domingo, 24 de maio de 2009

Menininha bossa-nova adverte: rodeio faz mal à saúde

Engraçado que eu falei pro Fabinho lá na agência esses dias: "Para com esse negócio de rodeio, que isso faz mal à saúde!". Quer dizer, engraçado nada. Eu dizendo isso, sexta à tarde, eu dormindo de noite na minha caminha com meu cobertor antialérgico, e as pessoas morrendo pisoteadas no rodeio.

Alguém pode me explicar o que acontece? O que é? A galera põe mais gente do que pode/deve lá dentro? O que dá na cabeça das pessoas de querer ir todo mundo no mesmo lugar ao mesmo tempo? Eu pago pra não entrar numa dessas. Ainda mais que era show de sertanejo. Pago o dobro pra ficar de fora. Mas mesmo que fosse uma coisa de que eu gostasse... Com um bando de gente? Desisto. Mas eu sou meio sociopata, mesmo... Bando de gente me assusta, me afasta, odeio gente grudando em mim, pisando no meu pé, respirando no meu cabelo, passando os cabelos com creme na minha pele, eu não sou obrigada a sentir o cheiro de perfumes estranhos, ou pior, cheiros ruins estranhos de estranhos no meu delicado e pequeno nariz.

Imagina a situação, Jesus! Pessoas sendo pisoteadas, desespero pra ver uma dupla sertaneja que há meses atrás ninguém sabia quem era. Me traz a impressão de Roma, do Coliseu, das barbáries que aconteciam lá, do Pão e Circo. Arena. Areia. Gente pisoteada, morta. Eu coloco desesperadamente meu dedão pra cima. Salvem essas pessoas. Salvem-se, pessoas. Salve-se quem puder.



*Meus alunos perguntando, semana passada: "Professora, você vai no rodeio?". Eu respondo: "Olha minha cara de quem vai no rodeio". Se eu pudesse, dava um tiro na testa da Cláudia Leite. Alguém pode me explicar o que diabos axé tem a ver com rodeio? Duplas sertanejas de sucesso meteórico ainda vá lá, mas axé?? O pior, que eu tento explicar pra eles, não é o rodeio em si. Acho rodeio uma manifestação bacana da cultura de determinadas pessoas, a galera que curte o lance de bois, fazenda, moda de viola, esse estilo de vida. Agora o que não suporto é a modinha, os adolescentes patricinhas e playboys (nem sei se se usa mais esses termos hoje em dia), que se vestem com a roupa da modinha e vão pras baladas bater cabelo, pegar mulher, beber até vomitar no carro do pai, dançar psy, trance, qualquer uma dessas coisas que não conheço, e depois vão nas micaretas beijar 488 pessoas na mesma tarde, e depois, quando tem rodeio, colocam uma bota, um chapéu, se acham super country e correm pra ver o show da Cláudia Leite ou de qualquer dupla sertaneja que eles nem conhecem. Esses deviam morrer mesmo, pra ver se na próxima vida voltam com um pouco mais de cérebro.

(Pode mandar bala, eu aguento).

Um comentário:

Maíra Colombrini disse...

Huahuauhuhauhhua! Tô rindo sozinha aqui.

Como sindo sua falta mulher... a gente precisa se ver.

Segundona começo no meu emprego novo. Duvido que eu vá achar uma Jú por lá... :o)

No feriado de Corpus Christi tem um festival de jazz e blues enorme em Rio das Ostras... vem pra cá me ver e curtir o festival.

Beijos!