quinta-feira, 30 de julho de 2009

Reformando a Reforma

Todo mundo sabe, mas na verdade poucos sabem.

A Reforma Ortográfica entrou em vigor no começo do ano, em janeiro mesmo. Muito se falou, muito se escreveu sobre o assunto, mas não adiantou nada, lei é lei. Acredito até que já escrevi sobre isso aqui. Fiz meus alunos fazerem uma pesquisa no ano passado sobre a Reforma, porque eles (e todo mundo) têm que saber o que está acontecendo, o que se passa e o que deixa de passar. Já coloquei minha opinião. Quando rolou o debate, anos atrás, sobre a legalização ou não das armas, foi realizado um plebiscito e a população votou. Dessa vez, pra mexer com a nossa língua, com a língua que usamos diariamente pra escrever, pra xingar, pra mandar e-mail pro namorado, pra mãe, pro chefe, ninguém pediu opinião. A lei foi baixada, e acabou.

E não adianta, gente. Se ninguém fez nada, não tem como reclamar, não tem como não usar. Escreveu fora da nova lei, está errado. E ponto.

Tem lá o caso da galera do Acre, brigando na justiça pelo direito de continuar a ser acreano, e não acriano. Mas, fora isso, ninguém se manifestou. Então é lei.

Daí que eu quero morrer com esse povo que escreve mais ou menos. Ou não acata a Reforma, e daí o seu texto está errado (do ponto de vista da gramática normativa) e pronto, ou acata tudo. Canso de ver gente escrevendo textos e só deixando de acentuar ideia, porque essa é a única palavra que a pessoa decorou. De boa: ou não faz, ou faz direito. Tá com dúvida? Contrate um revisor. Meu e-mail é jupalermo@gmail.com. Metade do dia professora de português, metade do dia revisora do português. Sobra tempo pra uns freelas.

E tenho dito.

3 comentários:

Srta.T disse...

Eu ainda tô perdidaça com essa reforma. Li um pouco sobre mas não assimilei nada. Continuo escrevendo exatamente da mesma forma que escrevia antes (o que é um problema, eu sei) e acho que assim sigo até 2012. Fui contra, achei que era nivelar por baixo, mas, como você disse, cagaram pra opinião dos outros.

Vou encaminhar teu e-mail pra engenheirada aqui da empresa, cansei de fazer alfabetização voluntária aqui. Você vai rir e receber por isso. Pode ser? Ah, e cobre bem caro.

(by the way, vc havia me perguntado onde eu morava, e te respondi por e-mail, ok?)

Fernando disse...

Ué... e na nova hortografia pode falar "freelas"? Não seria "Frilas"? Ou "Frilas" é reservado ao ato de estar com frio num fila?

Menininha bossa-nova disse...

Pois é... eu ainda prefiro fritas. Batatas.