quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Eu devo merecer

Saca só o e-mail de vírus que chegou no meu e-mail da agência (que, by the way, ninguém tem, porque eu separo o profissional do pessoal):



Nossa foi demais ter passado o dia com você no motel, que dia podemos ir denovo ?

Deleta essas fotos depois que ver elas, ou entao grave em cd.. mas nao deixe no seu e-mail, pode ser perigoso.

Me liga mais tarde pq preciso falar com você ! Beijos.


Dá uma olhada nos nomes dos arquivos que vieram junto:

na cama.jpg ( 386,7 KB ) na banheira.jpg ( 227,8 KB ) de quatro.jpg ( 98,8 KB )


Algumas considerações:

1) Alguém realmente acredita que eu ia dar pra uma pessoa que escreve desse jeito?? Analfabetos não são o meu tipo.

2) Alguém realmente acredita que a pessoa cria um nome de arquivo "de quatro.jpg"??

3) Alguém cai nessa merda e abre esses arquivos? Pensa "Nossa, é a pessoa que estava comigo no motel, são as fotos que tirei de quatro, deixa eu ver". Jura que tem nego que cai nessa? Realmente, 2012 tá cada vez mais perto...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Pé na bunda virtual

23/02/2010 - 11h34
O status dela no Facebook virou "solteira"? Você levou um fora

LONDRES (Reuters Life!) - Levar um fora digital é um fenômeno que está crescendo, segundo pesquisa, com números crescentes de pessoas preferindo o uso de email e redes sociais na Internet para terminar relacionamentos com seus parceiros.

Mais de um terço das 2 mil pessoas que participaram da pesquisa (34 por cento) disse que havia terminado o relacionamento por email, 13 por cento havia mudado seu status no Facebook sem avisar os parceiros e seis por cento havia divulgado a notícia unilateralmente no Twitter.

Em contraste, apenas dois por cento terminou o relacionamento por mensagens de texto de celular.

O resto havia se separado da forma antiquada através de conversa cara-a-cara (38 por cento) e por telefone (oito por cento).

"Terminar o relacionamento digitalmente se tornará mais comum", disse Sean Wood, diretor de marketing do serviço de relacionamentos DateTheUk para o qual a pesquisa foi realizada.

"Geralmente é mais fácil, mais rápido e evita qualquer desentendimento."

http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/reuters/2010/02/23/o-status-dela-no-facebook-virou-solteira-voce-levou-um-fora.jhtm


Claro... mais fácil, mais rápido!! Como assim evita desentendimento???

Tenho um amigo que terminou um namoro pelo msn e me contou. Anos atrás. Veja que é um cara de vanguarda. Eu quase bati nele. Inacreditável...

Faz o seguinte: nem começa! Nem começa relacionamento, filho. Filha. Se for pra terminar desse jeito, nem começa, baby...

Até porque você corre o risco de levar uma bem levada como fez a Sophie Calle... Como já comentei aqui.

Algumas considerações: primeiro, tem certeza de que tá a fim de começar alguma coisa? Pense bem, porque tá calor pra caramba, e calor humano é tudo aquilo de que você menos precisa agora...

Enfim, se começou e for terminar (porque não me ouviu), e se for terminar por e-mail, pelo menos tenha o cuidado de escrever em português, e não em nagô ou internetês. Nada como o domínio da língua pra evitar mal entendidos... Precisando de uma revisora, já sabe.

Quem sabe eu não faço uma grana com isso?

"Precisando terminar seu relacionamento e não sabe como? Tem medo de que suas palavras não traduzam exatamente seus sentimentos? Necessitando de desculpas esfarrapadas? Contate agora mesmo Menininha Bossa Nova, redatora e revisora de e-mails de término de relacionamento. E tenha uma solteirice feliz."

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Yeah yeah - o horário de verão já era!

Finalmente - minha horinha que estavam me devendo... de volta...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Notinhas Carnavalescas

Algumas considerações a respeito do Carnaval:

• Sexta-feira. Trabalho em dose dupla. City depois. Irritadíssima com o Carnaval que se aproxima (vide post abaixo). Mas com as cervejas, as coisas vão melhorando. Chego e casa uma e pouco da manhã e o axé tá comendo solto lá embaixo. Fecho a janela. Fecho o vidro da janela. Encosto um colchão na janela, pra tentar abafar o som. Fecho a porta dos quartos, pra evitar que mais som entre e passe pelo corredor. Fecho o vitrô do banheiro. Fecho o box do banheiro. Fecho a porta do banheiro. Meus pais colocam o colchão deles na sala. Fracos. Entro no quarto, ligo o ventilador, ligo o note. Fone de ouvido, dorflex. Durmo em menos de uma hora. Acordo morrendo de calor no sábado, mas mais aliviada.

• Sábado. Cerveja com Isabela, 3 da tarde. Tranquinha. Duas velhas tomando breja e jogando tranca. Perco várias mas ganho a partida no final. Flavinho chega. Assistimos a “Obrigado por fumar”, de novo. Ligações pra galera. Todos vão estar no bloco de rua em Barão. E a gente também, fazer o quê? Foi legal. Um monte de gente querida, conversa boa e cervejinha gelada. Até 4 da manhã dando risada. Chego em casa e o trio elétrico do meu quintal já parou. Glória-glória-aleluia.

• Se você não pode com seu inimigo, junte-se a ele. Nem que seja pra descobrir os motivos por que ele se tornou seu inimigo. Domingo de Carnaval. Depois de tomar uma com a querida Má Franco no City, lá fui eu pra Barão, tentar repetir a dose de sábado (que tava tão legal). Má não quis ir e eu fui sozinha. Mas nem tinha nada. Um lixo, uma molecada, funk rolando nos carros, nem sinal de bloco. Desisti e voltei, mas ainda era 1 da manhã, e o trio do meu quintal (vide post abaixo) só parava às 4. Fazer o quê? Revesti-me de coragem e fui... para o túnel. Só pra descobrir mesmo que é uma merda. Encontrei um amigo de outros tempos, querido, e ficamos ali com a galerinha dele. Encontrei também um aluno. Encontrei também confusão. Tomei uma nas costas, no meio de uma briga, um cara saiu correndo e bateu com o braço em cheio no meio das minhas costas. Voei (e olha que eu nem sou levinha assim). Olho ao redor e vejo todos tapando o nariz e a boca. Alguém grita “spray de pimenta!”. Me mandam cobrir o nariz e a boca. O cheiro não passa. Olho do lado e vejo um cara imenso empurrando um policial. O policial revida mandando uma chuva de spray de pimenta. Uma menina de 15 anos me pega pela mão, me puxa e grita “CORRE!!”. Eu corro. O mundo corre. Dispersão, diáspora. 5 minutos depois, ainda estou tremendo. Ela me olha como se nada tivesse acontecido e fala “pronto, vamos voltar”. Trilha sonora perfeita do inferno: 3 trios elétricos ao mesmo tempo tocando axé. Falta muito pro mundo acabar? Nessas horas, eu acho que não.

• Segunda de Carnaval. Obrigada, Thunder Voice: Epitáfios é realmente incrível e salvou meu Carnaval. Impossível sair com o sol no céu. Enquanto isso, a gente fica em casa e assiste a essa série argentina fodástica. Recomendo. Vi os 13 episódios da primeira temporada em 6 dias. Bora atrás da segunda.

• Eu definitivamente não consigo mijar na rua. Desculpem, mas não dá. Acho uma falta de dignidade tremenda, falta de higiene total, nojento e repugnante. Podem mijar, vocês mulheres que conseguem, mas pra mim não dá. Eu prefiro pagar 3 reais (preço de uma cerva!!) pra ter a dignidade de mijar numa privada limpinha, com papel, descarga, lavar as mãos e dar aquela olhadinha básica no espelho. Mijar na rua, mulherada, não dá! No sábado, lá em Barão, duas amigas queridas foram mijar na rua e eu fui junto, de curiosidade mórbida. De boa, pra mim não dá. Era tipo um estabelecimento comercial, a varandinha de um comércio. Fechado, claro. Mas mesmo assim. Abaixar a calça, mijar de cócoras, não se limpar, colocar a calcinha e sair pingando, de boa, eu não consigo. Comentei com a minha amiga que parecia “Ensaio sobre a cegueira”, todo mundo cagando e mijando pela rua. Com a diferença e o agravante de que aqui todo mundo vê. Definitivamente, mijar na rua não é pra mim. E tenho dito.


• Dedico a minha noite de terça-feira a algumas pessoinhas. Tatiana Rocha, vulga Branca de Neve, que me levou pra esbórnia. João Fernando e Luan, que me fizeram rir muito e muito e muito mesmo. O moço que dançou Bandeira Branca comigo no meio da rua e que me fez lembrar como é que o Carnaval é mesmo. Hihi.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

CARNAVAL DO CARALHO!!!!!!!!!

Carnaval de cu é rola. Primeiro que eu odeio Carnaval: só é bom mesmo por ser feriadão, porque de resto, só traz coisas ruins. Um monte de bêbado pela rua. Um monte de acidente. Música lixo, que nem merece ser chamada de música. Piriguetes soltas, malandros, bandidos e trombadinhas fazendo a festa. Gente amontoada, suando, pingando, NOJENTO!! Gente vomitando de tanto beber, gente pisando no pé, trânsito nas estradas, fila pra tudo, o preço de tudo sobe, a paz não existe. Quer dizer, existir até existe, se você tiver possibilidade de sumir.

Mas eu não tenho. Não esse ano. Porque tô altamente sem grana pra sair pra qualquer lugar e me internar at†e esquecer que é Carnaval. Eu bem que tentei convencer os amigos a arrumar uma chácara aqui por perto, pra não ter que enfrentar o inferno das estradas. Uma chacrinha pertinho, pra gente se isolar com jogos, piscina e churrasco, música de qualidade, filmes bons. Pra lembrar que o Carnaval existe só lá pela Quarta de Cinzas, mas aí já ia ter passado mesmo e tudo bem. Mas nem rolou. Também, ninguém ficou muito interessado em agitar o negócio. Talvez porque ninguém mais more no inferno. Só eu.

Sim, eu moro no inferno.

Moro na rua de trás de onde a pôrra da Prefeitura da merda da cidade de Campinas resolveu, há 2 anos, fazer o caralho do Carnaval. O Carnaval é no meu quintal. A janela do meu quarto dá exatamente para a putaquepariu da avenida do samba. Que, o ano todo, é a avenida do túnel. Mas, nessa época infernal, torna-se a avenida do samba. Se assim fosse, tava bom. Mas é a avenida do inferno. 7 e meia da noite começam os “blocos”. Você sabe como são os blocos de Campinas? Consegue imaginar? Tenta. Aposto que, por pior que você imagine, não vai conseguir ter um vislumbre da realidade. Hoje, sexta-feira, temos o "Bloco da Municipalidade", o “Bloco da Inclusão”, o “Bloco da Juventude” e o “Bloco do Idoso”. Alguém merece? Eu, definitivamente, não mereço.

Mas não para por aí. Ah, não! Porque depois disso, das 9 à meia-noite, tem desfile de 3 escolas de samba. Isso, escola de samba de Campinas. Imaginou? Ainda nem é o pior: se fosse só o desfile das escolas de samba, eu ainda aguentava Porque samba é samba, e samba de enredo é samba de enredo, e se acabasse mesmo lá pela meia-noite eu nem ia reclamar tanto. Mas o demônio definitivamente mora no corpo do filhodaputa do Dr. Hélio. Aliás, esse pulha deve morar bem longe do carnaval. Certeza. Acha que ele ia querer na casa dele, da meia-noite às QUATRO DA MANHÃ (!!!!!!!!!!!!!!), o desfile dos trios (!!!!!!!!)? Saca só os nomes: “Trio Elétrico Ninja com a Banda Filomena Bagaceira e o Bloco Band Folia”, “Trio Elétrico Nave-TVB-SBT, Banda Axé Maria e Josefina Furacão” e “Trio Elétrico Cyclone com o Bloco as Águas Vão Rolar, Monika Araújo e Banda Kizumbau”. Você acha que tem alguém que merece??? Você acha que eu mereço???

Puta merda, eu sou uma menina boa. Eu juro. Eu sempre fiz as minhas lições de casa direitinho, eu sempre tive boas notas, eu sou responsável, não sou drogada nem bêbada, tenho dois empregos e mais freelas, sou comportada, não sou biscate, sou boa filha, sempre faço tudo direitinho e (quase sempre) dentro da lei. Eu mais falo besteira do que faço, na verdade eu não faço mal nem pra uma mosca, pobre de mim. Então por quê? Por que comigo??? Por que na janela do meu quarto?? Caralho, isso me revolta deveras. Dá vontade de chamar uns mano pra jogar uma bomba nessa merda. Mas eu sou tão boazinha que nem conheço mano nenhum com esses poderes. Alem do que, vamos combinar, os manos devem adorar o carnaval. Vão estar todos lá, no meu quintal, dançando ao som de funk e das músicas da Vaca Leitte.

Eu só queria um feriadinho de paz. Meus livrinhos na minha rede, balançando pra lá e pra cá. Minhas séries que eu comprei, na minha TV, em paz, sossego e com o ventilador ligado. Queria um silêncio que é direito meu enquanto cidadã. Queria que não fechassem as ruas que dão acesso à minha casa e não me obrigassem a dar uma volta federal pra chegar na minha humilde residência e ainda encontrar o caos armado. Queria escurinho e silêncio. Queria que a merda da lei do silêncio funcionasse agora, porque eu tenho o direito de descansar. Queria que o Dr. Hélio, o Secretario da Cultura (quáquáquá, Culura em Campinas?? Banda Filomena Bagaceira...) e todas essas antas que montaram essa merda dessa festa na minha janela transferissem essa pôrra toda pro bairro deles, pra rua deles, pro cu deles. Qualquer lugar longe de mim.

Gente mais sem coração! A Vila é um lugar de idosos, gente! Só tem velhinho no meu bairro!! Caralho, vão infartar uns 50 nesses 5 dias de “festa” ª(leia-se merda). Tem gente que trabalha! Meu pai trabalha na segunda, como vai dormir no domingo com o caralho do Trio Elétrico Cyclone com o Bloco as Águas Vão Rolar, Monika Araújo e Banda Kizumbau tocando até 4 da manhã?? Cadê a responsabilidade social, cadê o direito à paz dos cidadãos, cadê o respeito, pôrra???

Liguei na prefeitura e, óbvio, não adianta nada. Nem pra pagar hotel pra mim. Não que eu quisesse de fato, porque imagina a merda de hotel que a Prefeitura de Campinas ia pagar... e porque não acho justo eu ter que sair da minha casa pro povão se divertir. Mas até tentei, seria menos injusto do que eu não dormir. Claro que não adiantou bosta nenhuma. Abri protocolo e é isso. Falei na Ouvidoria e nada. Pra fechar bar que toca até depois das 10 da noite, neguinho é bom. Pra fazer barulho até quatro da manhã em bairro residencial de idosos, por 5 noites seguidas, também. Filhos da puta.

E agora, o que eu faço?? Alguém me adota? Mas tem que ser urgente, hoje! De preferência, alguém que tenha casa com piscina, churrasqueira e que goste de jogos. E que more longe do inferno. E que veja filmes e séries com a veia aqui.

Tô pensando em ir dormir num motel. Sei lá, levar o note com meus DVDs de filmes e séries, encher a banheira, pedir pizza, depois tomar um banhinho quentinho, ligar o ar condicionado e ficar de boa. Alguém aí quer dividir a paz e a diária? Na amizade?

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Ai.

E o meu corpo inteiro dói. Dói, dói, dói. Moída. Parece que eu corri uma maratona e depois veio uma jamanta e passou por cima de mim. Mas quem me conhece sabe que eu não sou mulher de correr maratonas, e não estou bem certa se sei o real tamanho de uma jamanta. São somente coisas de mulher. E nessas horas eu juro que nunca mais vou parar de tomar pílula.

Comecei a cartela ontem, e resolvi postar isso aqui de lembrete pra mim mesma. Não pare nunca mais, Julianinha.