Depois a gente ainda reclama qdo os mais velhos dizem q o q mais importa na vida é saúde... quer dizer, eu reclamo. Fico pensando: tanta coisa mais pra desejar... amores, realização financeira, aventura... nada, minha gente! A saúde é mesmo tudo. Perdoem esse papo meio vó, mas é verdade.
Quinta-feira eu passei um dia de cão, q terminou no hospital às 11 da noite. Agora já está tudo bem. Mas com aquela agulha enfiada na minha veia fina (minha veia é muuuito fina mesmo), eu me percebi frágil. Fraca. Percebi q o corpo da gente é uma folha de papel q pode dobrar, amassar e rasgar. É um vidrinho muito fininho q pode trincar com o menor esforço.
Me vi (isso mesmo, comecei com o pronome, vai encarar???) fraca, de um jeito q nunca me vejo. Eu sempre me vejo fodona, "pode vir q eu agüento", "perdido por perdido, truco!", "aqui bate e volta, meu santo é mais forte"... mas quinta-feira eu era uma mulherzinha sozinha, frágil, chorando de dor, querendo ficar bem, querendo ficar sem dor, sem problemas, morrendo de medo, de vergonha, medo de me machucar, medo de doer, medo de não sarar. Era só uma menina grande, sozinha no pronto-socorro. De noite, era a filhinha, com meus pais preocupados. É bom ter pais, viu? Pais preocupados, melhor ainda. Pais maravilhosos q te amem, ufa! Obrigada, Deus, pelos meus pais, por mais q eu reclame deles.
Enfim, quinta-feira eu vi como uma coisinha de nada pode prejudicar a vida da gente. De verdade. E como a gente se preocupa com besteira, porque até mesmo no auge da minha dor eu não conseguia parar de pensar em outro assunto, um desses sem importância alguma, mas q ficam na cabeça da gente. Pensava numa pessoa q nem lembra q eu existo, numa pessoa q eu nem conheço, eu nem sei direito por que raios eu penso nessa puta-q-pariu-de-pessoa!
Então, a gente leva um chega-pra-lá. Porra, já tá doendo super, já tô fudida tomando soro e o caralho a quatro, já vou ter q enfrentar o pior daqui a pouco com aquela enfermeira burra (coitada, foi gente boa), E AINDA VOU FICAR AQUI INVENTANDO DORZINHA DE PENSAMENTO POR CAUSA DE... DE... DISSO? Mas não mesmo! E daí vem aquele famoso "que se foda" julianesco.
Depois passa. Hoje já bodeei de novo. Acho q nada como a saúde pra gente pensar merda à beça.
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