tag:blogger.com,1999:blog-72647125619383919482024-02-07T16:52:22.136-03:00A penny for my thoughts!Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.comBlogger415125tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-67935775746813171572017-05-25T21:10:00.000-03:002017-05-25T21:10:31.537-03:00NotasEu invento um personagem de mim, acho que vou consegui-lo levá-lo a cabo. Mas daí, no fim das contas, eu não consigo. Porque não adianta criar uma persona que seja tão diferente de tudo aquilo em que eu acredito, de tudo aquilo que eu quero, que eu acho que mereço. Eu não vou conseguir atuar até o fim, vou esquecer as falas no meio do rolê, pode até ser que abandone o palco na primeira cena. Então é melhor deixar quieto e voltar aos velhos ensaios de sempre.<br />
<br />
Todas as minhas certezas não me servem de mais nada. Os meus sonhos não se realizam, e olha que eu sempre segui o conselho que aprendi com os livrinhos (que vinham com disquinhos) da Cinderela, de não contar os sonhos para que eles se tornem realidade. Eu não conto, mas mesmo assim nada acontece. Ninguém aparece. Os fantasmas não se tornam em carne e osso, os desejos se liquefazem e escorrem pelo ralo, eu continuo uma ridícula de 16 anos.<br />
<br />
Eu dou prazo pra mim, pra você, planejo e penso, escrevo até o que vou enviar quando o prazo expirar. Mas daí ele expira e eu não faço nada. Porque achei que seria ridículo. Então a pasta de Documentos vai se entupindo de textos escritos e nunca enviados, nunca lidos por ninguém, só por uma Juliana já cansada, meses depois, cansada de ser tão besta, e que decide criar um personagem e mudar de vida.<br />
<br />
Mas eu não consigo, mas eu não mudo, mas nada acontece e cá estou.<br />
<br />
<br />Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-18161649981496602682017-04-26T19:35:00.001-03:002017-04-26T19:35:44.895-03:00Pesadelo da tarde.<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
São 17h46, e eu acabei de acordar, porque sonhei um sonho horrível e
angustiante com você. Eu acordei e olhei pro tempo de chuva que está e me senti
tão triste, mas eu sei que não tem nada a ver com o tempo, que eu poderia estar olhando pra esse mesmo céu com alegria e
empolgação. Mas não estou. Eu sonhei que era meu aniversário,
acho que era meu aniversário, e tinha uma comemoração em um bar que era do lado
de outro; um tinha música ao vivo mais animada, o outro tinha uns churrascos,
uma coisa estranha. E tinha também 2 tipos de público, um povo mais velho e um
povo mais novo, e o povo mais novo trocava bilhetinhos sem parar, e eu achava
que era de mim mas não tinha certeza, e você vinha pra um dos bares, eu não
tenho certeza se vinha por causa do meu aniversário. Mas quando você chegou
você estava no outro bar, e eu fingindo que não me importava, mas louca pra ir
lá te ver, mas esperando, porque em algum momento você viria e eu ia fingir que
era natural, mas tudo o que eu queria era ir lá logo pra te ver. Daí uma
mulher, que era minha amiga mas eu não sei quem era me levava até o bar em que
você estava (que agora era uma padaria) pra me mostrar como a Marginal Tietê
era perto de onde eu estava no domingo, como eu tinha acertado o caminho e como
era fácil, e ela me mostrava num mapa que ficava na padaria em que você estava,
e eu fui pra lá com ela fingindo não ter visto que você estava lá, sentado numa
mesa sozinho, com cara de paz, essa que você tem, e eu entrava e passava na sua
frente e ia ver o mapa com ela. Eu não lembro de muita coisa, lembro que depois
era noite na Unicamp, mas não era a Unicamp que eu conheço, e que eu dirigia muito
rápido, com muita pressa de chegar, eu tinha saído da tal festa por alguma
razão, e voltava com outra roupa, mas eu só queria te ver logo, então eu
estacionava num lugar qualquer e queria sair correndo, mas estava chovendo e eu
ia me molhar, então minha mãe chegava e queria falar comigo, e eu só queria
sair correndo pra ir logo pro lugar onde você estava, e eu saí correndo na
chuva mas esqueci de colocar sapatos, daí voltei pro carro e coloquei. Quando
eu voltei pra festa, você estava no bar certo, numa mesa com o tal público
jovem, onde deveríamos estar, você e eu. Tinha uma luz esverdeada e a gente se cumprimentou e eu mega fingi
ser natural, mas meu coração batucava, e eu queria que você se sentasse logo do
meu lado, eu queria que todo mundo fosse embora, eu queria te levar pra rua e grudar no seu pescoço, mas você tava todo blasé e eu também fingia ser natural.
Então alguém do público jovem (que eu tenho certeza de que era uma amiga da
minha irmã que eu odeio) me passava os bilhetinhos que eles estavam trocando
antes, pra eu ler, meio escondido, e era sobre você, sobre a gente, todo mundo
sabia que eu estava te esperando com muita ansiedade. E ficava uma dança das
cadeiras, às vezes você ia pro outro bar porque sua mãe estava lá, e eu tinha
que entender, você não estava lá só por causa do meu aniversário, mas eu não me
importava, desde que eu pudesse ter o meu momento com você. Mas você não vinha
nunca, e eu me angustiava. Depois mudou pra uma sala daquelas antigas, bem
aconchegantes, e eu chegava e estava todo mundo participando de uma
brincadeira, e eu me sentava no sofá e de repente você vinha, parecia que
estava brincando com meu sobrinho. Não lembro se você sentava do meu lado, mas
eu sentia uma dor insuportável, eu pensava que não ia mais aguentar essa
situação, era uma agonia, uma dor quase física, ter você ali e não poder fazer
nada, ficar esperando você vir me procurar, puxar papo, e não ir até você, era
uma angústia imensurável, e então eu acordei. Acordei. Sentindo a mesma
angústia. E então a angústia não passou, a
tristeza não passou, o sonho acabou, mas o sentimento permaneceu. Eu não sei o
que está acontecendo, eu não entendo nada, e então eu vim escrever para não
enlouquecer de vez. Porque hoje o tempo está assim, chuvoso, e eu adoro, mas
está tão mais difícil ficar cool. Como no meu sonho.</div>
Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-1461546605808615242017-04-21T12:44:00.001-03:002017-04-21T12:44:16.180-03:00Revendo o texto do Fight Club<div class="MsoNormal">
Hoje eu me reencontrei com esse texto que escrevi há quase um ano e meio. Eu tô aqui precisando comer, mas sem fome nenhuma. Precisando sair, mas sem companhia nenhuma. Precisando de tantas coisas, mas num inferno astral do caralho em que nada vem. Daí coloquei The Great Gig In The Sky no último, no repeat, porque aquelas minas gritando são tudo o que a minha alma tá fazendo hoje, tá fazendo há tempos. E me reencontrei com esse texto.<!--[endif]--></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pois é, no fundo ele era só um bosta. Mas pelo menos me fazia escrever.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Entreguei esse texto pra ele, com essa imagem, em mãos, no último dia que a gente se viu. Acho que foi uma boa maneira de terminar tudo, de parar a palhaçada. Gosto quando a última palavra é minha.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBFvnv3JYOUz2WLR0KqAw20W2jmmndEuV2SJn4xI6YHbt6FXgW_LdeEhmwFyyvLjeIK_1xOYKvBH9XqI8-IPOrsco8Eosd5jWqWTkpVtgVQGYmHBFg2K1hASqcBLfKoc4ooFaFVmEi_0Qw/s1600/met+me.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBFvnv3JYOUz2WLR0KqAw20W2jmmndEuV2SJn4xI6YHbt6FXgW_LdeEhmwFyyvLjeIK_1xOYKvBH9XqI8-IPOrsco8Eosd5jWqWTkpVtgVQGYmHBFg2K1hASqcBLfKoc4ooFaFVmEi_0Qw/s320/met+me.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Era só isso que eu queria da vida. Só tudo isso. Que pegasse
na minha mão e viesse ver o mundo explodir lá embaixo, comigo. Deixar
desmoronar, cair, ruir. Tudo. O que é certo, o que é errado, as convenções, a
etiqueta, a moral e os bons costumes, as regras da sociedade, a família
tradicional brasileira, o “normal”, o estranho. Deixa ruir, desmoronar, cair.
Dá aqui essa porra dessa mão e vamos ver juntos que bonita que é a fumaça que
sobe quando tudo se destrói. Vem, que o que eu tenho pra te dar é muito e ao
mesmo tempo é nada, a soma do que aprendi menos tudo aquilo que eu tive e tenho
que destruir pra tentar chegar na essência do que eu sou. Que o que você tem
pra me dar é nada e ao mesmo tempo é quase tudo, os resultados das divisões e
multiplicações que você fez na sua vida e que resultaram nesse caos lindo que é
você, esse caos que me fascina e pelo qual eu tenho a mesma atração respeitosa
que sinto pelos trilhos do metrô. Mas não. Porque existem as malditas regras.
Que eu vou seguindo, mesmo sem saber quem fez. Eu gosto de jogar, você sabe,
todo mundo sabe. E eu não trapaceio. Mas questiono essas merdas dessas regras
bizarras. Questiono, mas sigo. Sigo, mas questiono. Porque isso não faz o menor
sentido, quem inventou esse jogo idiota que eu ainda estou aqui sentada
jogando, há horas, dias, meses, anos. Eu penso em bater no tabuleiro e jogar
tudo pro alto, deixa as peças caírem lá embaixo, vamos arremessar essa porra
desse tabuleiro lá embaixo, levanta dessa cadeira, dá a volta nessa mesa e vem
pegar na minha mão pra gente ver tudo ruir, cair, desmoronar. Seria tão
incrível. Mas não. Então eu cumpro a rodada de castigo. Uma rodada sem jogar.
Talvez eu não seja tão Marla assim. Mas eu sou. Mistura de Marla com Clementine
(do Brilho Eterno) com Capitu, mais mulher do que Bentinho jamais foi homem. E
talvez você não seja tão Tyler Durden quanto eu acho que você seja.Talvez você
seja só um bosta. </div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
16/11/15</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(O que você faria se recebesse um texto desses como término de uma história? Conta pra tia, conta.)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-26135295355460870622017-04-16T23:57:00.000-03:002017-04-16T23:57:05.587-03:00Paleta impressionista<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Enquanto ele fala eu olho pras
mãos dele. Olho pros dedos, na verdade. Eu ainda me lembro, e eles são tão
bonitos. Eu olho no olho dele e eu me lembro perfeitamente de como era olhar
muito de perto. Ele fala e eu, que não ouvia essa voz há tantos anos, começo a
me lembrar. Lembro da suavidade, da leveza, da calma. Mas de repente eu me
lembro também do calor, e então parece que eu fico quente. E eu tenho vergonha,
porque parece que está escrito na minha cara, que ele poderia ler, se quisesse,
tudo o que estou pensando. Mas não é isso. Não foi por isso que eu vim. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Então eu me concentro de novo,
mas quando noto meus olhos já escorregaram pros dedos dele de novo. Brancos.
Lindos. Eu vejo as veias verdes nos braços brancos, eu me lembro. E volto pros olhos, e tento ficar ali o máximo de tempo que eu
conseguir, porque eles são lindos, porque ele é lindo, por fora e por dentro, porque ele é, sem sombra
de dúvida, um dos caras mais incríveis que já passou pela minha vida, e eu
então me lembro. Foi por isso que eu vim.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ele canta, porque ele é desses.
Ele canta e eu quase esqueço tudo ao redor. Eu queria sentar mais perto. Eu
queria sentar do lado e pegar nele, e sentir a pele dele, mas não foi por isso
que eu vim. Eu percebo que eu tenho vontade de abraçá-lo bem apertado, sem
pedir, sem motivo, sem avisar, mas eu não tenho esse direito. A gente não se vê
há tanto tempo, eu não quero parecer estranha, eu não posso pedir nada. Mas eu
queria pedir bem pouco, na verdade. Queria pedir pra ele cantar mais, pra ele
deixar eu chegar mais perto, pra gente sair daquela luz toda, pra gente ir pra
rua e sentar na calçada, pra ele deixar eu encostar minha cabeça no braço dele
e ficar assim. Eu juro. Era só isso.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu ainda vejo todas as cores.
Todas elas. Elas estão ali, desde então. Todas elas. Elas me encantam de um
jeito novo e velho, elas me dão vontade de ser colorida também. Porque ele não
é colorido só por fora. E talvez eu só veja isso agora, tantos anos depois.
Porque eu sou monocromática, vermelha, toda vermelha. Eu não tenho cores
suaves, porque elas ficam escondidas numa prateleira lá dentro, bem no fundo.
Mas a paleta dele me dá vontade de me pintar. De amarelo, de verde, de branco,
de rosa claro. Foi por isso que eu vim, mas eu nem sabia. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu nunca soube. Mas agora eu sei. </div>
Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-66640186728223353672017-04-13T18:40:00.000-03:002017-04-14T14:42:18.555-03:00SiTalvez seja esse o segredo. Ou talvez não exista segredo nenhum, tudo seja somente uma grande piada, e nem tem ninguém pra rir. Mas, talvez, assim, talvez, se a gente se dá conta das merdas que fez, a gente possa se redimir. Se redimir com a gente mesmo. Com a gente mesma. Comigo mesma.Talvez, assim, bem talvez, seja esse todo o esquema: se dar conta de que a gente foi babaca. Babaca é pouco. Cuzona. Ridícula. Insensível. Imprestável. Impensável. Impensável pra mim, pra eu de hoje, atitudes que essa besta do passado, eu, tomou, tomei. E tomei, viu? Se te interessa, já tomei o triplo, bem no cu, e doeu pra caralho. E nada muda, nada apaga a merda que a gente fez. Não é tomar ares de importância e achar que a gente feriu alguém, é perceber que essa merda toda só voou pra cima da gente mesmo. Da gente mesma. De mim. E perceber isso é tão difícil, é quase impossível, é um instante ínfimo de compreensão que vem e some, fugaz, não dá pra captar e meditar sobre o assunto, porque já passou. Mas, naquele instante de revelação, puta que o pariu, como dói, me aperta o peito e me enche o olho de lágrima, mas então eu tento pensar e não consigo. A sensação do tempo passado é arrebatadora, é opressora, mas a revelação, a consciência pelo menos é branca, cristalina. Clara como a luz do dia, ainda que por um instante. E me faz vir aqui, no mesmo lugar de sempre, embora todo o resto esteja tão diferente. Está mesmo? Enfim. Enfim... Tantas vezes carpe diem, tantas vezes ouvi, tantas vezes falei, mas nada, mais nada. A cada instante mais perto da morte, mais distante da juventude, mais distante dos erros da juventude. Que a minha juventude possa ser perdoada. Que haja perdão de mim mesma, para mim mesma, por ter descoberto que grande parte do meu sofrimento foi causado só por mim. Que a idiota da Juliana do passado possa pedir perdão no espelho pra essa que hoje nem a reconhece mais. E que a Juliana de hoje possa se perdoar. Porque, talvez, esse seja o segredo.Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-62274663649794933382016-07-23T23:25:00.000-03:002016-07-23T23:25:22.174-03:00Desculpa aí.Foi mal. Eu sou maluca. Eu crio mundos, crio realidades, crio pessoas, personas, personagens (pros outros, porque eu sou sempre eu, na esperança de que alguém curta). Mas nem é culpa sua. Eu que sou louca.<br />
<br />
Eu te idealizei, te imaginei, morri de curiosidade, sequei, murchei, e eu acho isso triste, mas não há nada que eu possa fazer, porque você não regou essa minha loucurinha. E, de novo, nem é culpa sua. Não tinha por quê.<br />
<br />
Talvez você nem seja tudo isso. Provavelmente nem é, eu nem pude ver, mas nem é culpa sua. Eu curto estranhos, eu adoro estranhinhos, porque acho que a estranheza combina com a minha. Mas, vai ver, nem é.<br />
<br />
Nem é. Não foi. Não vai ser. Desculpa aí, foi mal. Apaga tudo, que eu já me obriguei a apagar. Segue a vida, toca o barco, I will survive. I always do.<br />
<br />
Não me odeie. É que eu sou maluca. E achei que era maluca por você. Mas, vai ver, nem era. Nem foi. Desculpa qualquer coisa. Não me odeie. Foi mal.Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-11623078038738130932016-07-16T16:32:00.001-03:002016-07-16T16:32:07.471-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/bhVbwTiM4jI/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/bhVbwTiM4jI?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />
<div class="vk_ans" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif-light, sans-serif; font-size: xx-large !important; font-weight: lighter !important; margin-bottom: 0px;">
<span data-dobid="hdw">platonismo</span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: small;">
<div class="lr_dct_sf_h" style="padding-top: 10px;">
<i>substantivo masculino</i></div>
<ol class="lr_dct_sf_sens" style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px 0px 0px 20px;">
<li style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;"><div class="lr_dct_sf_sen vk_txt" style="font-family: arial, sans-serif-light, sans-serif; font-weight: lighter !important; padding-top: 10px;">
<div style="float: left;">
<strong>1</strong>.</div>
<div style="margin-left: 20px;">
<div class="_Jig">
<div data-dobid="dfn" style="display: inline;">
<i>fil</i> doutrina do filósofo grego Platão (428 a.C.-348 ou 347 a.C.) e de seus seguidores, caracterizada esp. pela concepção de que as ideias eternas e transcendentes originam todos os objetos da realidade material, e que a contemplação dos seres suprassensíveis determina parâmetros definitivos para a excelência no comportamento moral e na organização política.</div>
</div>
</div>
</div>
</li>
<li style="border: 0px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;"><div class="lr_dct_sf_sen vk_txt" style="font-family: arial, sans-serif-light, sans-serif; font-weight: lighter !important; padding-top: 10px;">
<div style="float: left;">
<strong>2</strong>.</div>
<div style="margin-left: 20px;">
<div class="_Jig">
<div data-dobid="dfn" style="display: inline;">
<i>p.ext. fil</i> qualidade do amor platônico; castidade, idealidade [Segundo Platão, o amor mundano e carnal pode se tornar, por meio da ascese filosófica, uma afeição contemplativa por realidades suprassensíveis.].</div>
</div>
</div>
</div>
</li>
</ol>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
Essa música do querido amigo Hércules Gomes é a coisa mais linda do mundo. Eu fiquei arrepiada na primeira vez em que ouvi, e continuo me emocionando sempre que ouço. </div>
<div>
Ah, a porra do Mundo das Ideias... que sempre vai ser mais bonito que a vida real. Mas nem de perto tão interessante...</div>
</div>
Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-61353231108284456432016-07-15T21:51:00.000-03:002016-07-15T21:51:26.601-03:00Búfala<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu sou uma idealista burra. Na verdade, eu sou uma ingênua e
uma imbecil. Eu sou uma tapada que acredita que as pessoas gostam quando a
gente é “o que a gente é”, e não dos personagens falsos que construímos. Eu sou
uma anta que acredita que é melhor mostrar o que somos na realidade, que é bom
ser sincera e honesta. Mas é porque eu sou uma idiota, porque na realidade o
mundo gosta mesmo é da falsidade, é do personagenzinho criado e encenado pro
público, é das técnicas e das táticas. Ser sincera não me leva a grandes
coisas. Quem consegue atenção é quem faz papel, quem decora texto, quem cria
ceninha e dispara clichês. Clichês anti-clichês, vamos ser exatos. Você mostra
seu sangue, sua realidade nua e crua, esperando que alguém ache graça nas
feridas, encante-se com seu jeito verdadeiro, ache beleza nas suas falhas e na
sua “realidade”, mas o que encanta as pessoas é o jeitinho fabricado. E o pior,
elas não percebem o teatro, e compram a ideia como sendo real. São bobas,
tolas, deixam-se enganar. Iansã chega chegando, puta, raiva, suando,
descabelada por causa da batalha, mas linda ainda assim, linda porque real. Mas
Oxum é que encanta, com a mecha de cabelo milimetricamente posicionada para
parecer acidental, com o sorriso ensaiado e as frases prontas de efeito. E
todos caem a seus pés. Tolos, tolos. Ou talvez a tonta seja eu. Eu comecei
dizendo que sou uma idealista burra, e talvez essa seja a verdade.</div>
Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-20667001037849242132016-07-10T01:18:00.000-03:002016-07-10T01:18:36.614-03:00Torta de morango<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglnbgkl15Qnu_GsPLkOJQNhxnxGPWXyZoRpwNHDZNqY5JeUvX7O1bLzXHB4q_mIVkNzWDv0fOvuBZcyu9TBrJ8b6TgmsxC45U8c338x3GcgwYo4WW6YggY_MNNVEP63F64Lektv2MeqAo7/s1600/torta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglnbgkl15Qnu_GsPLkOJQNhxnxGPWXyZoRpwNHDZNqY5JeUvX7O1bLzXHB4q_mIVkNzWDv0fOvuBZcyu9TBrJ8b6TgmsxC45U8c338x3GcgwYo4WW6YggY_MNNVEP63F64Lektv2MeqAo7/s1600/torta.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Então você tem uma torta de morango maravilhosa: creme
delicioso, morangos molhadinhos, casquinha crocante. E você sabe que não pode
comer sozinha, porque uma torta assim tão bonita tem que ser dividida. Daí você
vai tomar um café com uma amiga que você acha que gosta de torta de morango.
Uai, claro que ela deve gostar, como não gostar de uma torta assim? E você
oferece um pedaço. E ela diz “claro, vou comer”. E você tem
certeza de que ela vai comer, é só uma questão de quando, de repente quando ela
acabar o café, ou talvez depois da água, ou ainda quando ela fumar mais um
cigarro. Então você espera. Mas ela não fala mais da torta. Então você oferece
de novo, “quer agora?”. Mas ela diz que agora não. Então você começa a pensar,
porque você deveria ter sacado muito antes, sua imbecil. Quem te disse que ela
gosta de torta? Você não perguntou. Você assumiu que ela poderia querer, porque
você gosta de torta. Tem gente que é estranha: não gosta de torta de morango.
Prefere o morango mais duro ao molhadinho; acha que o creme tem muito açúcar;
gosta da casquinha mais mole. E o erro é seu, por assumir que todos deveriam
gostar do que você gosta. Tem gente que é estranha, ué, fazer o quê? Pensa: o
que ela poderia ter te dito? “Não, obrigada, não quero comer torta”? Ela achou
que ia ser rude, então disse “claro, vou comer”, mas ela não queria, ela nunca
quis. Quando você perguntou “quer agora?” e ela disse “agora, não, depois”,
você deveria ter sacado, porque ela não tinha como recusar, como dizer “desculpe,
mas nunca vou querer comer essa torta que você está me oferecendo”. Então não
tem o que fazer. Você não vai enfiar a torta goela abaixo da menina. Não vai
ficar perguntando e oferecendo de novo, porque uma hora ela vai se irritar, e a
gente não passa a querer uma coisa só porque o outro não para de oferecer. A
gente aceita, deixa ela acabar o café, se despede, vai embora e procura outra amiga que
goste de torta de morango. </div>
Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-31140515731778932902016-07-09T19:58:00.000-03:002016-07-09T19:58:04.317-03:00My funny valentine<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/N_A9xX_CVFA/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/N_A9xX_CVFA?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />
Eu sei que ninguém acredita. Eu acho essa música linda, eu adoro essa interpretação do Matt Damon, tímida, esses agudos com medo de não chegar na nota. Eu sei que ninguém acredita, mas eu sou assim, no fundo. Porque a gente não é uma coisa só. Eu sou vermelho e gritaria, mas no fundo, no fundo, no fundinho, eu sou assim, esse cantar tímido, sentido, baixinho, com medo de fazer barulho, com medo de não chegar, mas querendo muito. Eu sei que ninguém imagina, mas eu adoraria que alguém lembrasse de mim ao ouvir esse som, essa versão, mas ninguém ia pensar nisso porque eu sou babado, confusão e gritaria. Mas é que tem ângulos que a gente só consegue ver se chegar bem perto. E não é qualquer um que chega tão perto assim. E eu sei que ninguém acredita, mas eu tenho isso aqui guardadinho, escondidinho, num fundo de armário, louca pra te mostrar, mas você não quer vir ver.Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-4785504611366542052016-07-06T00:40:00.000-03:002016-07-06T00:40:07.458-03:00O livro que eu queria te darEu vi um livro maravilhoso hoje, a sua cara. Lembrei de você na hora, e meu primeiro instinto foi comprar pra te dar. Mas daí a realidade veio: eu não posso te dar um livro assim do nada. Porque "ia ser estranho", porque eu nem te conheço direito e porque você ia me achar louca. Eu odeio essa parte, eu queria poder te dar a porra do livro. Mas eu não posso. Porque não é isso que as pessoas normais fazem. Mas, até aí, as pessoas normais também não ficam escrevendo recados em um blog obscuro pra pessoas que nem estão lendo. Então eu não sou uma pessoa normal. Eu sou uma pessoa que acha um livro que você ia adorar, e tem vontade de comprar pra te dar. Mas eu não posso. E eu odeio quando eu não posso alguma coisa. Mas eu não posso. Até porque eu deixei a porta aberta, e você não entrou. Nem bateu na janela. E eu não vou te puxar pra dentro, porque quem quer entrar entra e pronto. Você não entrou porque não quis. Porque não quer. Então eu não posso fazer nada. É uma pena. Mas o azar é seu. Se fodeu: quem fica sem o livro é você.<br />
<br />
Eu escrevo aqui porque preciso tirar de mim. E se você por um acaso (muuuuito remoto) ler e tiver medinho, então você é um bosta, e eu não posso fazer nada. Se você tem medinho de mim, você é um bosta e eu nem te quero mais. Te dar um livro não significa que eu quero casar com você e ter dois filhos e um quintal. Eu nem acredito em casamento, eu tô passando da idade de ter filhos e eu nem sei se quero, e o quintal está longe da minha realidade. Era só um gesto, "lembrei de você, achei que você ia gostar, me importo com você o suficiente pra querer te agradar com algo que eu acho que ia te deixar feliz". Só isso.<br />
<br />
Mas eu não posso. E é uma pena. O livro era lindo. Talvez eu compre pra mim.Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-40772369935519495992016-07-03T23:55:00.001-03:002016-07-03T23:55:42.886-03:00Mister<div class="MsoNormal">
Mr. Cores. O que eu gostava nele era o jeito que ele me
olhava; o jeito que ele me tratava, que parecia que o mundo podia acabar ali e,
se ele estivesse comigo, ele estaria feliz. Eu gostava também do que ele me
escrevia, na verdade gostava mesmo era do fato de ele escrever pensando em mim.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mr. TOC. O que eu gostava nele eram os dotes; era das nossas
caras ouvindo música e fazendo caretas para as notas; era nosso gosto para
filmes e nossas conversas eternas sobre eles depois; era o fato de que, quando
ele estava dentro de mim, o mundo podia acabar ali.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
MR. Bear. O que eu mais gostava dele era o que ele me
ensinava; era como me idolatrava, mesmo que não dissesse, porque não precisava
dizer; era saber que, se eu quisesse, ele sempre estaria ali.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mr. Bones. O que eu mais gostava nele era quando eu
conseguia quebrar as defesas e as barreiras todas, e convencê-lo a se convencer
de que me queria; era ver a luta interna dele consigo mesmo, e saber que quem
ganhava era eu.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sir Stark. O que eu mais gostava nele era o cheiro de
cigarro misturado com perfume e café que ficava na barba dele; eram nossas
conversas cheias de duplo sentido; era o jogo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mr. Asshole. O que eu mais gostava nele era a juventude; era
o branco das mãos, dos braços; era o fetiche pelo meu pé; era passar os dedos
pelos cabelos loiros, sabê-los meus pelo menos por aquela vez.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sir First. O que eu mais gostava nele era ter ganhado a
batalha, e saber que ele era meu; era o perigo, seja nas escadas da vida ou
escondidos pelos motéis, eu que odeio motel; era o carinho verdadeiro; era um jeito que ele descobriu e
que eu gostava, porque ele foi o primeiro.</div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É, eu já fui muito feliz nessa vida. Já comi muita merda,
também. Mas, caralho, eu já fui muito feliz.</div>
Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-58990426534634472392016-07-02T16:18:00.002-03:002016-07-02T16:18:29.373-03:00Algumas poucas coisas (que eu quero falar) sobre mim1. Eu odeio essa modinha de barba. Eu odeio modinhas, em geral. Há um tempo, barba era uma coisa rara. Hoje qualquer mané tem. Odeio a obrigatoriedade de qualquer coisa, até da barba, ou do coque samurai, ou de qualquer merda. Gosto de cara lisinha, de deslizar pele na pele. Gosto da barba crescendo, raspando, quase machucando, daquelas que a gente fica toda vermelha quando beija. Eu fico, sou sensível. Mas a barba que se tem pela moda, essa eu odeio. E eu nunca gostei de barbas gigantes, anyway.<br />
<br />
2. Eu abasteço o carro sempre no mesmo posto, em Valinhos, no meio do caminho entre a minha casa, em Campinas, e o meu trampo, em Vinhedo. E eu só coloco gasolina lá. Desde que comprei o carro (que foi na mesma época em que comecei a trabalhar em Vinhedo). Agora eu tô de férias e a gasolina está acabando, então eu vou ter que ir lá só pra fazer isso. Mas eu não ligo, eu tô de férias.<br />
<br />
3. Eu falo sozinha comigo o tempo todo quando estou sozinha em casa ou no carro. Não uma conversa, mas frases soltas. Eu penso em muitas coisas e de repente eu solto uma frase pra mim mesma, depois eu dou risada da frase ou de mim.<br />
<br />
4. Pelo menos uma vez por semana, eu estouro uma pipoca, coloco manteiga e vou pra debaixo das cobertas ver um filme ou uma série. E não me venham com papinho de saúde. Caguei.<br />
<br />
5. Eu paro o carro na garagem do subsolo, que tem um eco sensacional. Daí desço do carro cantando, canto no caminho todo do elevador e entro em casa cantando. A música depende do mood do dia.<br />
<br />
6. Eu tenho playlists específicas para pessoas específicas que ocupam a minha cabeça. A minha playlist atual é uma piada. Tem 33 músicas e eu as ouço ininterruptamente no carro. Qualquer um que andar comigo não vai perceber, a não ser que seja o objeto da playlist, o muso inspirador dela, hahahaha. Se ele andar no meu carro um dia, eu vou esconder o pen drive.<br />
<br />
7. Eu ouço a maioria dos áudios que envio no WhatsApp pra ver como a minha voz saiu e fico imaginando como as pessoas vão me ouvir (mesmo que seja a minha mãe).<br />
<br />
8. Se eu quiser que o meu R saia perfeito, eu preciso pensar. Se não penso, ele sai uma merda, porque eu escrevo rápido como eu penso, muito rápido. E eu odeio o meu R (o minúsculo).<br />
<br />
9. Eu não uso o meu sobrenome do meio porque o acho muito comum, pra tristeza da minha mãe. Mas é que eu não gosto das coisas comuns, pelo menos não da maioria. E tem uma atriz pornô nas Filipinas que tem o meu último sobrenome, e eu acho isso engraçadíssimo.<br />
<br />
10. Eu penso em você pelo menos metade das horas em que estou acordada. Muito mais do que eu deveria, muito mais do que eu gostaria. Mas eu penso. Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-61756798490751651892016-07-02T13:40:00.001-03:002016-07-02T13:42:24.364-03:00You've got such a pretty smile, it's a shame the things you hide behind it, let it go, give it up for a while.https://www.youtube.com/watch?v=T4aEFkRIZ-c<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/T4aEFkRIZ-c/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/T4aEFkRIZ-c?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br />
Escrever um texto sem escrever. Esperar sem esperar. Ser normal uma vez na vida. Mas é que normal é tão chato. Mas, pera, esse monte de sentimentalismo, essa carga emocional enorme também não é legal. Posso só escutar a música sem pensar que é um sinal pra mim? Posso ser um ser humano normal e fazer coisas normais quando como eu vivia sem me preocupar com nada? Posso conversar de verdade, tirar fotos de verdade, ver TV de verdade? Será que eu consigo ficar um dia inteiro sem falar sozinha, sem fazer caras no espelho, sem rir de mim mesma, sem me preocupar com o que você vai achar, sem fazer planos mirabolantes, sem esperar demais das pessoas? Posso só tomar cerveja com os meus amigos e esquecer por umas horas de toda essa loucura que eu mesma crio e que depois não dá em nada? Porque eu crio todas as loucurinhas, depois nem eu mesma aguento e tenho raiva, e eu quero quebrar esse ciclo e ser uma pessoa normal. Eu quero ouvir de verdade o que as pessoas falam, sem ficar procurando mil e um significados ocultos nas palavras delas. Eu quero parar de compartimentalizar o meu cérebro e quero fazer uma coisa de cada vez, pensar uma coisa de cada vez, sem mil pensamentos de pano de fundo. Eu quero me lembrar do que realmente importa, e não de detalhes sem significado. Mas daí as pessoas dizem que gostam de mim do jeito que eu sou, assim doida. Mas que pessoas, cara pálida? É legal achar a maluca legal, mas viver a vida da maluca ninguém quer. Ninguém sabe o que a maluca pensa quando ela se deita pra dormir, ninguém sabe a preocupação quando ela encontra uma mina maluca de verdade e fica se comparando, "será que eu sou assim louca, será que as pessoas me veem desse jeito?, eu não quero que as pessoas me vejam assim, eu queria ser mais normal, não tão normal, mas um pouco mais normal, porque ser assim desse jeito está acabando comigo". Porque ouvir a mesma música quatro vezes seguida deve ser um sinal de loucura. Porque revisitar detalhes insignificantes mil vezes na minha cabeça pra revesti-los de significado deve ser um sinal de loucura. Porque me importar com o que você pensa de mim, sem nem saber quem você é, ah, isso deve ser um sinal de loucura. Porque pensar tanto assim e querer tanto assim, com essa força, deve ser um puta sinal de uma puta loucura. Eu penso muito, eu faço pouco, eu enlouqueço sozinha e depois eu visto a cara de normalzinha e então ninguém sabe. Eu quero muito, e eu nem sei por quê. Eu me olho no espelho e me acho horrorosa, mas eu boto a banca de linda e vou tocando. Ser uma pessoa normal, porque senão o mundo vai se assustar. Você, que parece tão normal, só que não. Só que eu não sei. Eu não sei de nada, mas ninguém mais lê essa bosta, mesmo, então que se foda. Tô cansada, tô cansando, e eu não sei pra onde ir depois disso. Olha aí o sentimentalismo de merda de novo. Que se foda. Que se foda. Que se foda. Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-67746222397441236802016-06-25T01:43:00.000-03:002016-06-25T01:43:49.246-03:00Caça ao tesouroEu adoro montar caças ao tesouro. Pra amigos, por diversão. Na minha vida, por ideologia. Uma coisa meio oriental, meio budista, meio caminho da iluminação: o Escolhido é aquele que entende. o Escolhido saberá ler minhas pistas. Mas, ó, você tá me deixando muito confusa, porque eu nem sei se você está encontrando as pistas.<div>
<br /></div>
<div>
Quando algo é muito fácil (um livro, um jogo), a coisa toda perde a graça. Mas quando é muito difícil, muito hermético, também perde. Pra que o jogo continue, eu preciso saber se você está nele, se você está jogando ou se eu estou enlouquecendo sozinha.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Então, please, deixa uma pistinha pra mim também. Porque eu também gosto de jogar.</div>
Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-63534705047305579822016-06-18T12:06:00.000-03:002016-06-18T16:11:51.439-03:00Padrões, padrões, padrões... (Coluna Infinita)<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu tava aqui me lembrando de uma vez, há anos, em que eu
admirava muito um cara, mas a gente só se via uma vez por semana e conversava 15
minutos cada vez. E eu ia me interessando mais por ele a cada vez, e ia ficando
louca, e queria muito sentar pra conversar com ele e conhecê-lo melhor. Mas,
por causa do meu interesse, eu não conseguia fazer o mais simples. Porque pra
chamar um brother pra tomar cerveja eu não tenho problemas: se ele disser que
não pode, eu vou ficar de boa e marcar outro dia, e vou esquecer a história
depois de cinco minutos. Mas, quando eu me interesso por alguém, eu não
consigo. Porque, se ele disser não, eu vou me quebrar inteira. Porque, se ele
disser não pra cerveja, é como se ele estivesse dizendo não pra mim, pra tudo,
e eu não vou conseguir suportar o depois.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No caso em questão, o que eu fiz foi mandar um e-mail GIGANTE
pra ele, engraçadinho, com todos os nossos pedaços de conversa interrompidos,
pra dizer que eu queria continuar a conversa sem hora pra acabar. Mas foi
gigante, super elaborado, fiz até projeto de texto, praticamente. Era uma obra
de arte. Pensei e pensei, retirei palavras, coloquei outras, revisei, reli mil
vezes e enviei. Daí fiquei lendo de novo a cada cinco minutos, enquanto ele não
respondia. E a resposta dele tinha 3 linhas, e era algo do tipo “Você é louca,
era só me chamar pra tomar uma cerveja”. A gente tomou a tal cerveja, afinal. Bom, eu não era a única louca do rolê, porque ele me
chamou pra viajar com os primos dele depois disso, e a gente nem se conhecia
direito. E eu fui, e as coisas deram certo por um dia, mas depois não, porque
ele não era exatamente o que eu pensava que ele fosse, e eu também não devia
ser o que ele pensava que eu era, se é que ele pensava. Bom, isso é o que
acontece quando a gente não conhece as pessoas direito. Naqueles quinze minutos
semanais eu criei um personagem dele na minha cabeça, e a realidade era outra.
Eu me deixei influenciar pelo personagem que ele mostrava, mas eu também
mostrava o meu, porque a vida é assim. E daí, quando finalmente rolou a
cerveja, era uma conversa de personagens, era uma cena de teatro, com cenário e
tudo. Tinha até figurante. Tudo isso pra dizer que, se a gente tivesse tomado
uma breja antes de eu construir uma imagem irreal e fictícia dele, se eu
tivesse feito as coisas de maneira normal, talvez o meu interesse se quebrasse,
ou talvez a gente tivesse ficado só amigo, talvez a gente tivesse se conhecido
de fato, nós, as pessoas, e não nossos personagens.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Enfim, anos depois eu me vejo repetindo tudo de novo. Eu
vivo num mundo paralelo e muito louco, e os padrões se repetem infinitamente,
mas que merda que é isso! Tenho uma amiga que diz que, quando uma situação se
repete na nossa vida, é pra gente aprender com ela, e que, enquanto não
aprendermos, não vamos nos livrar dela nunca, ela vai continuar a se repetir.
Eu deveria ter aprendido, porque isso diz respeito à maneira como eu encaro as
minhas paixões (no sentido amplo) e o meu interesse por caras incríveis, à
primeira vista. Eles me parecem tão incríveis que eu acho que eles nunca vão
querer nada comigo, nem tomar uma cerveja. Eu deveria mudar minha atitude,
chegar e falar de boa. Mas eu não consigo. Eu não consigo, e eu me odeio depois
e volto pra casa chorando porque eu fui uma idiota, porque eu perdi as brechas
em que uma pessoa normal diria “Vamos tomar uma cerveja um dia e você me conta
desse rolê, então”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas eu não digo, e depois me martirizo. O problema é que eu
não gosto de qualquer um. Ah, não. Eu sou uma pessoa muito chata, ranzinza. E
eu vivo cercada de pessoas idiotas, tapadas, burras, modinha, vazias,
desinteressantes, sertanejo universitário e baladinha, porre e vômito, novela e
sapato novo. E então, quando aparece um cara que seja minimamente interessante,
que se pareça comigo pelo menos um pouco nessa coisa de ser cinza (apesar do
vermelho), eu fico louca. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Deixe-me ser justa: não é só minimamente interessante. É
foda. É demais. Me dói fisicamente no peito a vontade de sentar num bar e
conversar por horas, e entender, e conhecer de verdade, e rir mais, e pensar
junto. Não é, nem de longe, só “minimamente” interessante. É interessante pra
caralho, é tão, mas tão, mas tão incrível que eu fico muda. Que eu fico besta,
idiota, olhando pro chão. Que eu me acho desinteressante, o que é que eu tenho
pra dar pra esse cara? Que eu me sinto adolescente, burra, feia, travesti, ele
nunca vai olhar pra mim. Que eu pareço retardada mental, que eu digo coisas e
faço caretas e depois quero me dar um murro porque não era isso que eu queria
dizer. É tão maravilhoso que eu não consigo falar coisa com coisa, que um
segundo de silêncio equivale a dezenove mil coisas passando na minha cabeça.
Tão fofo que eu olho todos os detalhes e depois fico com vergonha, não consigo dizer normalmente, como eu faria com um brother, "Banho e tosa?". Tão massa
que eu paraliso. Que eu volto pra casa querendo morrer. Que eu venho aqui no
blog e despejo esse monte de coisas “desconexas e não coesas”. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas essa sou eu. Repetindo, repetindo, repetindo. Uma merda
de uma Coluna Infinita, que repete o mesmo módulo de sempre, desde sempre e
para sempre, saindo da terra e se enfiando no céu, igual, igual, igual, e
monstruosa, monumental, gigante, ameaçadora. Uma Coluna Infinita que me engole,
me destroça, me desfaz. A mesma coisa de sempre. Os mesmos módulos. Os mesmos
padrões. Eu não consigo chegar perto, de novo, e de novo, e de novo. A culpa é
minha, porque eu repito, repito, repito. Se é importante pra mim, eu não
consigo. A culpa é minha. Mas eu jogo um pouco pra você, pra variar. A culpa
também é sua. Você me parece tão incrível que eu não consigo chegar perto. E você não faz a mínima ideia.</div>
Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-23243445539987345222016-06-10T15:42:00.000-03:002016-06-10T15:42:03.600-03:00Censurado.<div class="MsoNormal">
Este texto foi censurado por mim mesma, por motivos de medinho. É que se o objeto deles passar por aqui, se por alguma razão cósmica ele se aventurar por este blog, eu vou ter muita vergonha de ele reconhecer que este texto foi feito pra ele. Eu sei que pra bom entendedor meia palavra basta, mas eu duvido que haja um entendedor capaz de entender assim tão bem. Mas, ó, se você entender, me conta?</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu gosto das suas mãos, brancas, pequenas, quadradas (eu
tenho uma coisa com mãos, o que eu posso fazer?). Eu gosto da sua boca, percebi
hoje. Na verdade eu sempre gostei dos bicos que você faz. Você sabe que faz,
né? Eu posso imitar pra você qualquer dia. E, de vez em quando, você faz *****************,
e essa cara dura alguns segundos. Eu gosto. Acho bonitinho, acho fofo. Foi hoje
que notei além do bico. Notei seus lábios, e eles são carnudinhos. Acho que por
isso que eu reparava tanto no bico. Eu gosto do seu jeito de fazer *******, que é meio de lado, meio pra trás, parece mais que está ***********. Eu
gosto da sua dança das cadeiras, **********de lá pra cá ********.
Mas acontece ******************, não sei se você está mais cansado. Eu gosto de
te ver fazendo ***********************. Eu percebo o dia em que você está mais de mau-humor,
mas o seu mau-humor é engraçado, e ***********ele passa. Dá pra ver que você ************,
porque a nuvem cinzenta se dissipa ***************(e eu imagino que você já
tenha ***************, mas é lindo ver ****************mesmo assim). Eu gosto
das suas piadinhas *************. Eu as reconheço, porque também tenho as
minhas. Mas eu gosto, mesmo sabendo que *****************, na hora, porque eu
sei que elas **************(e porque elas são boas, definitivamente). Também
gosto dos palavrões, das irritações, dessa coisa de velho chato que você tem e
que eu também tenho, olha como a gente é parecido. Esse mau-humor risível, essa
nuvenzinha negra que acompanha a sua cabeça e que é praticamente um charme,
pelo menos pra mim, que também carrego a minha nuvenzinha onde eu vou. Elas
dariam uma tempestade engraçadíssima, talvez só pra nós dois, mas mesmo assim. Eu
tenho ciúme quando você fala da ******************, que *********************,
e me sinto menor, pequena, porque ***********. Mas, veja pelo lado bom: se
fosse comigo, a gente *******************. Consolo idiota. Eu tenho ciúme
também daquela girafuda que *********************, porque eu acho que vocês **************,
e me dói pensar que você se interessa por mulheres assim, tão o meu oposto, tão
lânguida, tão lady, tão tom pastel, e o que eu tenho pra te dar é o meu
vermelho e o meu volume. Eu adoraria que você pudesse curtir isso, mas eu não
sei bem, porque eu não ********. Mas eu queria tanto ********. Eu gosto quando
você fala de coisas que eu também gosto (referências nerds), ou de coisas que
eu queria conhecer mais. Eu adoro poder ficar olhando ************** pra você,
apesar de eu ter vergonha quando ****************, mas estou
também viajando em outros aspectos. Apesar de eu ter vergonha, **********************
te olhar ininterruptamente (claro que não é por isso que eu *************). Eu,
obviamente, amo e admiro pra caralho *********, mas eu não estou aqui falando
do ****************, mas sim do ***************, porque pra mim está claro, há um
tempinho já, que eu te vejo *********************... Eu te vejo como uma
promessa. E seria muita judiação se você me visse só *****************. </div>
Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-71492651491572184142016-06-04T18:24:00.002-03:002016-06-04T18:24:31.327-03:00Mudando (?) de ideia...As coisas acontecem tão rápido pra mim que até eu mesma fico assustada. Quer dizer, dentro de mim. Num dia eu escrevo e penso umas coisas e acho que não vou caber em mim de desespero. No outro, eu fico com vergonha de ter sido tão melosa, porque já não tenho mais certeza. E se não for, nem pra mim? E se foi tudo mentira, tempestade passageira, chuva de verão?<br />
<br />
Eu não sei mais. Eu não sei mais nada. Eu acho que pode ser que eu te ache um babaca por me esnobar; assim, pode ser. É desse jeito que muitas coisas acabam sem nem ter começado. Mas então pode ser que você nem saiba. Mas daí, se você for bobo desse jeito, então eu não sei se quero, mesmo.<br />
<br />
Enfim...Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-46848300573437918712016-06-01T23:36:00.001-03:002016-06-01T23:44:18.422-03:00Tempestade, de novo.<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tempestades são lindas, fortes e rápidas. O problema é que
são rápidas. Muitas vezes a gente nem se lembra de como elas começaram. A gente
conta os destroços e fica tentando entender como chegou a esse ponto. Tudo
estava quieto, mas tinha aquele cheiro no ar, anunciando a desgraça. E então,
sem que eu possa dizer exatamente como, as gotas começaram a cair, já grossas,
desde o começo. Não dá pra dizer o que causou toda essa força incontrolável, se
foi o seu jeito de olhar, se foi uma frase que você disse que me fez gargalhar,
se foi aquela pausa mais longa, se foi um pedaço de algo que eu achei que você
disse pra mim mas não entendi direito, se foi o simples fato de você ser como
você é. Quando eu notei, o vento estava cortando tudo, rasgando, arrastando.
Quando eu dei por mim, os raios iluminavam o céu, deixando tudo amarelo.
Quando percebi, os trovões me ensurdeciam e a água lavava o mundo. E então as
árvores foram arrancadas, os carros foram levados, tudo inundou, transbordou.
Os galhos foram parar no meio das ruas, as estradas ficaram interditadas, os
morros desceram, a terra virou lama e as poças dominam as ruas. Os postes
caíram, as luzes queimaram, os outdoors foram levados, os guarda-chuvas jazem
inúteis no chão. Eu olho ao redor e não entendo, como é que isso foi acontecer
de novo, caralho, por que eu não posso ser garoa, daquelas que a gente nem sente,
por que não posso ser brisa mansa, por que tenho que ser essa descontrolada
dessa tempestade, essa coisa que eu não consigo conter, que não consigo parar,
que não consigo dominar. Agora vai ser recolher os destroços, limpar a lama,
deixar secar, reconstruir.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas, olha, a tempestade ainda não acabou. Ela só começou.
Seria muito bom se você não tivesse medo de água. Você tem? </div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Larga esse guarda-chuva, ele não serve pra nada. Vem aqui
pro meio da rua sentir a força do vento, da água, do som dos trovões e da luz
dos raios. Vem aqui comigo ver como é bonita toda essa coisa que eu sou incapaz
de controlar. Vem, deixa a água te molhar inteiro, dos pés à cabeça, deixa o
vento te carregar sei lá pra onde, vem, abandona o rumo, a previsão, o cuidado,
vem olhar comigo os raios cruzando o céu negro, vem se arrepiar comigo ao som
dos trovões. Mas vem logo, que a tempestade não dura pra sempre. Vem agora,
porque chuvisco leve não tem graça nenhuma. Seria tão legal ver junto com você o
mundo caindo. Seria muito mais legal do que eu ter que catar tudo sozinha depois, amaldiçoando a mim mesma por ser tempestade que assusta, por não conseguir começar as coisas com chuvisco e ir num crescendo, como gente normal. Eu não sou gente normal. E, daqui do meio da tempestade, eu espero sinceramente que você também não seja.</div>
Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-86307418834495781842016-06-01T22:29:00.000-03:002016-06-01T22:29:49.454-03:00<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu queria que você pudesse se ver como eu te vejo. Queria
que você pudesse ver a você mesmo através dos meus olhos. Queria que você
soubesse como eu te vejo, o que eu penso sobre você. Sei lá, eu gosto de saber
o que as pessoas pensam sobre mim, então acho que talvez você também gostaria
de saber. É que eu acho que você não faz ideia. Mas talvez você faça, então eu
não falo nada.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu também não falo nada porque eu sou louca. Você não sabe,
mas eu sou. Eu sou assim, eu me semi-interesso pelas pessoas, mas não sou capaz
de falar. Fico mandando sinais sutis (e idiotas), esperando que, se for a
pessoa certa, ela vai entender, e vai saber o que fazer. Mas os meus sinais são
pistas tão fracas que eu acabo confundindo a pessoa. É que pra mim eles são
óbvios, tão óbvios que eu até tenho vergonha de mandá-los. Mas eu já aprendi
que as pessoas não podem estar dentro da minha cabeça e pensar como eu penso,
nem ver a si mesmas como eu as vejo. Então eu deveria falar. Apesar de já ter
aprendido isso, eu simplesmente não consigo pôr em prática. Eu ainda acredito
que “O Cara Certo” vai saber entender.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tem algumas coisas sobre você que eu queria saber. Eu tenho
mais ou menos umas três perguntas diretas pra te fazer, e elas são bem bobas.
Uma é sobre um detalhe. Outra é sobre um estilo de vida. A terceira é um certo
ciuminho, que eu nem tenho direito de sentir, mas foda-se. Três perguntas. O
resto é consequência. O resto eu queria descobrir, numa mesa de bar, numa sala
de cinema, numa conversa de madrugada. Mas fazer o mais simples, que seria te
chamar pra tomar uma cerveja, ah, isso eu não consigo fazer. Eu nunca consigo quando
é importante.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu também queria saber como você me vê. Eu acho que eu sei,
e eu não gosto do que eu imagino. Eu queria que fosse diferente. Mas, pra isso,
você teria que me conhecer de verdade. Mais ainda, você teria que querer me
conhecer. E eu não sei se você quer. Eu não sei se você quer saber de verdade
como eu sou louca, como eu olho os seus detalhes, as mil e quarenta e nove
coisas que estou pensando quando olho pra você, e as trinta mil e seiscentas
que eu penso quando estou longe de você. Não sei se você iria querer saber de
fato que eu sou essa maluca que se semi-interessa pelas pessoas e não consegue
fazer nada de concreto pra demonstrar esse semi-interesse, e fica mandando
pistas sutis e idiotas, e depois fica revoltada quando a pessoa não entende, e daí
fica com raiva e pega bronca, porque a pessoa não cabe no modelinho criado pela
minha cabeça doida, e daí se desinteressa completamente. Pronto: eu queria, não
te contei, você não entendeu, claro, então não deu resposta, daí eu te odiei, e
você nem vai ficar sabendo. É triste, né?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas eu ainda não te odeio. Não completamente
(porque tem a fase da raiva completa). Na verdade, ainda não odeio nada. Ainda
quero te fazer as três perguntas, ainda quero entender você, ainda quero que
você saiba como eu te vejo, e ainda quero saber como você me vê. Mas,
sinceramente, eu não me vejo fazendo nada de concreto pra que isso aconteça.
Perceba, a raiva que eu deveria ter era de mim, não de você.</span></span></div>
Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-33230082926934152642016-06-01T22:27:00.000-03:002016-06-01T22:27:10.116-03:00RelendoEu às vezes entro aqui e releio coisas. Esses dias eu reli algumas e pensei se deveria apagar uns textos sobre pessoas do meu passado, distante ou recente. Na verdade o passado recente é o que mais me incomoda, porque eu já me acostumei com as minhas burrices do passado, e ainda tenho dificuldade em aceitar como eu fui burra mais recentemente.<br />
<br />
Mas, sabe, eu decidi não apagar, não. Porque são textos bonitos, apesar de bregas. Todas as cartas de amor são ridículas; os textos também. Não é culpa minha se o cara que me inspirou coisas tão bonitas era um escroto. Não é culpa minha ter coisas tão bonitas pra dizer, pra sentir, pra dar. Se ele não soube receber, não é culpa minha.<br />
<br />
Assim sendo, deixa os textos onde eles estão. Eu releio e penso "Caralho, como eu fui burra de dar tudo isso pra quem não soube receber. Como eu fui idiota escrevendo essas coisas pra um escroto que só queria me comer". Mas, sabe, a errada não sou eu. Não é feio ter sentimentos bonitos por pessoas escrotas. Não é vergonha dar demais. Vergonha é não saber receber. E tenho dito.<br />
<br />
Meus textos contam a história de alguém que se entregou, que sentiu, que pensou, que deu mais do que podia. E isso não é ruim. Se eu não achei a pessoa que vai receber essa tempestade que eu carrego comigo, eu não tenho do que me envergonhar. Os escrotos pra quem eu escrevi, sim, eles é que têm de ter vergonha. Não eu. Eu só senti. Só eu senti, mas tá valendo.Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-74287154135650651692016-05-30T22:27:00.001-03:002016-05-30T22:27:32.603-03:00Manteiga e travesseiros<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu tô tão surtada que eu acendi um cigarro, deixei no
cinzeiro e acendi outro, sem perceber. Eu tentei parar em duas farmácias pra
comprar a merda da pílula e não consegui, uma porque não tinha lugar pra parar,
a outra porque tinha uma fila gigantesca e os dois atendentes estavam no
telefone. Saí cantando pneu e chorando, e foi aí que eu percebi que eu não
estou bem. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando eu cheguei na terceira farmácia e o mocinho bonito me
perguntou se tava tudo bem, eu tive vontade de pular no colo dele e ficar
chorando até amanhã. Daí eu tive dó de mim mesma porque eu não tenho colo pra
chorar. Literalmente. Porque o “tudo bem?” dele e a cara de preocupado foi tão
diferente do “tudo bem?” das pessoas do dia a dia, aquelas pra quem você
responde “tudo”, mesmo sem estar tudo bem. E porque eu sou essa pedra que não
abraça as pessoas, que não beija as pessoas de verdade, que não se permite um
carinho, um contato físico mais demorado, só com namorados, e eu perdi a conta
de quantos séculos faz que eu não tenho um namorado. Eu nunca fui essa pessoa
de abraçar amigos, de ficar de mão dada com amigas, de ficar deitada no colo de
pai e mãe. Mas hoje eu só queria que tivesse alguém me esperando em casa e que
soubesse que não, não está tudo bem, e já faz tempo, mas é que eu sou essa
pedra, eu vou no moto-contínuo, eu sorrio, faço graça, faço piada, eu sigo em
frente e faço a forte, mas eu não sou feita de pedra, caralho, eu sou manteiga
às vezes. É raro, mas eu sou. E eu tenho vergonha de precisar das pessoas pra
essas coisas, eu me sinto desconfortável quando pegam na minha mão por mais do
que 30 segundos, solto antes de medo da pessoa soltar antes, saio do abraço
logo antes que a pessoa saia. Mas hoje eu queria que me olhassem e percebessem
que eu preciso de um banho quente, de uns dois cigarros (um de cada vez, por
favor) e de colo. Colo físico, colo literal. De que mexessem no meu cabelo sem
que eu tenha que ficar preocupada se está embaraçado ou se os cachos estão
estranhos, eu que nem gosto de cafuné, mas é porque eu sempre fico pensando se
tem algo estranho com o meu cabelo e a pessoa vai notar, então fico sem. Eu
fico sem muitas coisas por pensar demais. Mas daí, quando eu faço uma tentativa
de entrega, sutil, daquele meu jeito, e não recebo uma resposta, e recebo o
silêncio, daí eu me fecho ainda mais. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E então eu tô aqui em crise, mas amanhã é outro dia pra eu
colocar um sorriso na cara e fingir que tá tudo bem, e responder “tudo bem” pra
quem pergunta mas não quer mesmo saber. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu vou lá dormir com os meus 5
travesseiros. Eu dou risada de ter tantos, as pessoas dão risada, mas eles
enchem a minha cama, limitam meu espaço, ficam comigo a noite toda e eu não
preciso pensar se estou agradando. Eles não perguntam se eu estou bem, mas eu
não preciso sair do abraço deles antes, porque eles nunca saem primeiro do que
eu.</div>
Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-4740792231629071582015-10-30T14:39:00.000-02:002015-10-30T14:39:20.997-02:00There is no spoon.<div class="MsoNormal">
Então é assim. O ser humano é complicado, disse meu amigo.
Um universo dentro de cada um. E a gente nunca consegue entender esses
universos paralelos. Mas não são exatamente paralelos. Às vezes eles se cruzam.
E daí é tão gostoso. Não precisa tentar entender. A gente nunca vai conseguir,
mesmo. Se a gente conseguir só curtir esses momentos em que os universos se
encontram, se a gente conseguir não pensar, só sentir, a gente consegue ser
feliz. There is no spoon. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ele me encanta de um jeito que eu não consigo explicar. Não
consigo. Eu olho os dedos da mão dele e não consigo nem dizer exatamente o que
eu sinto. Aqueles dedos quadrados e brancos. A gente conversa por horas
enquanto o sol pensa em sair do seu esconderijo, a gente fuma mil cigarros, o
céu vai mudando de cor, a noite passa de quente pra fria, depois o dia amanhece
e esquenta de novo, e ele sua no meu travesseiro e o cheiro que sai da nuca
dele é a coisa mais gostosa do mundo, mistura de perfume com suor e xampu. Eu
olho pra ele e penso que eu sei um monte de coisas banais sobre ele, mas ao
mesmo tempo é como se fosse um desconhecido, quem é esse menino, quem é esse
homem, quem é esse carma na minha vida, quem é esse universo paralelo que
quando tromba com o meu me deixa assim, às vezes entregue, às vezes na
defensiva, mas sempre um pouco louca.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ele me abraça e coloca um som, e eu fico olhando a mão
branca dele tocando air guitar no meu travesseiro, e tem um sorriso besta que
se instala no canto da minha boca e não quer mais sair, mas eu não quero ficar
tão feliz, porque isso não significa nada, eu não sei o que isso significa, eu
não sei quem ele é, eu não sei o que ele pensa, eu não entendo o que ele quer,
eu nem entendo o que eu quero. Eu quero ficar aqui, ouvindo esse som, ouvindo
ele cantar na minha nuca, olhando aqueles dedos quadrados e brancos e não quero
pensar em nada, no que vai acontecer amanhã, no que aconteceu há dois anos, eu
só quero conseguir curtir esse momento, there is no spoon, não existe nada no
mundo, só essa sensação, então eu fecho os olhos e o maldito sorriso continua
no canto da minha boca. Porque esse sorriso é um trouxa, esse sorriso não sabe
de nada, não sabe da novela mexicana que essa história é, não sabe que, ao
mesmo tempo, não tenho nada pra contar, porque eu não entendo nada, eu não
consigo pensar, eu só sei que quando ele tá aqui é bom demais, e isso basta. Eu
não sei quando ele vem de novo, às vezes eu acho que eu sou uma trouxa nessa
história, mas quando eu vejo ele chegando eu esqueço de tudo, eu só quero que
ele entre logo no meu carro, eu só quero sentir a pele quente dele na minha,
quero passar os meus dedos naquele cabelo, quero aquela boca, mas não me
entendam mal, parece papinho de apaixonada, mas não é, as coisas não são tão
simples assim, eu não consigo dar nome pra isso. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu não consigo pensar racionalmente. Eu quero pensar em
todos os defeitos dele pra me convencer de que essa história é uma furada, de
que eu tô perdendo tempo. Mas, quais são os defeitos dele? Quais são os meus defeitos? Quais são os
defeitos que importam? Nada me importa na vida quando eu sinto a barba dele na
minha nuca, nada interessa quando ele olha no meu olho e dá aquele meio sorriso,
nada existe quando a gente tá debruçado na sacada falando qualquer merda e a
tatuagem do braço dele encosta no meu braço e eu fico mole. E depois, quando
ele vai embora, a vida segue, eu tenho provas pra corrigir, eu tenho amigos pra
receber, eu tenho planos pra fazer, a vida dele segue lá e a minha segue aqui,
daí eu tô no meio de um conselho de classe e nem lembro que ele existe, eu tô
com os meus colegas falando de trabalho, o meu coordenador está falando algo importante
e eu me sinto viva, trabalhando, tentando fazer a diferença, daí eu lembro dele
me chamando de “dona do morro” e começo a dar risada do nada, e daí eu volto ao
trabalho com aquela merda daquele sorriso de canto de boca. Eu tô de boa na minha
casa assistindo Fera Ferida no Viva, e eu nem lembro que ele anda sobre o
planeta Terra, daí me vem uma imagem dele em cima de mim e eu penso que ele
poderia estar aqui, daí eu decido dormir, mas antes passo creme nos pés,
sorrindo. Tem momentos em que eu nem me dou conta de que ele está por aí,
andando e respirando, mas daí quando eu vejo ele chegando eu não consigo mais
lembrar por que é que eu deveria estar brava, eu só quero que ele acenda um
cigarro e me conte alguma história engraçada ou fale aquelas frases sem sentido
que ele tira do nada. Daquela cabeça louca, que eu nunca vou conseguir
entender. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Acho que não preciso entender. De perto, ninguém é normal. E
bem de pertinho ele é muito maluco. Mas eu adoro. E eu também sou. E ele canta
baixinho, e depois fala uma frase de um vídeo, e depois a gente dorme, e depois
o dia amanhece e eu faço ele tomar um iogurte, e daí eu tenho milhões de coisas
pra fazer, e o céu está azul, e a minha família é linda, os meus amigos são
incríveis, a minha vida é boa demais, e eu sei que ele volta. E, quando ele
volta, o mundo para, mas ao mesmo tempo continua a rodar. E mais um capítulo da
minha novela mexicana favorita vai sendo escrito, e eu adoro. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O Neo diz que não acredita em destino porque não gosta da
ideia de que não podemos controlar nossas vidas. Mas tem coisas que não
acontecem à toa. E eu não quero controlar nada, não. Não quero. Não quero
pensar. Não quero teorizar. Quero só sentir. Quero entender que quem se dobra
sou eu, e não a colher, porque não existe colher. Não existe nada. There is no
spoon. E talvez a vida seja mais fácil assim.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
</div>
Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-7156262245474577482015-10-13T23:54:00.000-03:002015-10-13T23:55:18.638-03:00Eu confesso, porque agora eu entendo.Não é o amor que me move. Não é a vontade de ver o outro feliz. Não é um sentimento nobre, de entrega, de carinho, de não esperar nada em troca. Não é ver o brilho no olhar, a calma, a afeição.<br />
<br />
O que me move é o desejo. Eu confesso, porque agora eu entendo.<br />
<br />
Quando eu fico louca, perdida, desesperada, é de desejo. Eu preciso ter, eu preciso segurar nas mãos, eu preciso sentir toda a força dentro de mim. É uma coisa de posse, de pele, de vontade, de orgulho, de luxúria, de vaidade, socorro, como eu sou pecadora. Eu quero ver o brilho no olho, mas é o brilho do desejo. Eu quero ver o sorriso no rosto, mas é o sorriso da vontade. Eu perco o sono e a fome, mas não é pra passear no shopping de mão dada. É pra me perder nos dedos, na pele, na nuca.<br />
<br />
Todas as vezes que eu achei que amei desesperadamente e descontroladamente, não era amor. Era desejo. Era vontade de ter. E agora, olhando pra trás e pra frente, fica muito mais fácil caminhar. Porque agora eu sei pra onde ir.Menininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7264712561938391948.post-85548642945319870132015-09-28T14:13:00.000-03:002015-09-28T17:29:06.385-03:00Depois da tempestadeMenininha bossa-novahttp://www.blogger.com/profile/15741513758032753762noreply@blogger.com0