segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Se o amor aparecer, diz que não tô.

Quer saber? Eu tô é muito de boa com esse lance todo de amor. Já deu pra mim. Tô bem de boa mesmo. Não tô a fim. Até porque, pra mim, isso não existe. Não, não existe. Pra mim nunca existiu. E talvez não exista mesmo.

Que me desculpem os casais apaixonados e felizes, e os solteiros que ainda acreditam no amor. Mas pra mim essa história é furada. De verdade.

Pra mim, nunca foi amor. Foi posse. Foi amizade confundida. Foi tesão, foi carência, foi vontade. Foi doença (foi, principalmente, doença). Mas amor não foi. Então pode ser que nunca seja, pelo menos pra mim.

Tô eu passando minha saia branca na casa do meu amigo, pra sair. O ferro de passar roupa dele decidiu que me odeia, que que eu posso fazer? Começou a cuspir um treco marrom pelos buraquinhos de onde deveria sair água. Meu outro amigo vem me socorrer. Querido. E tira um sarrinho porque a saia já estava um pouco suja. Tava mesmo. Hahaha. Ok. E ele solta “Imagina, um gatinho, você joga essa saia imunda no chão do motel.” Primeiro, eu ODEIO motel. A não ser com os amigos. Segundo, que gatinho, cara-pálida?? Não tô meeesmo a fim de arrumar gatinho nenhum. Terceiro, sem chance de eu arrumar um gatinho e jogar a saia no chão do motel, porque, além de odiar motel e de não estar querendo um gatinho, não existe a mínima possibilidade de eu ir com um gatinho pra motel nenhum. Quarto: se eu precisar ficar me preocupando com a saia, popará. Aí é que não to a fim mesmo. Não gostou? Dá outra. Lava essa. Foda-se. Que eu já tenho muita coisa na cabeça pra me preocupar com isso.

Judiação. Meu querido amigo não falou por mal. Eu é que me irrito fácil, ainda mais com esse assunto. Porque eu tô de boa mesmo. Tranquila. Tranquilex. Não quero dividir minha vida agora. Não quero presenciar outra pessoa comendo (hahahahahaha), não quero acordar com ninguém do meu lado, não quero ter que ligar pra alguém depois dos meus ensaios, ou nos dias em que chego em casa depois do trabalho, morta. Não quero que me atrapalhem nos meus programas com meus amigos, não quero ter que deixar de ir em lugar nenhum e nem quero ter que ir em lugares que não estejam na minha programação. Não quero abrir concessões (posso?). Não quero ter que aprender de novo como se anda de mão dada. Eu tenho duas mãos. Só. E elas estão ocupadas no shopping, carregando sacolas, ou simplesmente livres ao lado do meu corpo. Não quero ninguém me dizendo que preciso emagrecer ou engordar, não quero ninguém querendo saber que horas vou chegar, não quero ter que ficar escolhendo roupa pra impressionar ninguém, não quero ter que medir minhas palavras, meus olhares, o volume da minha gargalhada. Não quero me preocupar com dia dos namorados, natal, aniversário. Não quero, não quero, não quero ninguém fingindo estar do meu lado. Não quero ninguém na minha frente, não quero ninguém atrás de mim.

Oh, menina, que coisa mais triste. Isso é por causa dos modelos errados que você teve, bobinha. O amor existe. Taí. E chega de repente. E pode ser lindo. Você está parecendo uma velha. Nossa, quanta amargura nesse coração... Nossa, que horror. Nossa, nossa, nossa.

Pode até ser, gente. Mas tô realmente me sentindo bem assim, desse jeitinho. Eu quis por tanto tempo alguém, um alguém pra dividir, um alguém pra mim, do meu lado. Mas eu nem me perguntava se eu queria de fato. Agora eu sei. Por enquanto, quero não. Tenho muita coisa pra fazer, muita coisa pra pensar, muita coisa pra ser. E desse jeito tá bom demais da conta.

Se o tal amor existir mesmo e bater aí na porta, diz que hoje não, obrigada.

2 comentários:

Maíra Colombrini disse...

Oie... preciso ler com calma todos os seus posts e ler o post a 6 que fiquei super curiosa. Estava estudando pra prova do mestraod e super sem tempo, por isso sumi.
Torce por mim que a prova é amanhã.

Beijos!

Dani disse...

Depois deste post virei seu fã! rsrs Esse povo que fica procurando relacionamento é porque eles mesmos não se aguentam sozinhos e ficam querendo que os outros aguentem.