Eu fico pensando que queria ter uma coisa legal pra escrever aqui. Algo que me desse vontade, que me empurrasse pra frente, que me fizesse rir de boba, sem motivo. Uma notícia boa da peste, dessas que deixam a gente mole e idiota. Mas eu não tenho, minha gente. Não tem novidade nenhuma, não tem coisa nenhuma, não tem motivo nenhum. Não tem nada, é isso. Nada. Manja “A História sem Fim”? Sabe o Nada? Pois é, ele chegou na minha vida e aqui se instalou. O Nada. E nem tem Atreyu e nem Bastian e nem Falcon pra salvar a Imperatriz Menina aqui de ser devorada. Pelo Nada.
Triste, né?
Pela primeira vez tenho um inferno astral de Nada. Talvez seja melhor do que um de coisas ruins... Mas, dependendo da gravidade da coisa, coisas ruins te impelem a fazer algo, te dão a famosa raiva criativa, te movem, te mexem. Já o Nada, nada.
Dá vontade de se trancar em casa, porque a gente já cansou de perambular por esse mundo e ser sempre tudo igual. Mas daí a gente pensa: “se eu ficar aqui, aí é que não vai acontecer nada, mesmo...”. Mas daí a gente lembra de tantas e tantas vezes que a gente saiu de casa e nem valia a pena ter saído. Tudo igual, igual, igual, igual. Então a gente fica em casa. O fim de semana todo. Trancada. De pijama. Vendo uma série nova. Pelo menos isso, algo novo, ainda que irreal. Pelo menos a gente fica feliz na segunda-feira porque não gastou nem um centavo sequer. Porque não perdeu tempo com as mesmas coisas iguais iguais iguais iguais de sempre. Menos frustração pra bagagem. Menos peso.
Será que vai ser assim até meu aniversário? Será que vai continuar assim depois do meu aniversário? Será que vai ser assim pra sempre? Essa vidinha besta? Esse Nada, esse Ninguém, essa vontade nenhuma?
Tá precisando acontecer Alguma Coisa. Qualquer Coisa de bom, pelo menos, pelo amor. Porque a Imperatriz Menina tá aqui quieta vendo o Nada tomar conta, destruir tudo. Será que Ele deixa pelo menos um grão de areia pra reconstruir Fantasia?
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