Então este é outro dos meus textos, mas dessa vez é pra você (até porque eu acho que você não vai ver, então é só pra eu despejar aqui). Pois é, dessa vez é pra você, você que já leu tantos outros textos que eu escrevi pra outras pessoas. Enfim, talvez esse nem seja um daqueles textos, é só um desabafo.
A gente briga, e tanto, e sempre. Mas também depois passa, e a gente sempre acaba ficando bem. Eu já tive sentimentos muito confusos em relação a você, depois aprendi que não era nada disso, aprendi porque você me ensinou. Mas você me confunde muito. Caralho, como você me confunde! E eu já sou confusa por natureza, então olha aí a merda feita. E, como você sabe que eu me confundo, eu acabo achando que você faz de propósito, pra me confundir, mesmo. Vai saber.
Eu às vezes te olho e penso: por que não? Parece o mais certo. Parece tão lógico. Mas a vida não é certa, nem lógica, e às vezes eu me acho uma burra de ter imaginado que poderia dar certo. Mas eu penso, sabe? Quando eu tô no olho do furacão e você tá ali comigo, eu penso. Quando eu tô fazendo um monte de merda e eu sei que tô fazendo merda, e eu sei que vai dar merda, mas você tá ali comigo. Quando a merda tá feita e eu tô de bode, e você tá ali comigo. Você sabe como eu sou idiota, sabe das merdas que eu faço, conhece a Ju trouxa, mas tá ali comigo. Então eu penso. Parece o mais certo. Parece lógico. Mas daí eu me acho uma louca e uma burra, acho que não tem nada a ver, porque a gente já teve a nossa chance, e não deu certo. Vai saber. A vida é louca. Talvez ainda não esteja tudo escrito.
Você já me disse muitas vezes que eu pareço uma menininha. É porque você sabe que, no fundo, eu sou. Então deixa eu te contar uma coisa: em termos de relacionamentos, todo mundo é adolescente. Quem não é não vive direito o rolê. Se for pra viver, tem que se entregar, ser besta, fazer merda, sentir até doer, ser ridículo e o escambau. E isso não tem nada a ver com idade, tem a ver com como a gente sente. E eu sinto assim. Essa confusão. Esses sentimentos misturados, vontade de te matar num dia, vontade de te abraçar no outro e ficar com o seu cheiro no meu nariz. Tá aqui, o seu cheiro. Talvez por isso eu esteja escrevendo, não sei.
Só que eu não quero ser a idiota, você sabe que eu sempre penso no pior, pra não ser pega de surpresa. E, no fim, acabo perdendo coisas boas por medo de perdê-las (ai, que louca). Então eu penso em te propor coisas, mas daí acho que você não ia querer, então não proponho. Mas daí você fala e age como se quisesse. Mas eu não consigo responder como eu queria, porque tenho medo de ser a babaca, de ouvir "Não, nada a ver".
Então deixa assim. Daqui a pouco a vida vai mostrando o caminho. E eu sigo aqui fazendo merda, insistindo em coisas que eu sei que não vão dar certo, que não são o que eu mereço ou quero de verdade. Mas, pra quem não tem nada a perder, nada é tão ruim. E daí tem você ali comigo. E isso me conforta muito. Cada dia é um novo dia. Amanhã isso tudo que eu tô pensando agora pode parecer uma grande idiotice. Vejamos. Vejamos o que a vida nos traz.
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