Minha mãe:
Livra-me da mediocridade e da pequenez das mulheres casadas que só sabem falar do marido, dos filhos, das receitas e da novela.
Livra-me da futilidade daquelas que só sabem falar de bolsas, sapatos, botas, maquiagem, roupas e tintura de cabelo.
Livra-me do desespero das solteiras à procura do homem bonito e rico.
Livra-me do ridículo de se ter 40 anos e vestir-se como uma menina de 20.
Livra-me do vexame, da bebedeira, do vômito, da degradação.
Livra-me da falta de senso, da falta de bom gosto, da falta de recheio.
Livra-me do mesmo, do amanhã igual ao ontem, do ano que vem igual ao ano passado.
Livra-me da falta de criatividade, da falta de esperança, da falta de fé no que realmente importa.
Livra-me das conversas vazias, dos filmes vazios, das músicas vazias, das pessoas vazias; livra-me do vazio.
Se bem que, sendo tua filha, não devo correr muito esses riscos... Mesmo assim, não custa pedir.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Ilha dos Amores
Aconteceu em uma de minhas aulas no 1º Informática A, sobre "Os Lusíadas".
Eu - Daí os portugueses chegaram em Calicute, mas arrumaram treta com os mouros. Então eles estavam indo embora, mas Afrodite disse pra eles que, como eles eram homens muito corajosos, valorosos e valentes, eles poderiam dar uma passadinha na Ilha dos Amores, onde havia muitas ninfas lindas, e que eles poderiam fazer o que quisessem, com quantas ninfas quisessem, do jeito que quisessem e quantas vezes quisessem.
Aluno - Tipo um puteiro, p`sora?
Eu - Isso, Danilo, tipo um puteiro... só que sem pagar, e as ninfas eram muito lindas e gostosas.
Aluno - Aí sim, heim, p`sora?
Ah, a juventude...
Eu - Daí os portugueses chegaram em Calicute, mas arrumaram treta com os mouros. Então eles estavam indo embora, mas Afrodite disse pra eles que, como eles eram homens muito corajosos, valorosos e valentes, eles poderiam dar uma passadinha na Ilha dos Amores, onde havia muitas ninfas lindas, e que eles poderiam fazer o que quisessem, com quantas ninfas quisessem, do jeito que quisessem e quantas vezes quisessem.
Aluno - Tipo um puteiro, p`sora?
Eu - Isso, Danilo, tipo um puteiro... só que sem pagar, e as ninfas eram muito lindas e gostosas.
Aluno - Aí sim, heim, p`sora?
Ah, a juventude...
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Pedido
Então, eu sei que o blog tá meio abandonadinho, mas nem é por falta de vontade... Também não estou escrevendo isso pra ninguém, pois não tenho leitores assíduos cobrando posts, hehehe, estou escrevendo como que um recado pra mim mesma... Mas é que a vida anda corrida por bosta, essa semana tá bem foda. E, confesso, tem um pouco de falta de vontade, de falta de assunto, de preguicinha.
Estou fazendo o workshop da Inmaculada Ortega lá no Tablao, está sendo animal. Tô aqui pensando no curso que eu vou fazer, e que eu quero que comece logo. Tô pensando nas férias escolares, que estão a menos de um mês e meio. Pensando nas coisas das quais estou cansada. Pensando no friozinho bom que eu amo. Pensando nas coisas que tenho pra fazer, e naquelas que eu gostaria de fazer. Pensando no final de Lost, nas possibilidades da vida, no meu cabelo, na minha conta bancária, no meu sobrinho e na minha família, nos meus amigos, na bagunça do meu quarto... enfim, aqui dentro da cachola tá rolando bastante coisa. Mas aqui no blog, tá foda...
Preciso ter coisas boas na minha vida pra vir escrever aqui com gosto. Quer dizer, coisas boas eu tenho. Preciso de coisas diferentes. Por favor, Papai do Céu. Por favor, Mamãezinha, manda umas tempestades daquelas boas pra mim...
Estou fazendo o workshop da Inmaculada Ortega lá no Tablao, está sendo animal. Tô aqui pensando no curso que eu vou fazer, e que eu quero que comece logo. Tô pensando nas férias escolares, que estão a menos de um mês e meio. Pensando nas coisas das quais estou cansada. Pensando no friozinho bom que eu amo. Pensando nas coisas que tenho pra fazer, e naquelas que eu gostaria de fazer. Pensando no final de Lost, nas possibilidades da vida, no meu cabelo, na minha conta bancária, no meu sobrinho e na minha família, nos meus amigos, na bagunça do meu quarto... enfim, aqui dentro da cachola tá rolando bastante coisa. Mas aqui no blog, tá foda...
Preciso ter coisas boas na minha vida pra vir escrever aqui com gosto. Quer dizer, coisas boas eu tenho. Preciso de coisas diferentes. Por favor, Papai do Céu. Por favor, Mamãezinha, manda umas tempestades daquelas boas pra mim...
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Back to the classroom
Ê, eu vou voltar a estudar! Por enquanto é só um curso de extensão, mas a simples ideia de ter o que ler, estudar e produzir de novo me anima deveras!
Projetos também de voltar para o Espanhol ou para o Italiano... em breve, se Deus e a Deusa quiserem.
E projetos de mais projetos ainda. Ah, Tempo... Seja meu amigo, seja...
Ai, que gostoso! A nerd dentro de mim vira cambalhotas.
*Recadinho nada-a-ver-com-o-assunto-mas-eu-preciso-falar-mesmo-assim:
Pra você:
Não caio mais na sua, broto. Foda-se você. Hahuahua.
Projetos também de voltar para o Espanhol ou para o Italiano... em breve, se Deus e a Deusa quiserem.
E projetos de mais projetos ainda. Ah, Tempo... Seja meu amigo, seja...
Ai, que gostoso! A nerd dentro de mim vira cambalhotas.
*Recadinho nada-a-ver-com-o-assunto-mas-eu-preciso-falar-mesmo-assim:
Pra você:
Não caio mais na sua, broto. Foda-se você. Hahuahua.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Fechando outro ciclo
Tem um ciclo fechando, um ciclo pra fechar. Era claro pra todos que ia fechar um dia, porque tudo fecha um dia, mas era claro que ia ser logo.
Triste, claro, porque tem sido (ainda não acabou) um ciclo bom, que trouxe muitas coisas boas; mas não vai dar mais por muito tempo. Unfortunaletty. Mas pro bem de todos.
Porque, para todo ciclo que se fecha, há sempre pelo menos um que se abre.
Triste, claro, porque tem sido (ainda não acabou) um ciclo bom, que trouxe muitas coisas boas; mas não vai dar mais por muito tempo. Unfortunaletty. Mas pro bem de todos.
Porque, para todo ciclo que se fecha, há sempre pelo menos um que se abre.
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Sono
Essa noite eu dormi e sonhei que estava com sono.
Juro, foi isso mesmo. Sonhei que precisava muito dormir, e que não ia dar tempo.
Acho que estou precisando de férias.
Juro, foi isso mesmo. Sonhei que precisava muito dormir, e que não ia dar tempo.
Acho que estou precisando de férias.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
29
Vinte e Nove - Legião Urbana
Perdi vinte em vinte e nove amizades
Por conta de uma pedra em minhas mãos
Me embriaguei morrendo vinte e nove vezes
Estou aprendendo a viver sem você
Já que você não me quer mais
Passei vinte e nove meses num navio
E vinte e nove dias na prisão
E aos vinte e nove com o retorno de Saturno
Decidi começar a viver
Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar
E a pedir perdão
E vinte e nove anjos me saudaram
E tive vinte e nove amigos outra vez
Lindo.
Hoje eu faço 29 anos. Aquele medinho, a proximidade dos 30, o famigerado Retorno de Saturno. O fim do inferno astral, e a lembrança amiga de que eu não preciso criar outro. Não preciso mesmo.
Engraçado que ontem, voltando pra casa depois do show (porque cantei ontem e alguns amigos queridos estavam lá), lembrei desse som do Legião, e entendi a música. Entendi mais do que nunca, todas as metáforas. Os 29 meses num navio e os 29 dias na prisão. No carro, comecei a pensar na saudade que eu sinto de tudo o que eu já fui, saudade daquela menina apaixonada que acreditava no amor, saudade da criança que dançava e cantava em qualquer lugar sem se preocupar com os outros, saudade da nerd, saudade da menina magra, saudade da ingenuidade, da esperança, do brilho nos olhos, da gargalhada de verdade. Eu sei que parece que tô fazendo 99, mas é meio como me sinto. Pensei também que sinto saudades do Lucas e do Dani, porque ouvir Legião e não lembrar deles é impossível. E hoje o Lucas, que agora mora em Brasília, vai estar aqui e vamos nos ver e matar a saudade e falar horas sobre Lost.
Presentes inesperados da vida.
Aliás, não ganhei nenhum presente hoje. Nada. Foi um dia como outro qualquer. Acho que os aniversários vão ficando comuns. Não senti nada especial. Em casa, antes de dormir, eu lia. Como li na virada do ano. Essas datas, antes mágicas, estão ficando banais.
Enfim, que venha o Retorno de Saturno. Aguenta esse blog agora. Se eu ficar melancólica demais, por favor me avisem, me arranquem de casa, overdose me com filmes bons e champagne, me levem pra Itália, que passa.
Perdi vinte em vinte e nove amizades
Por conta de uma pedra em minhas mãos
Me embriaguei morrendo vinte e nove vezes
Estou aprendendo a viver sem você
Já que você não me quer mais
Passei vinte e nove meses num navio
E vinte e nove dias na prisão
E aos vinte e nove com o retorno de Saturno
Decidi começar a viver
Quando você deixou de me amar
Aprendi a perdoar
E a pedir perdão
E vinte e nove anjos me saudaram
E tive vinte e nove amigos outra vez
Lindo.
Hoje eu faço 29 anos. Aquele medinho, a proximidade dos 30, o famigerado Retorno de Saturno. O fim do inferno astral, e a lembrança amiga de que eu não preciso criar outro. Não preciso mesmo.
Engraçado que ontem, voltando pra casa depois do show (porque cantei ontem e alguns amigos queridos estavam lá), lembrei desse som do Legião, e entendi a música. Entendi mais do que nunca, todas as metáforas. Os 29 meses num navio e os 29 dias na prisão. No carro, comecei a pensar na saudade que eu sinto de tudo o que eu já fui, saudade daquela menina apaixonada que acreditava no amor, saudade da criança que dançava e cantava em qualquer lugar sem se preocupar com os outros, saudade da nerd, saudade da menina magra, saudade da ingenuidade, da esperança, do brilho nos olhos, da gargalhada de verdade. Eu sei que parece que tô fazendo 99, mas é meio como me sinto. Pensei também que sinto saudades do Lucas e do Dani, porque ouvir Legião e não lembrar deles é impossível. E hoje o Lucas, que agora mora em Brasília, vai estar aqui e vamos nos ver e matar a saudade e falar horas sobre Lost.
Presentes inesperados da vida.
Aliás, não ganhei nenhum presente hoje. Nada. Foi um dia como outro qualquer. Acho que os aniversários vão ficando comuns. Não senti nada especial. Em casa, antes de dormir, eu lia. Como li na virada do ano. Essas datas, antes mágicas, estão ficando banais.
Enfim, que venha o Retorno de Saturno. Aguenta esse blog agora. Se eu ficar melancólica demais, por favor me avisem, me arranquem de casa, overdose me com filmes bons e champagne, me levem pra Itália, que passa.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Bridget again
Em dias normais, quando eu dou “só” 5 aulas de manhã, eu chego em casa na hora do almoço e está sempre terminando um filme no Universal Channel. Hoje era Bridget Jones...
Fala pra mim se tem algum filme mais esperançoso pra uma gordinha solteira à beira dos 30? Não tem.
Aliás, é identificação demais. Socorro. Gordinha, solteira, trinta (ou quase), sentindo a pressão do mundo pra casar e ter filhos, ou pelo menos arrumar um namorado, sentindo a pressão de estar fora dos padrões da moda e do corpinho perfeito. Quem nunca passou por situações Bridget Jones que me perdoe, mas não consegue entender o filme. Você só entende se for gordinha e se incomodar com isso. Se estiver solteira e aguentar as perguntas do mundo sobre o seu namorado, se existe, por que não e quando você vai arrumar um. Se você já teve um Hugh Grant na vida, desses que arrepiam todos os pelos do corpo, se ele foi seu um dia, e se ele gostou de você mesmo você sendo gordinha e estranha e maluca. E se esse Hugh Grant foi um cretino, um traidor de marca maior, e só trouxe complexos pra sua vida.
A gente assiste e tem esperança de que exista um Mark Darcy escondido em alguma esquina, esperando pra ler nosso diário secreto.
Droga, eu não moro em Londres nem tenho um diário secreto. Eu tenho um blog. Serve?
Fala pra mim se tem algum filme mais esperançoso pra uma gordinha solteira à beira dos 30? Não tem.
Aliás, é identificação demais. Socorro. Gordinha, solteira, trinta (ou quase), sentindo a pressão do mundo pra casar e ter filhos, ou pelo menos arrumar um namorado, sentindo a pressão de estar fora dos padrões da moda e do corpinho perfeito. Quem nunca passou por situações Bridget Jones que me perdoe, mas não consegue entender o filme. Você só entende se for gordinha e se incomodar com isso. Se estiver solteira e aguentar as perguntas do mundo sobre o seu namorado, se existe, por que não e quando você vai arrumar um. Se você já teve um Hugh Grant na vida, desses que arrepiam todos os pelos do corpo, se ele foi seu um dia, e se ele gostou de você mesmo você sendo gordinha e estranha e maluca. E se esse Hugh Grant foi um cretino, um traidor de marca maior, e só trouxe complexos pra sua vida.
A gente assiste e tem esperança de que exista um Mark Darcy escondido em alguma esquina, esperando pra ler nosso diário secreto.
Droga, eu não moro em Londres nem tenho um diário secreto. Eu tenho um blog. Serve?
Assinar:
Postagens (Atom)