Uma surpresa fenomenal!
Só ergo a cabeça das pilhas de papéis pra dizer: aguardem que vai ser o bicho!
Dicas:
- nova leiturinha diária pra você;
- gente muito foda escrevendo;
- diversão garantida.
Como diria Sílvio Santos, aguardemmmmmmmmmm.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Pilhas
Pilhas de redação pra corrigir.
Pilhas de trabalhos pra corrigir.
Pilhas de exercícios pra corrigir.
Pilhas de diários de classe pra preencher.
Pilhas de matérias para estudar.
Haja paciência, Deus meu, Deusa minha.
Se eu sobreviver, eu volto.
Pilhas de trabalhos pra corrigir.
Pilhas de exercícios pra corrigir.
Pilhas de diários de classe pra preencher.
Pilhas de matérias para estudar.
Haja paciência, Deus meu, Deusa minha.
Se eu sobreviver, eu volto.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Annoying
Na terça-feira tirei a tarde do trabalho pra fazer várias coisas que eu tava precisando fazer. Só não sabia que ia passar a raiva que passei. Merda, como pequenas coisas do cotidiano podem irritar a gente... Vai vendo.
Exame médico. De rotina. Um simples ecocardiograma. Primeiro que pra chegar na pôrra da clínica tem que dar uma volta do caralho. E o trânsito aquela beleza. Tá, cheguei. Sala de espera. Tiro quilos de trabalho da sacola, vamos trabalhar. Corrigindo trabalhos. Juliana? Sou eu.
- Você não tem cadastro na clínica, né?
(Não... só estou aqui porque é a única merda de lugar que fazia este exame de tarde...)
- Não, não tenho.
Milhares de perguntas depois...
- Peso?
- Não sei.
- Mais ou menos.
- Não faço nem ideia, há milênios que não me peso.
- Mas eu preciso colocar alguma coisa... Você não tem uma estimativa?
- Não.
- 60? 70?
- Amor, não faço a mínima ideia.
A coitada nunca tinha visto isso, uma pessoa que não faz ideia do seu peso. E não podia conceber essa situação. E agora? O que ela podia fazer? Não a ensinaram a lidar com essa situação imprevista, absurda. Uma pessoa que não sabe seu peso? Ela estava obviamente desesperada.
E eu estava irritada pra cacete.
Não sei meu peso, pôrra. Não estou feliz com ele, então nem quero saber qual é. Não me peso há muito tempo, não faço ideia mesmo, pôrra, me deixa, é meu direito!
Mas não dava pra explicar isso pra anta, na salinha de espera lotada de velhinhas.
- Mas o que eu ponho? Uns 65?
- Vocês não têm balança aqui?
- Não...
- Essa informação é importante pro exame?
- É...
- Bom, se essa informação é importante pro exame, o mínimo que vocês deveriam fazer era ter uma balança aqui!
- Mas é que é muito difícil alguém não saber o peso, todo mundo sabe.
- Pois é, mas EU NÃO SEI!!
Ela calou a boca e pôs 65. Claro que não é 65. Mas foda-se.
O exame foi normal. Tava tudo normal, apesar dos cigarros todos e da vida sedentária. Tudo bem, obrigada.
Agora tem que pagar a merda do boleto do seguro, porque a anta aqui esqueceu no dia. Esqueci bem esquecidinho. Daí não dá mais pra ser em caixa eletrônico. Tem que ser numa agencia do Bradesco. Puta que pariu... Bora lá. Onde tem um Bradesco mais perto daqui? Hum... o da Silva Telles. Beleza, brigada. Pode mesmo ser uma boa. No Cambuí, vai ter lugar pra estacionar. A essa hora, plena terça-feira, quase 3 e meia da tarde, quem é que vai ao banco?
Um bando de filhadaputa. Porque não tinha sequer uma vagazinha na frente da merda do banco. Toca eu parar o carro no estacionamento, o qual só vi depois que já tinha passado. Dei uma ré mal dada e manobrei pra entrar, enquanto dois caras na rua ficavam olhando e comentando. Juro que se quando eu sair esses comédias ainda estiverem aí vão ouvir...
Moço, tem convênio com o Bradesco? A bicha do estacionamento me diz que não, que o Bradesco é pão duro. E eu que pago o pato. O pato e a pôrra do estacionamento. Foda-se, deixa eu pagar logo essa merda que já tô bufando de puro ódio.
Entro no banco. Pelo menos a merdinha da porta giratória não apitou dessa vez. Moço, onde são os caixas? Ah, não tem caixa? Só caixa eletrônico? Ah, que ótimo, que maravilha... Não, eu não tenho cartão, graças a Deus não tenho conta nesse banco de bosta.
A bicha do estacionamento me cobrou “só” 2 reais pela minha parada de 4 minutos. E me disse que tinha outra agência na Coronel Quirino. Aguenta de novo o trânsito do Cambuí. Quem disse que tinha vaga naquela merda? Claaaro que não. Enfiei o carro num espaço de uma moto, todo de lado. Foda-se. Um cara com uma caixa de papelão me ajudou, fazendo sinais. Quando desço do carro, ele me mostra a caixa cheia de paçoquinhas e solta a pérola: moça, compra uma paçoquinha pra eu almoçar? Tô com fome. Caralho. No sábado eu fui na feira hippie e esse mesmo cara veio com essa mesma frase pra mim... Eu não gosto de paçoca. E já eram 4 da tarde quase, ele não tinha almoçado ainda? Desde sábado?
Fila no caixa. Óbvio. Claro. Uma nega fazendo supermercado no banco. Sete horas e meia praticamente no caixa. Daí ela diz pra mãe: mãe, fica no caixa que eu vou tirar um cheque lá no caixa eletrônico e já volto. A veia fica, empatando mais a fila. Olho pra nega, de costas. Magrinha, filhadaputa, deve saber o peso de cor e salteado, e dizer com orgulho. Com uma calça jeans atolada no rabo e uma blusinha colada. Quando ela vira de frente, Jesus, que susto! A mulher parecia ter uns 184 anos. Com corpinho de 18 (e roupinha de 15). Sai pra lá, exu!
Pago a merda da conta, fazendo uma nota mental pra nunca mais esquecer essa droga. Separo um real em moedas pro cara da pôrra da paçoca, pra me retratar com ele. Na saída, entrego. Tó, moço. Ele me olha com uma cara de ué. Eu só solto essa, antes de entrar bufando no carro: eu não quero paçoca, eu odeio paçoca.
Ainda tenho que ir no sindicato dos professores, pedir a restituição de 60% da contribuição sindical... puta trampo. Mas tá valendo, qualquer real a mais na minha conta faz diferença. Até que foi tranquilo lá. O foda é o trânsito do Cambuí. As madames que não têm pôrra nenhuma pra fazer, a não ser levar a vagabunda da filha na aula de ballet na Juliana Omatti às 4 da tarde de uma terça-feira, e parar o trânsito do bairro inteiro pra descer a donzela na frente da escola. Põe essa vagabundinha pra trabalhar, põe! Pra ela aprender que a rua não é dela! Vai você pra casa, lavar uma louça, sua vadia! Vai estragar um pouco essas unhas, desarrumar esse cabelo de laquê, sua vaca veia! E me deixa passar que eu tenho muito o que fazer!!!
Respira.
Tudo bem.
Sindicato dos professores, chá com bolo. Pedido de restituição feito. Mais trânsito e casa. Arrumar malinha e me mandar pro flamenco. Socar o pé no chão no curso do Pol Vaquero, pra desestressar. Suar, pra ver se perco peso e finalmente crio coragem de subir na balança, pra da próxima vez responder pra secretina meu peso na ponta da língua.
Melhor não. Ela que se foda.
Exame médico. De rotina. Um simples ecocardiograma. Primeiro que pra chegar na pôrra da clínica tem que dar uma volta do caralho. E o trânsito aquela beleza. Tá, cheguei. Sala de espera. Tiro quilos de trabalho da sacola, vamos trabalhar. Corrigindo trabalhos. Juliana? Sou eu.
- Você não tem cadastro na clínica, né?
(Não... só estou aqui porque é a única merda de lugar que fazia este exame de tarde...)
- Não, não tenho.
Milhares de perguntas depois...
- Peso?
- Não sei.
- Mais ou menos.
- Não faço nem ideia, há milênios que não me peso.
- Mas eu preciso colocar alguma coisa... Você não tem uma estimativa?
- Não.
- 60? 70?
- Amor, não faço a mínima ideia.
A coitada nunca tinha visto isso, uma pessoa que não faz ideia do seu peso. E não podia conceber essa situação. E agora? O que ela podia fazer? Não a ensinaram a lidar com essa situação imprevista, absurda. Uma pessoa que não sabe seu peso? Ela estava obviamente desesperada.
E eu estava irritada pra cacete.
Não sei meu peso, pôrra. Não estou feliz com ele, então nem quero saber qual é. Não me peso há muito tempo, não faço ideia mesmo, pôrra, me deixa, é meu direito!
Mas não dava pra explicar isso pra anta, na salinha de espera lotada de velhinhas.
- Mas o que eu ponho? Uns 65?
- Vocês não têm balança aqui?
- Não...
- Essa informação é importante pro exame?
- É...
- Bom, se essa informação é importante pro exame, o mínimo que vocês deveriam fazer era ter uma balança aqui!
- Mas é que é muito difícil alguém não saber o peso, todo mundo sabe.
- Pois é, mas EU NÃO SEI!!
Ela calou a boca e pôs 65. Claro que não é 65. Mas foda-se.
O exame foi normal. Tava tudo normal, apesar dos cigarros todos e da vida sedentária. Tudo bem, obrigada.
Agora tem que pagar a merda do boleto do seguro, porque a anta aqui esqueceu no dia. Esqueci bem esquecidinho. Daí não dá mais pra ser em caixa eletrônico. Tem que ser numa agencia do Bradesco. Puta que pariu... Bora lá. Onde tem um Bradesco mais perto daqui? Hum... o da Silva Telles. Beleza, brigada. Pode mesmo ser uma boa. No Cambuí, vai ter lugar pra estacionar. A essa hora, plena terça-feira, quase 3 e meia da tarde, quem é que vai ao banco?
Um bando de filhadaputa. Porque não tinha sequer uma vagazinha na frente da merda do banco. Toca eu parar o carro no estacionamento, o qual só vi depois que já tinha passado. Dei uma ré mal dada e manobrei pra entrar, enquanto dois caras na rua ficavam olhando e comentando. Juro que se quando eu sair esses comédias ainda estiverem aí vão ouvir...
Moço, tem convênio com o Bradesco? A bicha do estacionamento me diz que não, que o Bradesco é pão duro. E eu que pago o pato. O pato e a pôrra do estacionamento. Foda-se, deixa eu pagar logo essa merda que já tô bufando de puro ódio.
Entro no banco. Pelo menos a merdinha da porta giratória não apitou dessa vez. Moço, onde são os caixas? Ah, não tem caixa? Só caixa eletrônico? Ah, que ótimo, que maravilha... Não, eu não tenho cartão, graças a Deus não tenho conta nesse banco de bosta.
A bicha do estacionamento me cobrou “só” 2 reais pela minha parada de 4 minutos. E me disse que tinha outra agência na Coronel Quirino. Aguenta de novo o trânsito do Cambuí. Quem disse que tinha vaga naquela merda? Claaaro que não. Enfiei o carro num espaço de uma moto, todo de lado. Foda-se. Um cara com uma caixa de papelão me ajudou, fazendo sinais. Quando desço do carro, ele me mostra a caixa cheia de paçoquinhas e solta a pérola: moça, compra uma paçoquinha pra eu almoçar? Tô com fome. Caralho. No sábado eu fui na feira hippie e esse mesmo cara veio com essa mesma frase pra mim... Eu não gosto de paçoca. E já eram 4 da tarde quase, ele não tinha almoçado ainda? Desde sábado?
Fila no caixa. Óbvio. Claro. Uma nega fazendo supermercado no banco. Sete horas e meia praticamente no caixa. Daí ela diz pra mãe: mãe, fica no caixa que eu vou tirar um cheque lá no caixa eletrônico e já volto. A veia fica, empatando mais a fila. Olho pra nega, de costas. Magrinha, filhadaputa, deve saber o peso de cor e salteado, e dizer com orgulho. Com uma calça jeans atolada no rabo e uma blusinha colada. Quando ela vira de frente, Jesus, que susto! A mulher parecia ter uns 184 anos. Com corpinho de 18 (e roupinha de 15). Sai pra lá, exu!
Pago a merda da conta, fazendo uma nota mental pra nunca mais esquecer essa droga. Separo um real em moedas pro cara da pôrra da paçoca, pra me retratar com ele. Na saída, entrego. Tó, moço. Ele me olha com uma cara de ué. Eu só solto essa, antes de entrar bufando no carro: eu não quero paçoca, eu odeio paçoca.
Ainda tenho que ir no sindicato dos professores, pedir a restituição de 60% da contribuição sindical... puta trampo. Mas tá valendo, qualquer real a mais na minha conta faz diferença. Até que foi tranquilo lá. O foda é o trânsito do Cambuí. As madames que não têm pôrra nenhuma pra fazer, a não ser levar a vagabunda da filha na aula de ballet na Juliana Omatti às 4 da tarde de uma terça-feira, e parar o trânsito do bairro inteiro pra descer a donzela na frente da escola. Põe essa vagabundinha pra trabalhar, põe! Pra ela aprender que a rua não é dela! Vai você pra casa, lavar uma louça, sua vadia! Vai estragar um pouco essas unhas, desarrumar esse cabelo de laquê, sua vaca veia! E me deixa passar que eu tenho muito o que fazer!!!
Respira.
Tudo bem.
Sindicato dos professores, chá com bolo. Pedido de restituição feito. Mais trânsito e casa. Arrumar malinha e me mandar pro flamenco. Socar o pé no chão no curso do Pol Vaquero, pra desestressar. Suar, pra ver se perco peso e finalmente crio coragem de subir na balança, pra da próxima vez responder pra secretina meu peso na ponta da língua.
Melhor não. Ela que se foda.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Juventus
(Faz uns 10 dias já, mas eu lembrei hoje.)
Fim de show. Morta. Sapato matando o pé. Calor infernal.
Casa lotada. Fumantes banidos para a calçada.
Um par de olhos azuis.
- Você pode me dar um cigarro?
Lindo.
- Claro. Mas vou logo avisando: é Charm, cigarro de tia veia. E você com essa carinha de novinho. Quantos anos você tem?
- 22.
- Hum.
...
- Tia veia? Hahahaha. Eu não ligo.
A juventude não liga.
Quem sou eu pra ligar?
Eu não ligo.
A juventude é maravilhosa.
Fim de show. Morta. Sapato matando o pé. Calor infernal.
Casa lotada. Fumantes banidos para a calçada.
Um par de olhos azuis.
- Você pode me dar um cigarro?
Lindo.
- Claro. Mas vou logo avisando: é Charm, cigarro de tia veia. E você com essa carinha de novinho. Quantos anos você tem?
- 22.
- Hum.
...
- Tia veia? Hahahaha. Eu não ligo.
A juventude não liga.
Quem sou eu pra ligar?
Eu não ligo.
A juventude é maravilhosa.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Acostumando
Quer saber, a gente se acostuma a ser sozinha. A gente reclama, mas acostuma. Acostuma a tal ponto que não consegue se imaginar em uma situação real com outra pessoa. A gente fica egoísta. A gente chega em casa, toma um banho, come e coloca um filme. O filme que a gente quer ver. Não tem que fazer concessões, não tem que escolher junto. A gente se acostuma a fazer comentários sozinha, em voz alta, como se estivesse com alguém ali. A gente dorme no meio do filme, se quiser. A gente abraça o travesseiro e, no meio da noite, joga ele longe. Começa a dormir coberta com cobertor, e se tiver frio joga ele da cama, e se tiver calor pega de novo, e o cobertor é seu, não precisa ficar brigando, puxando, colocando debaixo do corpo pro outro não roubar e descobrir seu pé.
A gente se acostuma a sublimar. A comentar do seu trabalho e das suas alegrias com os amigos e a família, a esconder suas tristezas que nem os amigos aguentariam (que quase nem você aguenta mais). Acostuma a fazer programas de última hora, acostuma que o sábado à noite pode ser um dia de ficar em casa e dormir cedo, e tudo bem. Acostuma a fazer seus horários sem depender dos horários de mais ninguém. Acostuma com o fato do seu celular não tocar. Com o fato de ninguém te procurar durante um dia inteiro, talvez dois (a não ser seus pais, preocupados, filha-traz-pão-pra-casa).
A gente planeja nossos feriados com amigos, planeja a viagem de fim de ano. Sozinha. Sozinha com amigos. E a gente compra passagem, e faz planos, e o maior plano de todos é ser livre e estar sozinha, nadar na hora que quiser, não ficar pirando comparando seu corpo de biquini com os outros corpos de biquíni e, melhor, não ficar pensando se seu amado está comparando, tomar sol quando e se quiser, beber o quanto quiser e se quiser, ler quando quiser e o quanto quiser, dormir quando estiver caindo de sono e sem ter que dar explicações ou dividir o colchão com ninguém. A gente se imagina vendo os fogos de artifício à meia-noite e chorando, e olhando praquele em forma de coração que explodiu bem na frente dos seus olhos e pedindo pra que ele finalmente traga o homem dos seus sonhos, aquele com as qualidades que você admira e com defeitos que você possa suportar, pra que você não passe mais um fim de ano sozinha.
Mas eu tenho cá pra mim que tem gente que nasceu nessa vida pra ser sozinha mesmo. Será que isso tem que ser tão doído assim? Será que a gente não pode ser sozinha e esquecer que é sozinha? E não ficar comparando com o modelo de ser um casal? Será que a gente pode simplesmente ser e ser feliz? Sozinha?
A gente se acostuma a sublimar. A comentar do seu trabalho e das suas alegrias com os amigos e a família, a esconder suas tristezas que nem os amigos aguentariam (que quase nem você aguenta mais). Acostuma a fazer programas de última hora, acostuma que o sábado à noite pode ser um dia de ficar em casa e dormir cedo, e tudo bem. Acostuma a fazer seus horários sem depender dos horários de mais ninguém. Acostuma com o fato do seu celular não tocar. Com o fato de ninguém te procurar durante um dia inteiro, talvez dois (a não ser seus pais, preocupados, filha-traz-pão-pra-casa).
A gente planeja nossos feriados com amigos, planeja a viagem de fim de ano. Sozinha. Sozinha com amigos. E a gente compra passagem, e faz planos, e o maior plano de todos é ser livre e estar sozinha, nadar na hora que quiser, não ficar pirando comparando seu corpo de biquini com os outros corpos de biquíni e, melhor, não ficar pensando se seu amado está comparando, tomar sol quando e se quiser, beber o quanto quiser e se quiser, ler quando quiser e o quanto quiser, dormir quando estiver caindo de sono e sem ter que dar explicações ou dividir o colchão com ninguém. A gente se imagina vendo os fogos de artifício à meia-noite e chorando, e olhando praquele em forma de coração que explodiu bem na frente dos seus olhos e pedindo pra que ele finalmente traga o homem dos seus sonhos, aquele com as qualidades que você admira e com defeitos que você possa suportar, pra que você não passe mais um fim de ano sozinha.
Mas eu tenho cá pra mim que tem gente que nasceu nessa vida pra ser sozinha mesmo. Será que isso tem que ser tão doído assim? Será que a gente não pode ser sozinha e esquecer que é sozinha? E não ficar comparando com o modelo de ser um casal? Será que a gente pode simplesmente ser e ser feliz? Sozinha?
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Sometimes
Sometimes the last thing you want comes in first
Sometimes the first thing you want never comes
I know waiting is all you can do
Sometimes...
(Aqualung - Strange and Beautiful)
Sometimes the first thing you want never comes
I know waiting is all you can do
Sometimes...
(Aqualung - Strange and Beautiful)
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Companhia
Ele é um anjo. Bendita hora em que fomos apresentados, há tantos anos, já. Claro que o papel que ele tem na minha vida hoje é muito maior e mais importante do que há anos atrás.
Ele me conta lindas histórias, que me emocionam, me fazem rir, me fazem pensar, já me fizeram chorar algumas vezes. No fim, suas histórias sempre me fazem refletir muito. Tanto que, às vezes, peço pra ele repetir uma frase ou outra, porque são pérolas de uma mente abençoada. Ele repete, calmo, e eu fico pensando, com o olhar parado. Depois respondo “Pode crer...”. Ele é muito foda.
Ele tá sempre do meu lado, me fazendo companhia. Viaja comigo. No fim do dia, depois da festa, me acalma, como sempre contando suas histórias. Ele me acompanha quando vou fumar, mesmo não fumando. Fica ali, comigo, dizendo coisas tão bonitas.
Ele tem um blog, também. Mas confesso que não leio muito as coisas que ele escreve lá. Prefiro o contato pessoal, dos meus dedos deslizando. Ele me leva pra cama todos os dias, todas as noites, às vezes (raras, é verdade) de tarde. Há dias em que ele me anima, perco o sono. Outras vezes, ele me acalma, me embala, diz coisas lindas e faz com que eu esqueça onde estou.
Sou diferente depois que o conheci. E sou dele até morrer.
O nome dele é José Saramago.
Ele me conta lindas histórias, que me emocionam, me fazem rir, me fazem pensar, já me fizeram chorar algumas vezes. No fim, suas histórias sempre me fazem refletir muito. Tanto que, às vezes, peço pra ele repetir uma frase ou outra, porque são pérolas de uma mente abençoada. Ele repete, calmo, e eu fico pensando, com o olhar parado. Depois respondo “Pode crer...”. Ele é muito foda.
Ele tá sempre do meu lado, me fazendo companhia. Viaja comigo. No fim do dia, depois da festa, me acalma, como sempre contando suas histórias. Ele me acompanha quando vou fumar, mesmo não fumando. Fica ali, comigo, dizendo coisas tão bonitas.
Ele tem um blog, também. Mas confesso que não leio muito as coisas que ele escreve lá. Prefiro o contato pessoal, dos meus dedos deslizando. Ele me leva pra cama todos os dias, todas as noites, às vezes (raras, é verdade) de tarde. Há dias em que ele me anima, perco o sono. Outras vezes, ele me acalma, me embala, diz coisas lindas e faz com que eu esqueça onde estou.
Sou diferente depois que o conheci. E sou dele até morrer.
O nome dele é José Saramago.
O que é que é?
Putz, sabe que eu não sei bem o que eu queria? Ando molenga, mole, podrinha, me arrastando, sempre cansada, sempre morta. Durmo e não descanso. Pilhas de coisas aculumando, e eu não resolvo nada. Feriado veio, feriado foi, e nada. Penso aqui no que eu queria estar fazendo. Queria estar de novo naquela cachoeira, sem hora pra nada, sem preocupação, com aquele bando de malucos? Não sei. Lá eu também estava inquieta. Queria o quê? Não sei. Estar em casa na minha cama, com lençóis limpos e cheirosos, lendo meu Saramago? Não sei, isso também não me basta, não me completa. Sempre fica uma partinha lá dentro me irritando, perguntando "e depois?", "e agora?", "e amanhã?". Caralho de mente que não tem sossego!
Meu cabelo me irrita. Mas eu não faço nada. Deixa assim.
Acho que é uma fase, como meu cabelo. Não adianta eu cortar agora. Tem que deixar crescer. Até lá, não tem o que fazer, é essa bosta. Não fica bom preso, não fica bom solto, mas se eu cortar não vai resolver o problema. Daqui a meses vai estar igual. Tenho que passar por essa fase, essa fase feia, essa fase estranha. Paciência, minha filha, paciência (virtude que me falta). Quando crescer, tudo fica bem de novo. Ou você corta, de vez.
Que bela merda.
Tô sem vontade, tá legal?
Meu cabelo me irrita. Mas eu não faço nada. Deixa assim.
Acho que é uma fase, como meu cabelo. Não adianta eu cortar agora. Tem que deixar crescer. Até lá, não tem o que fazer, é essa bosta. Não fica bom preso, não fica bom solto, mas se eu cortar não vai resolver o problema. Daqui a meses vai estar igual. Tenho que passar por essa fase, essa fase feia, essa fase estranha. Paciência, minha filha, paciência (virtude que me falta). Quando crescer, tudo fica bem de novo. Ou você corta, de vez.
Que bela merda.
Tô sem vontade, tá legal?
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Aguarde cenas dos próximos capítulos
Voltei. Tenho milhares de coisas pra contar. Da viagem. Da ida, da volta. Viagens.
Acontece que estou morta. Acabada. 6 horas no total, de Munhoz à minha casa. Dormi pouco, dei 6 (!) aulas, tô na agência, tenho ensaio da banda ainda. Ou seja, tô morta e vou morrer mais ainda, logo mais.
Assim que eu ressuscitar, eu volto. Aguardem meu buu.
Acontece que estou morta. Acabada. 6 horas no total, de Munhoz à minha casa. Dormi pouco, dei 6 (!) aulas, tô na agência, tenho ensaio da banda ainda. Ou seja, tô morta e vou morrer mais ainda, logo mais.
Assim que eu ressuscitar, eu volto. Aguardem meu buu.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Ah, setembro...
E agosto realmente é um mês de cachorro louco. Mês que se arrasta, mês em que a gente se arrasta, quer Belchiorar, fugir, sumir, sair correndo. Pedir pro mundo parar. Cansaço, olheiras, falta de energia, de vontade, de sorrisos generosos e verdadeiros. Muito sono, poucas horas de sono de fato, bolhas e calos nos pés. Preguiiiiiiça.
Mas eis que chega setembro. E setembro já traz novos ares. Feriado, primavera. Tempo bom de flores pelas ruas. Uma brisa diferente, de novas ideias e de boas notícias. Setembro me inspira novos ânimos. Novo ânimo. Vontades.
Eu tava que tava foda em agosto. Mas setembro chegou lindo e tô ótima! Que coisa! E a mudança se deu justo em uma terça-feira. Linda terça-feira. Lindo setembro. Vivamos.
Mas eis que chega setembro. E setembro já traz novos ares. Feriado, primavera. Tempo bom de flores pelas ruas. Uma brisa diferente, de novas ideias e de boas notícias. Setembro me inspira novos ânimos. Novo ânimo. Vontades.
Eu tava que tava foda em agosto. Mas setembro chegou lindo e tô ótima! Que coisa! E a mudança se deu justo em uma terça-feira. Linda terça-feira. Lindo setembro. Vivamos.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Ao Sr. Anônimo (ou Sra. Anônima):
Primeiramente, obrigada pela visita em meu blog. Não sei há quanto tempo você tem vindo aqui visitar meus escritos. E eu iria te acolher com as boas-vidas que sempre dou a todos, não fosse o recadinho mal educado que recebi do senhor. Vou chamar de senhor porque, covarde como só, você nem deixou o nome, então vamos generalizar no masculino mesmo.
"Segundamente", ora, francamente... eu acho um absurdo as pessoas que tiram suas próprias conclusões daquilo que leem ou ouvem. Leem, neste caso.
Sr. Anônimo, eu não tenho nada a esconder de ninguém. Graças a Deus. Meu endereço de blog é público, meu Orkut é público, não apago recados, não escondo fotos e não tranco vídeos, porque minha conduta é absolutamente e perfeitamente normal (só não publico seu comentário aqui porque ele é de péssimo gosto e de baixíssimo calão, além de caluniador). Assim sendo, não tenho nada a temer. Não tenho medo de pai de aluno nenhum e de nenhuma ameaçazinha sua, porque sou uma profissional exemplar dentro da minha sala de aula. Minha didática está baseada no que aprendi em uma das melhores universidades do país e, se o Sr. quiser mesmo, podemos discutir práticas pedagógicas ou teorias da Educação, assuntos sobre os quais discorro com a maior facilidade.
As calúnias que o senhor escreveu são absurdas e ridículas. Eu ia me dar ao trabalho de responder a todas elas, mas não vale nem a pena, porque, como eu disse, eu não devo nada a ninguém, eu não estou com peso na consciência porque minhas ações são todas mais limpas do que a sua cara, com certeza, e infinitamente mais limpas do que a sua mente. Você é um doente.
E galinha velha é a sua mãe (ou você mesma, provavelmente, em se tratando de mulher). Se a sua vidinha está monótona e sem emoção, não venha criar caso com a minha vida, nem fantasiar com a minha realidade, que é bem diferente do que se passa na sua cabeça imunda. Eu continuo aqui escrevendo sobre a minha vida, vida sobre a qual você não sabe nada, e vou continuar escrevendo, porque não tenho medo de você e não preciso deixar de falar sobre o que eu quiser falar.
Vê se arruma o que fazer.
Se você fosse meu aluno, ganhava nota 10 de imaginação... Mas, da próxima vez, por favor, deixe o nome, senão eu nem tenho como passar sua média no boletim.
Saudações,
Juliana Palermo.
"Segundamente", ora, francamente... eu acho um absurdo as pessoas que tiram suas próprias conclusões daquilo que leem ou ouvem. Leem, neste caso.
Sr. Anônimo, eu não tenho nada a esconder de ninguém. Graças a Deus. Meu endereço de blog é público, meu Orkut é público, não apago recados, não escondo fotos e não tranco vídeos, porque minha conduta é absolutamente e perfeitamente normal (só não publico seu comentário aqui porque ele é de péssimo gosto e de baixíssimo calão, além de caluniador). Assim sendo, não tenho nada a temer. Não tenho medo de pai de aluno nenhum e de nenhuma ameaçazinha sua, porque sou uma profissional exemplar dentro da minha sala de aula. Minha didática está baseada no que aprendi em uma das melhores universidades do país e, se o Sr. quiser mesmo, podemos discutir práticas pedagógicas ou teorias da Educação, assuntos sobre os quais discorro com a maior facilidade.
As calúnias que o senhor escreveu são absurdas e ridículas. Eu ia me dar ao trabalho de responder a todas elas, mas não vale nem a pena, porque, como eu disse, eu não devo nada a ninguém, eu não estou com peso na consciência porque minhas ações são todas mais limpas do que a sua cara, com certeza, e infinitamente mais limpas do que a sua mente. Você é um doente.
E galinha velha é a sua mãe (ou você mesma, provavelmente, em se tratando de mulher). Se a sua vidinha está monótona e sem emoção, não venha criar caso com a minha vida, nem fantasiar com a minha realidade, que é bem diferente do que se passa na sua cabeça imunda. Eu continuo aqui escrevendo sobre a minha vida, vida sobre a qual você não sabe nada, e vou continuar escrevendo, porque não tenho medo de você e não preciso deixar de falar sobre o que eu quiser falar.
Vê se arruma o que fazer.
Se você fosse meu aluno, ganhava nota 10 de imaginação... Mas, da próxima vez, por favor, deixe o nome, senão eu nem tenho como passar sua média no boletim.
Saudações,
Juliana Palermo.
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