É, tá tudo igual e tudo diferente. Eu preciso dormir, definitivamente. Mas é que tem tanta coisa. Tem cerveja gelada no bar, tem barulho bom demais da pôrra no ar, tem aquele moço amarelo, aquele moço branco, aquele moço bege, um aqui do lado, outro ali na frente, outro lá atrás, não necessariamente nessa ordem. Tem aquele moço lindo, tem aquele que não vale um real e ao mesmo tempo vale milhões, tem aquele que dá dó, tem aquele que por que não?, tem tantos e não tem nenhum. Tem papel demais na minha vida, dinheiro de menos, vidro demais e espelho de menos. Minha vida é uma vitrine, todo mundo vê. Tá na hora de ser menos cristal e de ter mais espelho. Quem sou eu, pôrra?
Tem batuque bom demais da conta, tem bebês fofos, tem amiga de verdade virada na pôrra e que berra o que eu preciso ouvir e depois me faz rir de mim, porque eu sei que eu posso rir dela também e assim não dói. Tem aquele futuro que eu não sei se vai chegar um dia, mulher amamentando, carregando bolsa de bebê, cara de mãe, e eu pergunto: será? Tem toda a liberdade de não ter compromisso com nada a não ser com o que eu quero, tem todo o medo de ter tantos caminhos pra escolher e o medo de um dia ser tarde demais pra querer ir por u determinado caminho. Tem o medo de só ter um único caminho, pra sempre. Esse medo é forte pacas. Mas a gente vai vivendo. Toma uma aqui, faz um barulho ali, dá um berro acolá e sapateia por tanguillos pra ver se vai. E vai.
Liga não, tomei uma cervejinha a mais e saiu isso aqui.
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