terça-feira, 28 de abril de 2009

Imagem e Ação Nível 2

Eu preciso dizer aqui um dia como eu gosto de jogos, minha relação com eles e a relação das pessoas no que diz respeito à minha relação com jogos, hehehe. Pra resumir, porque estou muito cansada (dei aula das 7h15 às 12h45, dirigi pra casa, engoli uma comida, dirigi pra agência, trabalhei das 13h45 às 19h30, que essa semana tá foda), sou maníaca. Absolutamente viciada em jogos. Amo jogar, amo competir. A maioria dos jogos. Tem uns de que eu não gosto. Mas tudo bem.

Domingão, casa da Tati. Imagem e Ação, mas nível 2, que a gente é foda. Fazer a mímica de uma palavra ficou muito fácil. Agora, em um minuto e meio, tentamos passar todas as 6 palavras do cartãozinho. Saí de lá mais de uma da manhã. Cansada, mas feliz. Com o maxilar doendo de tanto rir...

Abaixo, os vídeos. Morram de rir. Primeiro formei time com Ju e Tati (ganhamos), contra Carô, Lullis e Lori. Depois jogamos eu, Tati e Lori (e ganhamos de novo). Abaixo, as pérolas. Detalhe para o "ornito" da Ju, química perfeita entre As Jusão (com S) e Tati Rocha...

http://www.youtube.com/watch?v=VuZAAPG8dTw

http://www.youtube.com/watch?v=OY7A129cMAY&feature=channel

http://www.youtube.com/watch?v=V4Y-tWO1PXA&feature=channel

http://www.youtube.com/watch?v=UtNBXoAhtmM&feature=channel

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Gostoso!!

Precisa falar alguma coisa??
Eu derreto...

sábado, 25 de abril de 2009

Crepúsculo e o ideal do amor romântico

Pois é. Eu prometi e não cumpri. Mas isso até que é normal, em se tratando do blog. Não deu tempo durante o feriado de vir aqui colocar o post sobre os vampiros. Mas cá estou agora. Espero que ainda compense.

Febre entre os meus alunos e entre a metade dos adolescentes do planeta, a série de livros iniciada com "Crepúsculo", de Stephenie Meyer, faz um sucesso estrondoso. Tanto que eu fiquei curiosa. Além da curiosidade, outra coisa me moveu: pretendo trabalhar o vampirismo com meus alunos na Semana de Estudos, relacionando com a estética do Ultrarromantismo, então tô meio que querendo ler e ver várias coisas sobre o tema.

Ok, vamos lá. Livraria Cultura. Comprei o tal Crepúsculo, morrendo de vergonha, e escondi entre um dicionário e mais outro livro que comprei. Óbvio que encontrei o Pedrão, que trabalha lá, óbvio que ele perguntou o que eu estava levando, óbvio que ele tirou sarro da minha cara. Tudo bem.

Li o dito livro em mais ou menos 3 noites. Inegavelmente, a leitura é rápida. Muitos diálogos, linguagem simples. Um dos motivos do sucesso com os adolecentes, talvez.

Mas tem outro. Tem outro grande motivo, que explica principalmente o sucesso que o livro (e a série) faz entre AS adolescentes. As meninas. E foi isso que me preocupou e me levou a querer escrever sobre o livro.

A personagem principal do livro é uma menina de 17 anos, Bella, que se apaixona por um vampiro, Edward. Mas esse não é o problema.

Vamos falar sobre Edward. Primeiro: ele é lindo de morrer. Tem uma beleza física sobre-humana, a pele claríssima, os olhos coloridos (que mudam de cor dependendo de sua sede), seus cabelos são cor de cobre e sedosos, seu corpo é "perfeito". Além disso, ele tem um cheiro maravilhoso, e uma voz sedosa e brilhante, que consegue tudo o que quer. Voltando ao "perfeito" entre aspas, não se pode negar, primeiramente, o modelo europeu de beleza de Edward, em suas formas e cores. Branco, olhos brilhantes, nem gordo nem magro, com músculos na medida.

Depois, Edward é "velho", apesar de aparentar 17 anos, pois foi transformado em vampiro quando tinha esta idade. Mas ele tem mais de 100 anos. Portanto, é muito culto. Viveu épocas do passado e sabe dançar, sabe falar, leu todos os clássicos. Tem o lado bom da idade, a experiência e a calma, sem o lado ruim, o avanço dos anos que marcam fisicamente a pele e o corpo.

Ele não come (não engorda), não dorme (passa as noites velando o sono de sua amada e a acha linda com os cabelos desgrenhados e de pijama), não precisa nem mesmo respirar. Edward corre como o vento (praticamente voa). É podre de rico, se veste muito bem, com bom gosto.Ele tem uma forma sobre-humana (salvou Bella de um acidente parando uma van com as mãos, e, quando joga beisebol com sua família vampiresca, tem de esperar uma tempestade, para que os trovões acobertem o estrondo que a bola faz devido à sua força animal). Obviamente isso tem um lado ruim: ele pode machucá-la sem querer, pois para ele ela é muito, muito frágil...

Bella é extremamente frágil. Irritantemente frágil. O tipo da menina tonta que tropeça e cai só de andar. Ela se mete em todo tipo de encrenca. E Edward está sempre ali para salvá-la de todos os perigos, para protegê-la de todos os males. Além disso, ela é uma grande tentação para ele, porque ela é seu tipo preferido de sangue: o simples cheiro dela o deixa louco de vontade de beber seu sangue. Mas, lógico, ele é muito polido e a ama demais para tal. Ele não vê mais ninguém, ninguém é mais bonita do que ela, não tem olhos para nenhuma outra garota. Edward também não tem medo do compromisso: faz questão de ser apresentado ao pai de Bella, e de apresentá-la à sua família de vampiros.

Em resumo: ele é praticamente perfeito. Apesar de ser um monstro, ele é vegetariano, ou seja, só se alimenta de animais... E é lindo, rico, inteligente, gentil, extremamente apaixonado, fiel, interessante, forte, protetor...

Meninas do Brasil e do mundo: ele não existe. E a pista está lá, no meio da história. ELE É UM VAMPIRO! VAMPIROS NÃO EXISTEM. Da mesma forma, esse homem perfeito NÃO EXISTE. Assim como não existe a mocinha perfeita, a frágil e tonta Bella. Que não se parece em nada com uma menina de 17 anos, pois seus pensamentos estão mais para os de uma mulher de 30. Ela dirige absurdamente bem, cozinha absurdamente bem, é autossuficiente, calma e na dela, coisa que a maioria das adolescentes não são, aos 17 anos.

Por mais tentador e bonito que possa ser esse romance, NADA ALI EXISTE. Nem ela, nem ele, nem o tipo de amor entre eles. E vamos combinar que a relaçãozinha deles é de matar de tédio, heim? Passam o dia todo juntos na escola; passam a tarde toda juntos; passam a noite toda juntos, escondidos no quarto dela (sem sexo!). Ânsia de vômito.

Eu sei que é fácil demais se meter na trama da história e viajar com esse amor tão bonito. Com esse cara tão perfeito. Parece colocar uma pequena paz no nosso coração, como se fosse um recado de que um dia vai chegar um Edward para cada uma de nós. Mas, de novo, eu volto a dizer: vampiros não existem. Assim como esse cara perfeito com o qual nós sonhamos.

É uma pena, eu sei. Mas é a vida.

Grande parte do fascínio entre Edward e Bella vem pela tentação (a maçã estampada na capa do livro): eles não podem consumir o amor. Ele não pode matar sua sede por ela, e é obrigado (pelo amor que sente) a conviver com ela. Eles não podem nem se beijar direito, porque ele pode perder o controle e esmagá-la com as mãos (perfeito como ele é, fico imaginando o pinto do Edward...). Então, gente, tudo o que é proibido é ainda mais gostoso...

Mas frustrante. E não é de verdade. Uma pena que o livro colabore mais ainda para perpetuar o ideal de amor romântico. Mas, como eu disse, a pista está no próprio livro: ele é um vampiro. E, até que se prove o contrário, vampiros não existem. Se existisse, eu queria um pra mim. Mas, por favor, me vê um loiro. E com sexo no pacote.


*Tô lendo o segundo... Lua nova. E já virou palhaçada, com lobisomens e tal. Foda. Mas, bem ou mal, meus alunos estão lendo. E vamos levantar as mãos pro céu. Um dia eles chegam no Saramago.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Poker

Eu fico aqui pensando por que cargas d'água eu sou sempre a primeira a sair nas mesas de poker... hehehe. Mas eu não preciso pensar. Eu sei. Eu sempre pago pra ver. E, quando começo a blefar, vou até o fim. All in com um par de cincos... Louca de pedra.

Mas acho que é porque eu sou assim na vida, também. Me entrego, pago pra ver, foda-se depois.

Na maioria das vezes, sou a primeira a sair, também...


Ainda volto pra falar dos vampiros, prometo. É que ficamos no poker até as 5 da matina, então tô mortita da silva...

sábado, 18 de abril de 2009

Curtas (não tão curtas, porque são minhas, e eu não sei escrever curtas)

+ Sei que preciso escrever mais no blog. Mas tenho trabalhado pra caralho, essa semana foram todos os dias, sem descanso (na minha única tarde de descanso, fiz um freela). E chego em casa muerta. Mas juro que vou voltar. Já voltei, aliás, publicando o texto do post de baixo.

+ Tô adorando essa fase de trabalho, by the way. Teve uma época trash da minha vida em que eu queria fugir, ir pra uma cidade grande, mudar de trabalho, um lugar em que eu não conhecesse ninguém, onde eu só trabalhasse o dia todo, chegasse em casa morta, tomasse um banho, fizesse um chá e fosse ler e dormir. Descobri que não preciso me mudar se eu quiser mesmo ser assim.

+ Por ficar essa semana toda em casa (fora quarta, dia de ensaio, mas ensaio não conta), hoje eu queria sair. Bar do Zé com Lullis, depois da exposição da Ju. Uns figuras colombianos vieram bater papo e foi divertido. Bar do Zé internacional, segunda vez seguida que vou lá e fico batendo papo com gringo.

+ Um maluco bêbado de barba muito comprida (Bar do Zé pode ser um portal para outra dimensão, sometimes...) olhou na minha cara e me disse que eu tinha cara de bem-resolvida (!? ONDE?!), e um papo doido de que os homens quando olhavam pra mim não viam tudo o que eu era, mas que ele via uma coisa muito doida, mas doido mesmo era ele. Ele até falou umas coisas bonitas. A Luana entendeu melhor e pode me ajudar depois.

+ Depois de dizer coisas bonitas, o locke solta essa:
- Você não tem filhos, né?
- Não.
- Que pena... a gente podia fazer eles no espetinho.
- Anhn?????
- É, churrasco.

Desisto...

+ Tô me sentindo adulta porque saio do trabalho às 6 da tarde e pego o maior engarafamento da cidade... Meia hora pra chegar em casa. Eu sou mesmo muito bobinha!

+ Hoje teve Conselho de Classe, e tem poucas coisas que me divertem mais na vida do que Conselho de Classe. Adoro. Eu sou mesmo muito estranha!

+ Juro que volto aqui ainda nesse feriado pra colocar meu texto sobre vampiros. Aguardem. Voltem.

Buenas...
...fui!

Visita boa do menino colorido

Nem dá pra chamar de visita; não foi esperado, nem combinado. Na verdade, não era nem sabido. Ele apareceu no meu show sem nem saber que era meu show. Mas é que com ele sempre é assim.

Ele é um menino lindo, colorido com as cores que eu gosto, em tons de branco (!), amarelo, azul e rosa. O amarelo dá a luz, o branco é a parte que me toca, que encosta em mim; o azul me deixa um pouco tonta, quando muito perto; o rosa dá vontades. Ele é novo e parece mais novo ainda, porque do rosa saem muitas risadas e coisas malucas, e até eu me sinto mais nova.

A gente tinha se encontrado há um ano atrás, inusitado como sempre, sem ser esperado, ou combinado ou sabido. Busão de Campinas pra Sampa, tarde de semana. Ele foi falando de francês, traduzindo músicas, rindo e me fazendo rir. Depois sumiu. Voltou para sua vida, sua terra, voltou para os seus. E eu voltei para mim. E agora, um ano depois, recebi a visita boa do menino colorido. Visita sempre boa, do menino sempre bom.

Gosto dele. Lindo, não há como negar. Por fora é óbvio de dizer. Por dentro é mais complicado de falar, porque olhar dentro das pessoas é sempre mais difícil, ainda mais quando se conhece tão pouco delas. A questão é que eu gosto muito do pouco que vejo. Complexo, intrigante, misterioso, polêmico. Maluco, doido de pedra. E sempre assim, como um cometa, um cometa colorido que passa de vez em quando e enche tudo de luz e som. Quando se vai, deixa uma bagunça enorme e uma cara de ponto de interrogação. Vai rápido assim como veio. E a gente esquece que ele existia, porque já viveu tanto sem sua presença; esquece rápido.

A visita boa do menino colorido me fez pensar nessas pessoas que a gente conhece tão pouco e das quais gosta tanto, mesmo sem (e principalmente por não ter) motivos. Tem amigos presentes, parte das nossas vidas; tem amigos que já foram pedaços da nossa história e não são mais, mas os conhecemos muito bem em algum lugar do caminho; tem conhecidos que não fedem nem cheiram; e tem cometas como esse, pessoas que a gente nunca conheceu direito, talvez nunca vá conhecer, mas mexem com a gente. Gostamos deles. Queremos mais. São importantes. E como é que pode ser tão gostoso ver uma pessoa que você nem conhece direito?

Sendo.

Porque quando ele aparece e brilha aquele azul todo, o mundo fica mais colorido, apesar do cinza que vejo dentro dele (não sei como, mas vejo). Porque quando ele desaparece, fica por um tempo a memória do encontro, breve mas marcante. E porque não se sabe quando ele volta. E talvez seja assim que tem que ser. E é bom que seja assim.

Menino colorido, você é lindo. Por fora, um arraso (confesso que fico meio boba, mas, venhamos e convenhamos, você pede, vai: fala de pertinho, sempre me elogia, arregala esse azul e escancara o rosa, encosta o branco e eu fico só imaginando a utilidade dessa barba amarela). Mas por dentro também é um arraso. Instigante, um trem alucinado com uma velocidade incrível, seu pensamento me atropela e, de repente, quando me vejo correndo junto, para para pensar e olha pela janela. E quando eu acho que saquei, já foi.

Foi, mas de vez em quando ele aparece. E eu adoro. Porque a cada visita o meu trem é que funciona um pouquinho mais estranho, um pouquinho menos regular, um pouquinho mais amalucado. É um sopro de frescor, de vigor, de alucinação. Apareça, menino colorido, apareça. Desse jeito doido que é com você e comigo. Eu nem vou esperar, pra ser melhor ainda.

sábado, 11 de abril de 2009

Rosa (e paciência de Jó)

Eu tava nessa onda do post aí de baixo. Nada acontece, que merda, que merda. E eu sabia direitinho em que área da minha vida eu queria novidades, mudança. Mas acabou acontecendo em uma área que eu já achava que estava resolvida, bem: a profissional.

Caiu no meu colo, diretamente do céu, uma oportunidade incrível. Eu tava aqui dormindo, como todas as tardes, e um cara de uma agência de publicidade me ligou oferecendo um trampo de revisão. Fui lá ver. Um lugar super bacana, com pessoas legais, um trabalho que eu amo fazer, um mundo novo no qual eu sempre quis entrar. Pensei: por que não? Tô dormindo de tarde, mesmo... Só pedi uma tarde livre pra poder fazer as coisas da escola, porque o trabalho de professor, ao contrário do que muita gente pensa, não é só dar aula, não. Tem um calhamaço de coisas pra corrigir, de aula pra preparar, enfim. Ele topou. E a proposta foi bem interessante...

Tô lá, quatro tardes por semana. De manhã, dou minhas aulas, que eu amo. De tarde, sento a bunda na cadeira e reviso, pesquiso, aprendo, mudo e melhoro textos. A combinação perfeita. Porque o dia inteiro num escritório eu acho que não aguento, e o dia todo dando aulas também seria punk. Assim eu junto tudo o que gosto de fazer e sei fazer, aprendo mais ainda e não canso nem de um nem de outro. Just perfect.

Daí, no sábado passado, fui dançar. Sandália de Prata + Fred Jorge. Até 6 da manhã. Mesmo. Dancei every single song, do começo até o fim. Saí leve, feliz. Vim pra casa de alma lavada, contente com as novidades nessa área na qual que eu não esperava mudanças. Sol raiando, passarinhos cantando, música alta no carro e eu feliz, vento no rosto. Cheguei em casa quase 6 e meia da manhã. E na minha garagem, no chão, junto ao portão, me esperava um botão de rosa.

Um lindo botão de rosa cor-de-rosa. Desses de floricultura, sem espinhos, com o cabinho cortado. Era linda e estava com aquelas gotículas de água ainda. Eu não sei como essa rosa foi cair justamente ali, aos meus pés. Fiquei imaginando mil situações para explicar a presença daquela rosa ali. Mas o que importa realmente é que ela estava ali. Decidi parar de questionar as bênçãos e simplesmente agradecer. Obrigada, meu anjo da guarda. Obrigada, Minha Mãe. Aquele botão de rosa olhou dentro de mim e disse "Paciência.". Disse "Calma". Disse que eu era linda, e disse outras coisas que eu não posso contar, porque foram só pra mim.



Ontem, quase uma semana depois, eu tive uma provação do caralho. Nada de racional, nem dá pra explicar. Coisas que acontecem e mexem dentro da gente, não pelo que aconteceu em si, mas pelo que representa pra gente. Um acontecimento bobo, por exemplo, que mexe lá dentro com outras coisas muito mais significativas. Dirigi das 6 às 7 da manhã pelas ruas, fumando um cigarro atrás do outro. Tentando entender o porquê das coisas serem como são comigo. Tentando entender o que eu preciso fazer, o que eu preciso mudar, será que não existe justiça nesse mundo, será que esqueceram que eu existo, será que minha missão é ficar mesmo sozinha nessa vida, será que eu tenho tanto carma pra pagar assim, será que será que será.

Em casa, minha rosa me esperava, murchando sobre a escrivaninha. Ficando amarelada. Como eu. Ficando velha, como eu. Ainda esperando. Como eu.