segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

“Pagando bem, que mal tem” (Zack and Miri make a porno), de Kevin Smith.

Fazia um tempinho que eu tinha decidido que ia ver esse filme, pra dar risada. Gosto do Kevin Smith e vivo tentando achar “Dogma” em locadoras, pra ver de novo, mas não acho nunca! Decidi em Salvador que eu ia pegar esse pra dar umas risadas quando chegasse de volta em Campinas. Daí que eu tava de bobeira vendo o Telecine e o filme ia começar. Ah, ótimo, nem preciso pegar na locadora.

Claro que dei risada, porque a linguagem chula explícita sempre faz a gente rir, nem tanto do conteúdo, mas da situação. E o Kevin Smith tem realmente umas tiradas foda, umas ideias geniais de tão bobas.

No filme, Zack e Miri são dois amigos que se conhecem desde a infância e moram juntos. Ela é linda e ele é o tipo do Kevin Smith, gordinho, barbudo, figura, engraçadíssimo. Sem grana pra pagar as contas básicas, eles decidem filmar um pornô. E, pra isso, eles vão ter que transar, um com o outro também (sendo que eles nunca nem se beijaram, sempre foram amigos pacas mesmo e só).

Bom, além de engraçado, o filme é uma graça (perdoem o trocadilho podre). Nada demais. Mas uma graça. Meio que o conto de fadas ao contrário, quando o gordinho fora da modinha pega a menina linda e bacanérrima. E vai falar que não acontece!? Vai falar que o charme da pessoa não passa muito além do corpitcho sarado e da roupinha da moda? O Zack é um tipão. Não à primeira vista, claro. Mas, depois de 15 minutos de filme, você quer ficar com ele. Quer que ele exista de verdade e esteja do seu lado.

Acho que uma das coisas mais legais do filme é esse lance da intimidade gostosa que existe entre pessoas que se gostam e não são pudicas, e são inteligentes, e engraçadas, e bem-humoradas, e com tiradas bacanas. Dá saudade daqueles relacionamentos que você já teve e que eram assim, essa intimidade que a gente ri de tão idiota, e que depois a gente lembra como eram inteligentes nossos diálogos bobos.

Recomendo, para um dia levezinho.

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