É impressionante como a gente é dependente da tecnologia hoje em dia. Hoje meu dia acabou por causa de um computador.
Passei boa parte do meu domingo chuvoso preparando aulas no Power Point. Reservei na sexta o data show pra todas as aulas, pra parar um pouco com a lousa, pra dar uma dinamizada nas aulas, pra interessar a galera um pouco mais. Selecionei trechos de filmes e tudo. Fiquei orgulhosa de mim mesma. Não que tenha sido nada de excepcional, mas só o fato de sentar a bunda e preparar uma aula diferente já dá um gás novo. De noite, tomando vinho na frente da lareira com meus amigos, comentei como estava orgulhosa de mim mesma, por ter trabalhado bonitinha.
Chego hoje de manhã com todo o pique. Lima nova. Animadérrima, meu lindo note a tiracolo.
Primeira aula, segundo ano, a prosa gótica.
Segunda aula, terceiro ano, primeira fase do Modernismo. Um aluno pede pra espetar a pen drive e copiar o arquivo. Deixei. Burra.
Terceira aula, primeiro ano, narrativa.
Intervalo. Feliz, desliguei o note. Sala dos professores, chá pegando fogo com muito açúcar (já vem adoçado), cigarrinho na rua com colegas. Sinal. Vâmo que vâmo.
Quarta aula, primeiro ano de novo, mesma sala. Cadê que a merda do note liga?? Liga nada. Não inicia o Windows. Horas e horas pra iniciar e nada. A classe, com 50 alunos, num pandemônio de filme. Caralho, custa esperar de boa? Não precisa ficar mudo, mas também não precisa derrubar o colégio! Em desespero, vou atrás de um professor de informática, no laboratório. Os alunos rindo de mim, hehehe (era a turma do segundo ano, da primeira aula). Ele falou um monte de coisa que eu não entendi. Fez aparecer umas telas azuis que me dão calafrios. E nada. Disse que eu corria o risco de perder tudo que tinha no note, todos os arquivos. Puta merda, só faltava essa.
Dou uma atividade pros alunos fazerem. Eles não fazem. Papeiam Muito alto. Não consigo nem brigar. Merda, passei meu domingo preparando essas aulas e agora nada.
Num lampejo de inteligência, consulto o horário. A quinta e a sexta aula são em duas salas de terceiro ano. Posso usar a pen drive do aluno que copiou o arquivo e pedir o computador da escola.
Quinta aula, terceiro ano. O computador chega, falta o mouse. A inspetora vai buscar o mouse, mas ele não funciona. Ela vai buscar outro. Não liga. Reinicia o computador. O mouse funciona. A essa altura, me diga que condições eu tinha de dar aula ainda. Puta. Destruída. Acabada. Enfio a pen drive do aluno. O computador não reconhece a merda da bagaça. Chamo um aluno. Ele não sabe me ajudar. Ninguém pode me ajudar. Uma aluna pergunta se eu acredito em Deus. Minha filha, nessa hora eu não acredito nem em mim. Desisto. Vou colocar um DVD legal que tem aqui, pelo menos passo um trecho de cultura pra essa gente. O computador da escola não tem drive de DVD. Maravilha. Galera, eu desisto. Façam o que quiserem, ta? Só tentem não derrubar a escola.
Eu nem tinha levado livro nem nada, meu note era a solução, as aulas estavam lindas. Pra quê?
Sexta aula, terceiro ano. Pois é, ainda não acabou. Galera, não vai rolar. Contei a história toda e levei a turma pra biblioteca. Meu olho encheu de lágrima, meu dia acabou. Que merda. Que medo de perder todos os meus arquivos. Que frustração, que sensação horrorosa de tempo perdido, de impotência. Eu tinha muitas coisas pra fazer na sala. Mas fiquei tão passada que não conseguia nem pensar.
No fim, um querido colega da agência arrumou pra mim. Entrou naquelas telas azuis, enfiou um CD e resolveu meu problema. E eu me achei tão idiota, de ter ficado triste por uma coisa tão pequena.
Mas não tem nada, não. Amanhã é outro dia. Tem mais 6 aulas. Filhadaputa nenhum espeta pôrra de pen drive no meu note, nunca mais!! E eu vou levar uns livros, só de precaução.
Passei boa parte do meu domingo chuvoso preparando aulas no Power Point. Reservei na sexta o data show pra todas as aulas, pra parar um pouco com a lousa, pra dar uma dinamizada nas aulas, pra interessar a galera um pouco mais. Selecionei trechos de filmes e tudo. Fiquei orgulhosa de mim mesma. Não que tenha sido nada de excepcional, mas só o fato de sentar a bunda e preparar uma aula diferente já dá um gás novo. De noite, tomando vinho na frente da lareira com meus amigos, comentei como estava orgulhosa de mim mesma, por ter trabalhado bonitinha.
Chego hoje de manhã com todo o pique. Lima nova. Animadérrima, meu lindo note a tiracolo.
Primeira aula, segundo ano, a prosa gótica.
Segunda aula, terceiro ano, primeira fase do Modernismo. Um aluno pede pra espetar a pen drive e copiar o arquivo. Deixei. Burra.
Terceira aula, primeiro ano, narrativa.
Intervalo. Feliz, desliguei o note. Sala dos professores, chá pegando fogo com muito açúcar (já vem adoçado), cigarrinho na rua com colegas. Sinal. Vâmo que vâmo.
Quarta aula, primeiro ano de novo, mesma sala. Cadê que a merda do note liga?? Liga nada. Não inicia o Windows. Horas e horas pra iniciar e nada. A classe, com 50 alunos, num pandemônio de filme. Caralho, custa esperar de boa? Não precisa ficar mudo, mas também não precisa derrubar o colégio! Em desespero, vou atrás de um professor de informática, no laboratório. Os alunos rindo de mim, hehehe (era a turma do segundo ano, da primeira aula). Ele falou um monte de coisa que eu não entendi. Fez aparecer umas telas azuis que me dão calafrios. E nada. Disse que eu corria o risco de perder tudo que tinha no note, todos os arquivos. Puta merda, só faltava essa.
Dou uma atividade pros alunos fazerem. Eles não fazem. Papeiam Muito alto. Não consigo nem brigar. Merda, passei meu domingo preparando essas aulas e agora nada.
Num lampejo de inteligência, consulto o horário. A quinta e a sexta aula são em duas salas de terceiro ano. Posso usar a pen drive do aluno que copiou o arquivo e pedir o computador da escola.
Quinta aula, terceiro ano. O computador chega, falta o mouse. A inspetora vai buscar o mouse, mas ele não funciona. Ela vai buscar outro. Não liga. Reinicia o computador. O mouse funciona. A essa altura, me diga que condições eu tinha de dar aula ainda. Puta. Destruída. Acabada. Enfio a pen drive do aluno. O computador não reconhece a merda da bagaça. Chamo um aluno. Ele não sabe me ajudar. Ninguém pode me ajudar. Uma aluna pergunta se eu acredito em Deus. Minha filha, nessa hora eu não acredito nem em mim. Desisto. Vou colocar um DVD legal que tem aqui, pelo menos passo um trecho de cultura pra essa gente. O computador da escola não tem drive de DVD. Maravilha. Galera, eu desisto. Façam o que quiserem, ta? Só tentem não derrubar a escola.
Eu nem tinha levado livro nem nada, meu note era a solução, as aulas estavam lindas. Pra quê?
Sexta aula, terceiro ano. Pois é, ainda não acabou. Galera, não vai rolar. Contei a história toda e levei a turma pra biblioteca. Meu olho encheu de lágrima, meu dia acabou. Que merda. Que medo de perder todos os meus arquivos. Que frustração, que sensação horrorosa de tempo perdido, de impotência. Eu tinha muitas coisas pra fazer na sala. Mas fiquei tão passada que não conseguia nem pensar.
No fim, um querido colega da agência arrumou pra mim. Entrou naquelas telas azuis, enfiou um CD e resolveu meu problema. E eu me achei tão idiota, de ter ficado triste por uma coisa tão pequena.
Mas não tem nada, não. Amanhã é outro dia. Tem mais 6 aulas. Filhadaputa nenhum espeta pôrra de pen drive no meu note, nunca mais!! E eu vou levar uns livros, só de precaução.
2 comentários:
Ah querida, hoje eu chorei de raiva pq acabou a bateria do celular...
Claro que percebi que era um dia da TPM. Tarde demais ... Tecnologia dá medo às vezes...
Querida... Jamais, never, sob hipótese alguma, deixe alguém espetar qualquer coisa, seja em você (principalmente), seja em seu computador, sem antes ter certeza de aquilo, seja lá o que for, está "limpo"... Risco demais... Dia desses me aconteceu parecido, só que ao contrário: levei (dentro do meu pendrive) um arquivo para impressão numa gráfica... adivinnha:o pendrive voltou infectado... melhor não, né?... Se cuida: use SEMPRE anti-vírus... no computador, na cabeça, partes íntimas, e, principalmente, no coração... Argh... ficou brega... mas é isso...
Postar um comentário