu sou sairá do Café Tablao mais morto hoje. Mas, com certeza, mais feliz.

Depois de ficar 5 anos afastada, eu voltei em agosto do ano passado. E, de boa, eu pretendo não parar nunca mais. Deu a louca esse ano e tô fazendo 5 turmas (!). E eu amo, como eu amo, quando sinto a pulsação flamenca no meu corpo, mesmo que o pé doa e meus calos aumentem, mesmo que eu olhe meus braços no espelho e saiba que ainda preciso de muito mais técnica, mesmo que às 20h30 eu já esteja quase pedindo água nas aulas de técnica, mesmo que minhas pernas tremam, eu saio de lá mais inteira (paradoxalmente), mais viva, mais eu, mais Juliana Palermo. O duende dentro de mim pula felizinho, com seu chapéu verde. E canta e baila na minha volta pra casa.

Volver... con la frente marchita las nieves del tiempo platearon mi sien sentir... que es un soplo la vida que veinte años no es nada que febril la mirada errante en la sombra te busca y te nombra vivir... con el alma aferrada a un dulce recuerdo que lloro otra vez Tengo miedo del encuentro con el pasado que vuelve a enfrentarse con mi vida... Tengo miedo de la noche que pobladas de recuerdos encadenan mi soñar... Pero el viajero que huye tarde o temprano detiene su andar... Y aunque el olvido, que todo destruye, haya matado mi vieja ilusión, guardo escondida una esperanza humilde que es toda la fortuna de mi corazón.

http://www.youtube.com/watch?v=D0zUpOkvMPI&feature=fvsr



(Fotos de Juliana Hilal)

terça-feira, 2 de março de 2010

Muito trabalho

Sabe o que é muito trabalho? É muito mesmo. Na escola, na agência e com os freelas, que graças a Deus estão indo muito bem. Muito bem significa muito volume e dinheiro legal, mas muito volume significa muito trabalho, e freela significa trabalhar de noite, chegando em casa, depois dos 2 empregos. Ou seja, tá foda.

Assim que der, eu volto.

Me lembrem de falar do flamenco, se eu esquecer. Bom, pra eu nnao esquecer, vou colocar uma foto. Assim, quando entrar de novo, vejo a foto e me lembro. Se eu demorar, cobrem.