Putz, sabe que eu não sei bem o que eu queria? Ando molenga, mole, podrinha, me arrastando, sempre cansada, sempre morta. Durmo e não descanso. Pilhas de coisas aculumando, e eu não resolvo nada. Feriado veio, feriado foi, e nada. Penso aqui no que eu queria estar fazendo. Queria estar de novo naquela cachoeira, sem hora pra nada, sem preocupação, com aquele bando de malucos? Não sei. Lá eu também estava inquieta. Queria o quê? Não sei. Estar em casa na minha cama, com lençóis limpos e cheirosos, lendo meu Saramago? Não sei, isso também não me basta, não me completa. Sempre fica uma partinha lá dentro me irritando, perguntando "e depois?", "e agora?", "e amanhã?". Caralho de mente que não tem sossego!
Meu cabelo me irrita. Mas eu não faço nada. Deixa assim.
Acho que é uma fase, como meu cabelo. Não adianta eu cortar agora. Tem que deixar crescer. Até lá, não tem o que fazer, é essa bosta. Não fica bom preso, não fica bom solto, mas se eu cortar não vai resolver o problema. Daqui a meses vai estar igual. Tenho que passar por essa fase, essa fase feia, essa fase estranha. Paciência, minha filha, paciência (virtude que me falta). Quando crescer, tudo fica bem de novo. Ou você corta, de vez.
Que bela merda.
Tô sem vontade, tá legal?
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