quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Pequena fábula sem moral
Pensa num lago enorme, cheio. Daquela água que é limpa, mas o lago é tão profundo que a água fica escura. Então. Imagina que um dia um menino entrou no lago e nadou. Deu braçadas, bateu as pernas, revolveu toda a água, mergulhou, cuspiu, fez xixi dentro da água. Pulou com tudo, deu uma bomba, deu várias bombas, depois boiou, nadou de novo. Até que cansou. E decidiu sair. Como ficou o lago? Mexido. Remexido. Agitadinho, coitado. As águas feito loucas dentro dele. Levou muuuito tempo, mas muito tempo mesmo pro lago se acalmar. Porque estamos falando de um lago profundo de verdade, não desses rasinhos que existem por aí, a rodo. Mas nada como o tempo e a paz. O grande e profundo lago escuro acalmou de novo. E daí o filhadaputa do menininho vem e joga uma pedrinha. Uma pedrinha de nada, de merda, pequenininha. Só pra ver o lago mexer, só pra dar risada, só porque lembra que nadar no lago era bom, só porque ele não tinha nada pra fazer, só porque ele não faz ideia do trampo que o lago teve pra se aquietar de novo. Mas não tem nada, não. Afinal, qual a função de um lago? Decorativa? É só pra ficar olhando? Diversão? Servir pros outros nadarem? Ninguém sabe o que tem dentro do lago. Um monstro. Várias sereias. Muita vida, muitos peixes, muitas algas. Muitos mistérios. Lagos têm poderes ocultos, que nem eles mesmos sabem que têm. Anyway, você só vai saber de fato o que existe em um lago se mergulhar nele. A fundo. De verdade. Quer ver? Vem.
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