domingo, 3 de julho de 2016

Mister

Mr. Cores. O que eu gostava nele era o jeito que ele me olhava; o jeito que ele me tratava, que parecia que o mundo podia acabar ali e, se ele estivesse comigo, ele estaria feliz. Eu gostava também do que ele me escrevia, na verdade gostava mesmo era do fato de ele escrever pensando em mim.

Mr. TOC. O que eu gostava nele eram os dotes; era das nossas caras ouvindo música e fazendo caretas para as notas; era nosso gosto para filmes e nossas conversas eternas sobre eles depois; era o fato de que, quando ele estava dentro de mim, o mundo podia acabar ali.

MR. Bear. O que eu mais gostava dele era o que ele me ensinava; era como me idolatrava, mesmo que não dissesse, porque não precisava dizer; era saber que, se eu quisesse, ele sempre estaria ali.

Mr. Bones. O que eu mais gostava nele era quando eu conseguia quebrar as defesas e as barreiras todas, e convencê-lo a se convencer de que me queria; era ver a luta interna dele consigo mesmo, e saber que quem ganhava era eu.

Sir Stark. O que eu mais gostava nele era o cheiro de cigarro misturado com perfume e café que ficava na barba dele; eram nossas conversas cheias de duplo sentido; era o jogo.

Mr. Asshole. O que eu mais gostava nele era a juventude; era o branco das mãos, dos braços; era o fetiche pelo meu pé; era passar os dedos pelos cabelos loiros, sabê-los meus pelo menos por aquela vez.

Sir First. O que eu mais gostava nele era ter ganhado a batalha, e saber que ele era meu; era o perigo, seja nas escadas da vida ou escondidos pelos motéis, eu que odeio motel; era o carinho verdadeiro; era um jeito que ele descobriu e que eu gostava, porque ele foi o primeiro.


É, eu já fui muito feliz nessa vida. Já comi muita merda, também. Mas, caralho, eu já fui muito feliz.

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