quarta-feira, 28 de maio de 2008

No balanço do bumba

Ok, ontem a ida de ônibus pra São Paulo foi normal, sem muitas aventuras. Dormi, até.

A volta é sempre mais complicado.

Quem disse q eu consegui pregar o olho? Necas... nada mesmo. Sem sono algum. Vim ouvindo música (viajando, aliás, no meu passado, no meu futuro).

Do meu lado sentou um cara engravatado. Mais velho. Disse "boa noite" e tudo. E eu pensei: q bom q não é um malaco do meu lado. Um senhor distinto, de respeito. Lá pelas tantas ele tira um celular do bolso e fala com (acho q era) a mulher. "Oi meu amor, daqui a pouco tô chegando". E eu fiquei pensando, q bom ter alguém pra quem voltar. Alguém pra chegar em casa e contar do curso, do dia, das aventuras. Alguém esperando por vc.

Ok. Passa um tempo e eu começo a sentir um cheiro muito forte de álcool. Caninha, sabe? Aquele cheirão de pinga, q a pessoa exala qdo tá bêbada. E era do cara do meu lado. Do engravatado, do senhor respeitoso, do q estava voltando pra mulher. Puta que o pariu, esse mundo tá perdido. Pra estar cheirando daquele jeito, o cara tinha q ter bebido super. Muito. E tava ali, normalzinho do meu lado. Me deu até dor de cabeça.

Pra vc ver q até q tá bom, vai. Não tenho pra quem voltar nem ninguém pra voltar pra mim, mas pelo menos não tem a catchaça no meio.

Engraçado beber assim, a ponto de exalar álcool pela pele. Acho q eu nunca bebi assim, desse tanto. Nunca bebi pra fugir de situação nenhuma... bebo socialmente. Já tive meus porres, lógico, mas foram tão poucos... Qto aos entorpecentes, nunca usei com o propósito específico de fugir de nada, também. Talvez só uma vez. Ou duas. Não mais que quatro. Enfim, isso não tem nada a ver, mas tô tentando falar q eu nunca bebi ou fumei a ponto de virar vício, pelo menos não vício forte, de ficar desesperada se não tiver. Ao ponto de cheirar álcool, em plena terça-feira, no bus.

Tá, vai, eu tenho pra quem voltar. Cheguei em Campinas e tive a maior comitiva de recepção. Minha mãe, meu pai, minha irmã, meu cunhado... e meu(a) sobrinho(a). Agora eu tenho mais uma pessoa pra voltar.

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