Enfim, um domingo só pra mim. A casa vazia, que eu amo. O silêncio quebrado somente pelos barulhos que eu faço. Eu falando sozinha. Eu cantando e rindo sozinha. Que eu ando rindo muito sozinha ultimamente. Que eu ando muito sozinha ultimamente, mas nem acho tão ruim. Só às vezes. Prefiro estar sozinha do que ter que carregar fardos que não são meus. Que eu só quero carregar os fardos que eu realmente desejar, mesmo que não sejam meus. Mas tem que ser porque eu quero, não porque eu devo.
Provas pra corrigir, trabalhos pra corrigir, matéria para estudar. Meu quarto pra arrumar. Meus livros me chamam, meus CDs me chamam, as caixas me chamam e imploram para que eu mexa nelas, arrume este quarto, pelamor. Arrume esses papéis da escrivaninha, jogue fora o que não presta. Eu tenho uma dificuldade imensa de deixar ir.
Mas, como eu dizia, ando rindo muito sozinha. De coisas que eu nem sei direito. De coisas que eu tenho medo de saber, porque pode não ser nada do que eu sinto, e eu posso me ferrar feio em breve. Mas deixa estar. Eu rio. Eu gargalho dirigindo, sozinha, falando comigo mesma, falando com você como se você estivesse aqui. E rio do meu ridículo. Estou falando sozinha. Estou sozinha. Mas gargalho, de verdade, de dentro, do fundo.
Você? Será? Jura? Oh, céus.
Um domingo só pra mim. Quero ver o jogo comendo pipoca, tomando Fanta Uva (que eu odeio tomar cerveja sozinha). Depois tomar meu banho cantarolando. Pensando, pensando. Pensando em você, será que você sabe que eu penso em você? Mas, principalmente, eu penso é em mim.
Amanhã, outra semana. Segunda-feira de novo, tudo de novo, cada dia trazendo infinitas possibilidades. Mas deixa o amanhã pra amanhã. Hoje é domingo, o meu domingo, um domingo só pra mim.
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